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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

11
Nov14

Acho que ontem perdi o concerto do ano

E estou naquela fase de arrependimento total por não o ter ido ver.

Fui ver a Lady Gaga há quase quatro anos e na altura saí de lá em puro êxtase, com a adrenalina a correr-me no corpo. Disse para mim mesma que, se ela voltasse, eu voltava ao (antigo) Pavilhão Atlântico com ela. Não cumpri com aquilo que disse.

As coisas mudam muito em quatro anos... e a fã de Gaga que havia em mim esmoreceu o suficiente para achar que não valia a pena ir ve-la. Infelizmente ela magoou-se na tour anterior - e essa sim, eu queria ter ido ver - e esta tour do último disco, Artpop, nunca puxou por mim. Ainda o tentei ouvir quando saiu, mas nunca me manteve presa à coluna ou me fez parar de escrever ou estudar para desfrutar da música na totalidade - não me conquistou, há discos assim. Por outro lado há que considerar o dinheiro que se gasta com uma brincadeira destas: o bilhete que custava uns sessentas euros, mais as viagens, mais uma possível estadia - e mais de cem euros eram estoirados num só dia. E quando o concerto foi anunciado - e apesar de eu saber o monstro, a diva, a cena espetacular que ela é em palco - achei que, num todo, não valia a pena.

E se calhar, depois deste mar de fotos e comentários passar, vou continuar a achar. Porque também é verdade que ontem, por coincidência, estava adoentada, cansada e continuo permanentemente afundada em trabalho, pelo que uma deslocação a Lisboa em tempo de semana me ficaria muito fora de mão. Enfim. Hoje o arrependimento ainda dói um bocadinho, mas não vale a pena chorar no molhado. Fica para uma próxima, querida Gaga.

11
Jul14

O conceito de "essencial"

Há dias estava numa fila e, atrás de mim, duas raparigas discutiam a sua ida para o Optimus Alive. Via-se que estavam entusiasmadas e, lá pelo meio, começaram falar daquilo que iam levar para o festival. Falaram das calças e dos calções - iam levar calças na viagem, para não ocupar espaço, e depois lá é que punham as pernas à mostra; falaram de como iam levar os cabelos, se presos, esticados ou ao natural - decidiram ir a combinar, esticando o cabelo que "lá ia ficar meio ondulado, mas continuava a valer a pena" e, por fim, dos objetos essenciais à viagem. O que era, meus amigos, o que era? "A comida?", respondem vocês. Não. A maquilhagem!

O corretor de olheiras ficou com grande destaque naquela conversa, sendo que era ele o salvador da pátria: porque elas, no dia seguinte a uma noitada, estariam horríveis e não podiam sair da tenda sem aquele elemento essencial. Também não podia faltar a base, o rímel e o lápis, esses objetos deveras importantes com que nenhum ser humano do sexo feminino consegue sobreviver - e que elas, naquele ambiente inóspito, iriam partilhar.

Entendam que a espera na fila foi longa e o ridículo da conversa foi crescendo à medida que o tempo passava - o remate de que "o corretor de olheiras é mesmo importante, não te podes esquecer", não falhou. A mim apetecia-me virar para trás e perguntar: "Oi? O essencial é um anti-olheiras? Essencial deviam ser umas sapatilhas para não ficares com terra até à hipoderme, devia ser uma pasta dos dentes para os lavares quando acordasses depois de uma noite de álcool, o essencial vai ser a comida que vais levar às costas. Agora o anti-olheiras? Vais para um festival, não para um desfile de moda".

Fiquei calada - senão quem ia precisar do anti-olheiras (para cobrir um olho negro) era eu. Mas não consegui deixar de pensar que há gente muito fútil neste mundo e que, de facto - em, literalmente, todos os campos - nos descentralizamos daquilo que é mais importante.

10
Jul14

Onde devia estar

Hoje não devia estar aqui. Devia estar perto de Lisboa, algures em Algés, à espera dos Imagine Dragons e a ou a ouvir a "Do I Wanna Know" como ruído de fundo. Não fui de forma consciente - foi-me dado, como prenda de anos, um "vale" em forma de bilhete, que poderia trocar por qualquer um dos dias, mas optei por não o fazer.

Não ia sozinha - porque há muita coisa que faço neste mundo sozinha, mas ir a festivais não consta na lista. A verdade é que não precisava, que me ofereceram companhia, mas não me senti bem. Sou muito resolvida e despachada em muitas coisas, mas há outras que me deixo arrastar e.... pronto. Mesmo que quisesse, já há várias semanas que os bilhetes ficaram esgotados, pelo que a minha decisão ficou logo tomada (e que era, secretamente, o que esperava para não ter de ficar com o peso da decisão - é feio de se dizer, mas é a verdade). 

Podia dizer que não, que foi por causa dos exames, que posso ter um recurso na terça-feira e não podia estar a ir para Lisboa e chegar cansadíssima, que tinha mil e uma coisas para fazer e blablabla. Seria mentira. Não fui porque, mais uma vez e para me manter na minha zona de conforto, não comprei bilhete. E quando amanhã me disserem que o concerto foi de arromba, que saltaram a ouvir a "Top of the world" e, pior, que eles até cantaram a "Thirty lives", eu vou continuar com o rabo na cadeira, mas a morrer um bocadinho por dentro.

Amanhã, provavelmente, vou estar chateada comigo mesma. E a culpa vai continuar a ser minha. 

09
Fev14

E concertos?

Isto este ano vai ser muito difícil. Por todas as razões e mais alguma: porque é preciso juntar dinheirinho, porque é preciso ver as datas e concilia-las com exames e férias, porque é preciso comprar bilhetes com demasiada antecedência quando nem sequer se sabe como vai ser o dia de amanhã.

Vejamos: eu gostava muito de ir ver o Timberlake ao Rock In Rio, dia 1 de Junho. 61 euros o bilhete. Também gostava imenso de ir ver os Imagine Dragons ao Alive, onde, ainda por cima, vão actuar os Lumineers, no dia 10 de Julho. 53 euros o bilhete. Por fim (e para já), a minha Gaga vem cá a 10 de Novembro e eu estou num gigante impasse se hei-de ir ou não vê-la; a verdade é que este último álbum não despertou grande interesse em mim, mas o último (que ela nunca chegou a promover na Europa), sim, e muito!, e eu gostava de a ver de novo ao vivo. Sei que se não for me vou andar a lamuriar, mas também sei que se for também não vou aproveitar o concerto tanto como devia. E os preços também não devem ser amigáveis (da última vez, paguei 65 euros).

A juntar a tudo isto, falta-me a companhia. É certo que ainda não falei com ninguém, mas é sempre difícil arranjar pessoas com quem ir, que gostem do que vão ouvir, que tenham dinheiro para comprar o bilhete e uma possível estadia e essas coisas que tais. É o primeiro ano que, de facto, os festivais têm material que me interesse e estou a ver-me um bocado abandonada nesta batalha. Por aí já se tem bilhetes e decisões tomadas?

27
Nov13

Os meus dias têm sido de uma agitação tremenda

Como eu já não me lembrava. Mas, com noites como as de hoje, quase todo o tipo de dias se aguentam. 

Apetece-me chorar de emoção de cada vez que ouço o Jamie a cantar ao vivo. Chorar! Aquilo arrepia-me por todos os lados e diz-me mais do que qualquer outro artista. Não há cá Gaga's, Azeitonas, Veloso's, Coldplay's... Para mim, ele é o supra-sumo da música - e pronto, já disse! - e consegue mexer com todos os átomos do meu corpo. É demasiado especial para descrever. Se fosse possível, ia já amanhã para o Coliseu, disposta a ouvi-lo de novo, intermitentemente.

 

03
Nov13

Azeitonices

Ontem lá rumei para o Coliseu do Porto, com a minha mãe, para ver Os Azeitonas. Aqui há dias fiz-lhe uma surpresa e presenteei-a com os bilhetes, porque sabia que ela gostava muito de os ouvir ao vivo - eu já os tinha ido ver a Gaia, nos festejos dos cem anos do Jornal de Notícias, mas não me importava nada de repetir a dose.

E valeu a pena. Foi giro, giro, giro! Eu adoro o toque afrancesado e de anos 20 que eles têm - principalmente nas músicas em que a Nena participa (a minha nova pancada é a "Showbizz", cantada por ela, mas também já tinha uma paixão assolapada pela "Nos desenhos animados (nunca acaba mal)"). Para além disso, gosto imenso de sentir a música a ser formada mesmo em frente a mim, de uma forma muito crua e pura - e ontem tive tanto disso! Começaram à capella, depois juntou-se-lhes a banda habitual, depois um quarteto de cordas, mais o trio de sopros também habitual e, lá para o meio do espectáculo, subiu mais uma cortina e apareceu uma banda inteirinha, cheia de sopros! Maravilhoso! 

No mítico momento do "Anda comigo ver os aviões" o clube de fãs da banda preparou uma surpresa: em todos os lugares do coliseu havia um bilhetinho e um avião de papel, para que, quando a música começasse a tocar, a audiência atirasse o seu aviãozinho. O efeito foi para lá de giro (claro, não tinham cores como as pulseirinhas no concerto dos coldplay, mas não se pode pedir tudo) e eles pareceram adorar e ficar genuinamente surpreendidos.

Houve muitos momentos alegres, de salto e cantoria, mas tantos outros mais sóbrios, lindos de morrer, só mesmo com a música - purinha - em barulho de fundo. Muito especial. Mas o melhor momento de todos foi o final: a banda sai, tudo a pensar que o concerto tinha acabado, e entra a tal banda que tinha falado acima pelo meio da sala, passando entre a audiência em direcção ao palco. Todos com os seus chapéuzinhos à polícia e a cantar uma música de inspiração circense para, depois, entrarem também Os Azeitonas para tocar o "Circo Zen". Quando acabaram, fizeram o trajeto contrário, já com todo o pessoal que fez parte do espectáculo: saíram do palco, passaram pelo meio do público, saíram da sala e foram para rua. E continuaram a tocar pela Rua Passos Manuel abaixo, qual arraial! Não havia cá carros, sinais de trânsito ou polícia: eram milhares de pessoas no meio da rua, a acompanhar a banda pela baixa abaixo, parando só no Rivoli. Foi só uma das coisinhas mais espectaculares que assisti nos últimos tempos, completamente inesperado mas perfeitamente delicioso. No fim, depois de eles agradecerem mais uma vez através de um megafone e de convidarem quem quisesse para ir sair com eles, abriram caminho pelo meio da multidão e foram embora, em direcção ao coliseu: por mera sorte, o trilho que abriram foi mesmo, mesmo à minha frente, pelo que os vi passar, um por mim, mesmo junto a mim (e ainda consegui filmar um bocadito). 

Foi muito, muito giro. Para todos os alfacinhas (e eu sei que tenho leitores de lá) que ainda não têm bilhete: apressem-se, porque vão perder um grande espectáculo, dia 15, de uma das bandas mais promissoras do nosso país. Só resta perguntar: "O quê que estão a fazer, pá???" Vão mazé' a correr comprar um bilhete!

 

O avião e o bilhete:

 

"Anda comigo ver os aviões":

 

(a parte inicial, com os aviõezinhos a voar)

 

 

"Circo Zen":

 

 Passos Manuel abaixo:

 

02
Nov13

Playlist de hoje

A preparar para logo à noite, no Coliseu. Até lá, ao som deles, muito trabalhinho pela tarde dentro - tenho trabalhos de casa para fazer, fotocópias para tirar e coisinhas para estudar. Logo à noite é que é para desfrutar.

 

18
Out13

Não aguentei

Este momento vai ter de se repetir. Desta vez na minha cidade Natal. Sem chuva. Sem frio. Só não garanto que as minhas pestanas não se tornem a molhar perante tamanha perfeição. 

Vemo-nos dia 26 de Novembro, Jamie.

 

[Jamie Cullum, If I Rulled the Worl, EDP Cool Jazz, 2013]

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