Acredito que ontem tenham ficado ligeiramente admirados por não verem, tal como em tantos 1001 blogs, uma foto de um cravo ou uma felicitação ao 25 de Abril. Pois em contrário ao que todos (ou a grande maioria) dos jovens ouvem e aprendem, eu sempre tive, em casa, uma visão oposta do que seria a "suposta" liberdade que nos foi dada devido ao 25 de Abril; sobre os comunistas; sobre António de Oliveira Salazar.
Cresci com os dois opostos a meu lado, sendo que - graças a deus - nenhum me tentou impor as suas perspectivas. Mas também nunca as esconderam e deixaram de mas explicar, por irem mais ou menos de encontro ao que as pessoas em geral dizem.
Não festejo o 25 de Abril (embora não me importe nadinha que seja feriado) porque ainda não percebi até que ponto foi bom para o país. Bem sei que muitas coisas melhoraram, mas ao olhar à minha volta apercebo-me que muita coisa piorou (olhemos, por isso, para os cofres do estado, que antes estavam carregados e agora estão a valores negativos). Por muito que apregoem o bom que foi, por muito que em todas as aulas de história em que se fala do assunto tudo o que se diga é o bom e o melhor que este ilustre dia de 1974 fez ao país, a minha opinião está longe de ser construída. E portanto não há cá cravos para ninguém.