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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

19
Mai17

O mapa mundo-raspadinha

Há duas coisas na vida que eu sinto que me alimentam a alma. É algo difícil de descrever, mas é uma sensação de inspiração pura; saio daqueles momentos com vontade - e a acreditar - que consigo conquistar o mundo. A primeira é viajar, a segunda é ir a concertos. Ainda há tempos não sabia o que havia de fazer com a minha vida, sentia-me mesmo perdida, começava a questionar todas as minhas escolhas - e pensei o quanto me fazia falta ir dar uma volta a um país alheio ou sair profundamente tocada de um concerto.

Mas bom, isto foi só um parágrafo introdutório sobre o quanto eu gosto de viajar, porque na verdade venho aqui mostrar-vos uma coisa que comprei e mostrei ontem no meu instagram e que fez furor, pelo que prometi partilhar tudo e não esconder nada. E o que é? É um mapa mundo ao estilo de uma raspadinha - cada país que já tenhamos visitado, raspamos, e assim ficamos com uma visão global de todos os países onde já pusemos os pés. 

Eu vi isto algures - não sei bem onde - e comecei a pesquisar. É muito raro comprar coisinhas deste género logo à primeira: corro os sites todos (normalmente o ebay é logo a primeira opção e quase sempre a mais barata), comparo preços e só depois é que tomo a minha decisão. Custa-me dizer isto, mas às vezes até as vejo em sites e lojas online portuguesas, que vendem estas coisas giras (e que as pessoas não sabem onde encontrar) por preços exorbitantes, mas contorno o ciclo e vou diretamente à fonte (ou quase), ficando-me tudo muito mais barato.

Comprei este mapa por pouco mais de cinco euros, aqui. Tem 43cm por 30cm, cabe bem numa moldura caso seja esse o efeito que querem dar, mas vem bem acondicionado num tubinho (estilo pintura) para quem preferir guardar e ir fazendo updates de forma mais fácil (uma vez que, depois de emoldurado, é mais chato andar a tirar e pôr de cada vez que se vai a um sítio novo). É em papel resistente e um pouco lustroso, pelo que não tive qualquer dificuldade em raspar. O efeito final é muito giro e tudo o que eu quero agora é raspar mais e mais e mais - é sinal de que estou a fazer aquilo de que gosto e que tenho inspiração para dar e vender. Para já, o efeito é um bocadinho enganar: apesar de me sentir uma sortuda por, aos 22 anos, ter viajado o que viajei, a verdade é que só o verde da Rússia faz parecer que já corri metade do mundo - o que (para já!) ainda não é bem verdade ;)

 

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10
Mai17

Review da semana #20

O partidor de ovos ou CoisasSupostamenteInúteisQueComproNoEbay, parte 2#

 

Há uns meses tive uma insónia e, já em desespero de causa, liguei a televisão em busca de algum consolo e companhia, uma vez que o sono não estava para chegar. Calhou nas televendas. Entre fazer zapping e não fazer, vi um anúncio de uma ferramenta “partidora de ovos” e delirei com aquilo. Custava uma pequena fortuna para aquilo que fazia (podemos partir os ovos à mão e sem custos, não é verdade?) mas eu achei a ideia hilariante.

Passado uns tempos, nas minhas pesquisas por gadgets-giros-e-potencialmente-não-funcionais no ebay, lembrei-me de pesquisar pelo partidor de ovos e, como é lógico, encontrei (há alguma coisa que não exista no ebay?). Estava a um preço muito mais simpático do que nas televendas e, numa de gozo, mandei vir.

Quando chegou já nem me lembrava do que aquilo era e fiquei um bocadinho a olhar para aquele objeto estranho como um boi olha para um palácio. Quando percebi, fui a correr ter com a minha mãe – outra experiente em gadgets-de-cozinha-giros-que-servem-para-pouco – para lhe perguntar se adivinhava o que era aquilo. Não chegou lá. Ri-me que nem bandeiras despregadas enquanto lhe explicava e ela resmungava que a dita ferramenta não servia para nada.

Mas bom, eu estava era em pulgas para a pôr em prática. Ansiava pela minha próxima tarte ou bolo para levar a uma festa de família só para ter de partir ovos. Estava híper curiosa para saber se aquilo ia funcionar – e, pelo aspeto, achei mesmo que ia ser um flop. Por isso filmei a minha primeira reacção, quando estreei o partidor de ovos.

 

 

Funcionou! E funcionou tão bem que não consegui não rir – muito! – com o sucedido. No vídeo não se vê porque a peça não estava encaixada, mas pode acrescentar-se uma pecinha por debaixo do sítio onde o ovo é aberto de forma a separar a gema da clara – o que torna isto ainda mais completo e “sério” (se é que isso é sequer possível).

Já testei mais vezes e foi muito raro o ovo em que isto correu mal. É óbvio que não é uma ferramenta essencial em todas as cozinhas, as nossas mãos fazem perfeitamente este trabalho… mas tem piada. E as gargalhadas que dei enquanto abri estes ovos, já valeu os três euros que dei por isto.

Podem comprar aqui.

17
Mar17

Eu, ignorante de leguminosas, me confesso

Gosto de todas as semanas ir à feira - já o tinha dito aqui que, para além de ser velhinha de alma por todas as outras razões, até nisto pareço ter 80 anos. Vou à feira, levo carrinho de mão para não transportar os quilos de fruta nos braços e, se tal não bastasse, ainda lá vou ao início da manhã, antes de ir para o trabalho.

A verdade é que no verão não é estritamente necessário ir com as galinhas, porque só costumo ir à fruta e essa há sempre para dar e vender, mas nesta altura do ano gosto sempre de comprar agriões - que não tenho aqui na horta e são os meus legumes favoritos para pôr na sopa - o que só se arranja de manhã (pelo menos vivos e com bom aspeto, porque depois do meio dia, os que sobraram, já estão todos com um ar morto e enterrado). O problema é que eu sou uma ignorante no que a leguminosas diz respeito. 

Normalmente faço-me de hiper distraída, olho para a banca cheia de tralhas com um ar meio esgazeado, como se não encontrasse nada, e pergunto à senhora a quem compro sempre os legumes: "Bom dia! Então e agriões, não tem?". E ela lá me diz, com um sotaque carregado, que "estão aí em baixo, do seu lado esquerdo" ou "estão mesmo à sua frente, freguesa!". Mas hoje era ela que estava (verdadeiramente) esgazeada, com clientes para trás e para a frente e sem tempo para olhar para o lado, e eu senti que tinha de arriscar se não queria ficar ali a manhã inteira. Já me tinha acontecido e quando cheguei a casa levei um sermão porque em vez de agriões... trouxe espinafres.

E hoje, enquanto me baixava para apanhar os meus espero-que-sejam-agriões, rezava para não me enganar. Pus um molho numa saca, outro noutra. Nisto, uma senhora pergunta "menina, não tem espinafres???". "Tenho querida, estão ali". O "ali" era ao meu lado. Sim, no sítio onde tinha ido os buscar os meus espero-que-sejam-agriões. Mas a verdade é que as coisas estavam todas empilhadas, coladinhas umas às outras, um manto de verde sem fim. Olhei para aquilo em que a senhora tinha pegado e que tinha a certeza serem espinafres e olhei para o que tinha no meu saco. Olhei de novo. E de novo. E depois de nem sequer conseguir ver muitas diferenças, aceitei o facto de que mesmo que fossem espinafres aquilo que eu tinha ensacado, já não ia ter lata para os pôr de novo no sítio e pegar nos agriões-verdadeiros. Pedi para pagar e o meu coração relaxou um bocadinho quando ela me pediu 70 cêntimos por molho - é aquilo que pago sempre, mas uma pessoa nunca sabe se os espinafres valem o mesmo. Por isso fiz a prova de fogo: vim para casa.

Mal cheguei, avisei logo: "acho que trouxe espinafres". Mas não! Afinal eram mesmo agriões. Acho que tenho uma inaptidão natural para comprar legumes. Ou então sou mesmo cegueta.

 

(E olá! Estou de volta!)

19
Jan17

Podemos falar do flagelo das calças rasgadas?

Já vos contei várias vezes sobre o drama que é eu arranjar calças de que goste. Não vale a pena repetir a lenga-lenga toda de novo, por isso acreditem simplesmente no que vos digo: comprar calças comigo é dramático, um inferno na terra. Não gosto de nada, sou esquisita, acho que tudo me fica mal - e quando não fica hei-de arranjar outro defeito.

A moda tem muitos males (e agora que trabalho no meio dela, descubro cada vez mais), mas um deles é estar em permanente mudança e esquecer-se que os corpos não mudam (e que alguns gostos também não, uma vez que há gente que não muda de opiniões ao sabor das modas). Há uns anos não se via mais nada nas lojas para além de skinny jeans: o que, para alguém como eu, que tem pernas gordinhas, era horrível. Se eu agora acho que é um drama comprar calças, naquela altura era o apocalipse. Há coisa de um ano voltaram as calças de cinta subida e aí eu rejubilei - acho que naquele período de meses comprei mais calças do que nos cinco anos anteriores.

E depois alguém teve a brilhante ideia de começar a rasgar as calças todas, como se todos tivéssemos tombado num degrau e esfolado não só o joelho como a perna toda. E a única pergunta que se impõem aqui é: "porquêêêêêê?". Porquê que 80% das calças vendidas em lojas fast-fashion têm rasgões? Na minha altura (vêem como estou velha?) as calças que se rasgavam tinham duas saídas: 1) iam para deitar fora ou 2) cosiam-se ou colocavam-se remendos, com aqueles bonecos "colados" com o ferro de passar a roupa. E agora, para além de se andar com os jeans todos rotos (às vezes mais rotos que inteiros, diga-se de passagem), ainda se paga por eles virem todos estragados. Não cabe na cabeça de ninguém.

Mas bom, eu sei que nesta coisa das modas não há nada a fazer - é sentar e esperar que passe. A questão é que eu gostava mesmo de comprar calças - decentes, sem "decotes". E a minha solução é a seguinte: se fazer DIY (do it yourself) está tão em voga, porque não juntar o útil ao agradável e, por cada compra de calças de ganga, vender um "ripador" de jeans e um conjunto de instruções sobre "como rasgar as suas calças da melhor forma para ficar na moda"? Assim ficávamos todos felizes: aqueles que ainda têm juízo e compram calças completas, aqueles que gostam das calças rasgadas conforme se vendem e ainda aqueles que também gostam das calças cheias de buracos mas preferem rasgões de outras dimensões para além daqueles vendidas em lojas. No meio disto tudo, ainda ficavam a ganhar, por poderem dar aos clientes "aquele" toque de personalização que agora é tão valorizado.

Por favor, pensem nisto.

Assinado: uma compradora desesperada.

 

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(amiga, está frio, não é tempo de andar com os joelhos à mostra...)

02
Nov16

Review da semana 10#

Os "footies" da Primark

 

Que eu sou uma friorenta do pior já todos sabemos. Mal vem um bocadinho de frio já gosto de andar toda encasacada (também porque os casacos são a minha real perdição e acho que tenho uns belos exemplares para mostrar ao mundo), mas a verdade é que nesta época do ano em que faz frio de manhã, está uma caloraça de dia e outra vez frio à noite é bom ter peças que sirvam de meio-termo.

É sempre um filme para me vestir nestes dias; demoro sempre o dobro do que nos dias normais. O drama vai desde a camisola até ao calçado. Pois que, no que diz respeito às camisolas, continuo muito indecisa, mas este ano descobri que gosto de me ver de sapatos. Já tinha comprado uns o ano passado, castanhos, mas tive imensa dificuldade em conjuga-los, pelo que ficaram a maioria do tempo na gaveta; esta estação fiz um esforço para os calçar, passei a adora-los e ainda comprei uns parecidos em preto, para ter sapatos para todo o tipo de roupas. Descobri que são óptimos para este tempo! Mas aqui um grande problema se coloca: e meias? Eu, friorenta, não aguento andar sem meias - até porque me faz aflição estar em contacto direto com o sapato. 

A minha mãe disse-me que tinha uns soquetes da Primark, que eram espetaculares, e eu experimentei e fiquei rendida. Lá fui eu a correr para a Primark, logo ao abrir do shopping para não enlouquecer no meio da multidão, e não tendo encontrado uns iguais às da mãe, comprei outros que ainda gostei mais, em renda preta. São super confortáveis e bonitos e têm uma parte de silicone no calcanhar, para a meia não escorregar: acabam por ser muito mais giros do que aquelas meias de algodão que costumo usar e que eventualmente acabam por ficar com um ar meio desbotado. Também trouxe outras de algodão muito fino, em cor de pele, que também gosto muito - mas estas de renda roubaram o meu coração. 

Já aqui falei várias vezes da Primark e no facto de não ser cliente habitual, por mil e uma razões; no entanto, há certas peças e artigos que acho que vale mesmo a pena. Este é sem dúvida um deles, óptimo para esta altura do tempo bipolar entre frio-quente-frio. Acreditem no que eu vos digo!

 

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06
Out16

Um relógio e uma lembrança para a vida

Ei-lo! Depois de ter decidido que, com o meu primeiro salário, ia de facto comprar um relógio, foi só uma questão de escolher e ter tempo de o comprar. Já tinha um relógio de uma loja online debaixo de olho há muito tempo - ainda assim, hoje fui dar uma volta rápida ao shopping, só para descargo de consciência, para ver se não havia algo que me agradasse ainda mais.

Acabei por dar de caras com este Michael Kors que, admito, não me caiu logo no goto. Experimentei-o numa loja e deixei-o lá. Depois tornei a vê-lo, noutro sítio, e decidi voltar a experimentar - e aí trouxe-o para casa. Adorei-o na montra, mas inicialmente no pulso não me convencia muito. Mas parece que isto primeiro estranha-se e depois entranha-se. A pulseira é giríssima e tem um toque espetacular, o mostrador é que era um bocadinho alto e pesadão para o meu gosto. Mas acabei por me convencer rápido. Agora estou só apaixonadíssima.

Acho que foi a compra mais cara que fiz até hoje - pelo menos de um bem material. Mas este saiu literalmente do meu suor e esforço, e sei que vai ter um lugar especial no meu coração. E como sabe bem saber que trabalhei para o ter! É óptimo receber prendas, mas é uma sensação única comprar algo que queremos há muito tempo com dinheiro que lutamos para ganhar.

Este não é só mais um relógio. É uma vitória. E é uma lembrança para a vida.

 

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04
Out16

Comprar dois pares de sapatos iguais é coisa de homens?

Não é surpresa para ninguém de que um dos dramas da minha vida é ter de comprar sapatos. Por um lado, tenho um pé inchado (também conhecido por pé de urso), que me dificulta imenso a compra de qualquer tipo de sapatos; por outro, o mercado dos sapatos anda tão feio e tão pouco prático nos últimos anos que, mesmo que tivesse um pézinho de princesa, me ia ver grega para arranjar o que quer que fosse.

Ainda assim, a questão do meu pé é aqui muito significativa. Já lá vai o tempo em que, todas as manhãs, eu olhava para ele para ver como estava - hoje em dia nem me lembro. Passei uma fase muito boa, em que ele pouco inchava ao longo do dia (não sei se pela alimentação, vida ativa ou simplesmente porque sim), e agora estou outra vez pior e sem tempo para conseguir fazer o tratamento em casa. Ainda assim, só nos raríssimos dias em que me dói é que me lembro do problema que tenho, a menos que me lembrem (que é o mais frequente). Para além disso, há mais uma meia-dúzia de dias no ano em que me recordo e que esta questão me mói o juízo de forma estúpida. Quais são esses dias? Os que tenho de ir comprar sapatos.

A verdade é que quase me preparo mentalmente para entrar numa sapataria. É entrar, sabendo que a probabilidade de correr mal é gigante - e pelo meio ainda ter de explicar o que tenho, ter de calçar 30 pares de sapatos para exemplificar o que não resulta... enfim, um drama. A verdade é que sempre que me predisponho a isso, experimento metade da loja - perdida por dez, perdida por mil. Se é para sair deprimida, que seja só de uma vez e não aos bocadinhos. E, quando resulta, trago uns três pares para casa; quando não resulta, é engolir em seco e preparar-me para outra. Graças a esta tática, consigo manter-me longe de sapatarias durante tempo suficiente para não me martirizar muito, até porque uso os sapatos quase até eles ficarem rotos (pronto, nunca os deixo chegar a este estado - mas quase). Sim, porque como se nota, comprar sapatos é, para mim, tudo menos terapêutico (como acontece com a maioria das mulheres).

O pior é que desde o ano passado que estava à procura de umas botas castanhas. A minha mãe já andava a ameaçar deitar-me as minhas queridas e prediletas botas castanhas ao lixo há demasiado tempo, mas a verdade é que não encontrava alternativas viáveis de que gostasse. Corri tudo, já nem olhava a preços! Só queria um raio de umas botas que me dessem para uns dois ou três anos de descanso. Passei um ano nisto e nada. Até que este fim-de-semana, por acaso (e sem a dita preparação), entrei numa sapataria e a senhora mostrou-me um modelo hiper confortável. Não eram as que tinha debaixo de olho (nunca são...), mas a verdade é que eram as melhores botas em que tinha posto os pés há muito tempo. 

Olhei para o sítio onde elas estavam e vi que, para além das castanhas, tinha umas iguais em preto. Pensei e repensei naquilo que ia dizer, lembrando-me de todas as vezes que critiquei o meu pai por comprar aos 3 e 4 pares de sapatos, todos iguais, de uma só vez. Mas respirei fundo e disse: "são umas castanhas e umas pretas, por favor". Ultrapassei o olhar surpreendido da minha mãe (a vendedora já parece habituada) e fui mesmo com a ideia avante. 

Já tinha feito isto com camisolas e calças (quantas vezes...), mas nunca em sapatos, que me parece ser assim algo mais marcante. A verdade é que não tenho disponibilidade mental para me chatear e atormentar só para andar com um par de botas diferentes todos os dias. Prefiro o conforto destas botas e o descanso que dois novos pares de sapatos me dão durante uns dois ou três anos, do que dar a importância a quem repara naquilo que trago calçado e que pode potencialmente julgar-me. Mesmo que isso seja coisa de homem - ou simplesmente de gente prática e pragmática.

03
Out16

Uma mochila "pequenina" às bolinhas azuis*

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Não sei se repararam que em todas as fotos que partilhei sobre o cruzeiro havia sempre dois denominadores comuns: primeiro as sapatilhas, sobre as quais já falei aqui e segundo, a minha mochila das bolinhas. Muitas vezes não se nota muito bem, só mesmo ao nível dos ombros, até porque não tenho nenhuma foto absolutamente espetacular onde ela se veja mesmo bem, mas a verdade é que merece a menção honrosa: foi uma companheira incondicional em todas as viagens que fiz nos últimos meses e valeu cada cêntimo que paguei por ela. É a prova de que os amores à primeira vista também podem ser bons investimentos.

Comprei-a no aeroporto de Londres, da segunda vez que tentei apanhar o avião (se bem se lembram, perdi o primeiro - e a correria foi tanta que nem tive tempo para deitar o olho a nada). Dessa vez fomos com tamanha antecedência que deu para correr as lojas todas - e dei de caras com uma que nunca tinha entrado ou ouvido falar, chamada Cath Kidston. Tudo o que posso dizer é que é a loja mais gira, amorosa e fofa de todo o sempre. Trazia-a toda comigo. Malas, carteiras, bolsinhas, porta-moedas, coisinhas de bebé - tudo lindo, amoroso e de aparente boa qualidade (e, para Londres, até bastante em conta).

Tinha acabado de correr Londres com uma mini-carteira de um só ombro, o que não se tinha revelado nada prático - gosto sempre de andar prevenida com uma peça de fruta, um casaco e a máquina fotográfica (e, normalmente, uma objetiva extra), para além de todas as coisas do costume como o porta-moedas, pelo que tinha sempre de abdicar de alguma coisa para conseguir meter tudo na mala. Quando, no aeroporto, dei de caras com esta mochila, o meu coração ficou logo ali. Adoro bolinhas, adoro azul, adoro o corte da mochila. Por a caso estava a precisar de uma, até tinha andado a namorar umas Fjallraven Kanken (uma mochilas finlandesas, que conheci pela minha cunhada, que tem duas) em Oxford, mas achei-as demasiado caras e adiei a compra para outras núpcias. Esta tem um formato até semelhante, com o fecho na borda, virado para a frente (exatamente como queria!) mas com a vantagem de ser mais feminina, arredondada e de ter umas alças com mais suporte. Por outras palavras, é perfeita.

Tem um acabamento impermeável, óptima para todos os tipos de tempo, e uma divisória na parte de trás, onde dá para colocar o computador ou documentos. Tem imenso espaço para todas as tralhas com que gosto de andar e assim adquiriu o estatuto de companheira de viagem mais-que-perfeita, para qualquer lado que vá - para o outro lado do mundo, para o Gerês, para um hotel de 5 estrelas ou para o campismo. 

Vale a pena conhecer a Cath Kidston. Não tem loja em Portugal, mas tem loja online. Dêem uma espreitadela e fiquem a babar. Eu posso garantir que da próxima vez que puser os pés em terras de sua majestade vou diretamente a uma destas lojas desgraçar parte do meu recém adquirido salário.

 

*trocadilho fracassado com a música "Bikini pequenino às bolinhas amarelas"...

09
Set16

These shoes are made for walking

Não sou pessoa de caminhadas. Gostava, porque talvez este corpinho fosse outra coisa e fosse mais do meu agrado, mas infelizmente não é coisa que me assiste - pelo menos caminhar por caminhar, sem nada de novo ou especial para ver.
Quando estou no estrangeiro ou em sítios que não conheço, a história é diferente. Ando e ando bem, com gosto - andar em sítios diferentes tem outra mística, para além de que é a única forma de conhecer uma cidade de forma decente. Sabia, por isso, que ia andar muitos quilómetros quando fosse para o cruzeiro e quis ir prevenida. Para além das sapatilhas que levo para o ginásio (que são super quentes) e das Birkenstock (que só uso quando está tempo para sandálias) não tinha nada de especial para andar, pelo que fui comprar umas na Decathlon.
Comprei umas Merrell, super frescas - e, meus amigos, foi a compra deste verão! No cruzeiro andei todos os santos dias com elas, assim como em Penacova e no Gerês. Podiam não combinar com a roupa que estava a usar e estão longe de ser lindíssimas (aliás, com cor-de-rosa, é impossível serem lindíssimas), mas temos pena. Há ocasiões na vida em que temos de ter as prioridades bem definidas e, nas férias, o conforto é sem dúvida o mais importante. Aliás, no Gerês salvaram-me a vida, porque quem acha que pode fazer aqueles trilhos em cima de sandálias ou havaianas é maluquinho. As pobrezinhas ressentiram-se, é verdade, e ficaram com tantos arranhões como as minhas pernas, mas a vida também é feita destas "cicatrizes", não é verdade?

Espero que se aguentem e que durem muitos e bons anos. Fazemos uma troca: elas dão-me conforto nos meus pés e eu dou-lhes a conhecer o mundo. Parece-me justo.

 

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15
Jun16

Quando ir a um shopping? Em dia de jogo, claro!

Hoje a minha mãe faz anos (já agora, parabéns à melhor mãe do mundo! <3) e perante a desorganização e deprimência total que tem sido a minha vida nas últimas semanas, ontem eram 21h e eu ainda não tinha uma prenda para ela. Saí do ginásio, jantei, tomei banho, fui buscar o meu carro à oficina e rumei ao NorteShopping (dizendo à minha mãe, no entanto, que ia tomar café - foi uma mentirinha piedosa, sim?). 

Já sabia que o shopping ia estar com pouca gente, mas nunca pensei vê-lo tão deserto. Sou menina para afirmar que nunca na minha vida (nem quando lá chego dez minutos depois de abrir) tinha visto o shopping assim, muito menos às 21.30h da noite. Uma paz e um sossego inacreditáveis, que fizeram desta visita rápida uma das melhores dos últimos tempos. Comprei tudo o que queria e ainda dei uma vista de olhos pelas montras, algo que há muitos meses que não fazia. 

Uma das coisas que trabalhar (ou estagiar) ajuda é a gastar muito menos dinheiro: como estamos no escritório não estamos a queimar dinheiro em shoppings ou lojas online. A verdade é que, para mim, o estágio foi não só uma experiência enriquecedora a nível pessoal como também a nível bancário - porque eu simplesmente não tinha tempo para gastar o dinheiro. Coincidiu também com o facto de me ter cansado um pouco de ver roupa e de estar sempre atrás de coisas giras - antes eu conhecia as coleções todas da maioria das lojas; passava-as a pente fino nos sites e depois ia na rua catalogando os conjuntos de quem passava por mim. É claro que, ao mesmo tempo, ia comprando. Agora não vejo as coleções, nem online nem em loja - e, confesso, tenho-me desfeito de grande parte do meu roupeiro com grande vontade e tem sido a minha mãe a comprar roupa para mim para conseguir ir compensado aquilo que vai saindo (como se tivesse 5 anos, eu sei - mas sabe tão bem!). 

O ambiente dos shoppings agora satura-me um pouco, por isso mesmo em dias em que me apetece comprar coisas acabo por me fartar com muita facilidade. Mas ontem, com tanto espaço e tão bom ar para respirar, foi como se tivesse as lojas todas só para mim (e isso refletiu-se na quantidade de sacos que trazia na mão!).

Quando é que é mesmo o próximo jogo de Portugal? Acho que já tenho planos.

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