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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

28
Mar16

Cemitérios de posts nos meus favoritos

Houve tempos em que eu, neste mundo da internet, era uma miúda organizada. Tinha centenas (sim, centenas) de links metidos dentro de pastas, que por sinal estavam dentro de pastas (que estavam dentro de outras pastas) na área dos favoritos e achava que assim tinha tudo à mão de semear. Na verdade, nem precisava de ser um site que usasse regularmente: se me lembrasse de um site que um dia me pudesse dar jeito, punha-o logo nos favoritos e era mais um para a coleção. Enfim, maluqueiras!

Hoje em dia já não utilizo os favoritos e, embora para olhos alheios isto possa parecer desorganizado, para mim está tudo nos sítios certos. Mas graças às novas tecnologias e mesmo tendo mudado várias vezes de browser ao longo dos anos, os meus antigos favoritos têm viajado comigo de computador para computador, de browser para browser. E um dia destes, num tempo morto (ou numa altura em que devia certamente estar a fazer algo e não estava), decidi dar uma olhadela naquela secção, mais propriamente na pasta "blogs" (que eram os blogs que seguia na altura, há uns seis anos atrás).

Não foi com surpresa que me deparei com 95% dos blogs que lá estavam (e era muitos) abandonados. Fechados. Com o tão conhecido "Error 404: URL not found." - ou então com a página redirecionada para um site tipo-porno com chinesas estranhas. Alguns que deixei de visitar por minha livre e espontânea vontade, outros que já sabia que tinham deixado de publicar. E não deixa de ser triste. Principalmente para alguém como eu que, naquela altura, vivia a internet literalmente como uma segunda casa e onde todos estes blogs eram quase meus "vizinhos", que me abriam as portas de suas casas e me faziam sentir sua amiga (alguns passaram mesmo a sê-lo, mesmo na vida real - mas muito poucos). 

Hoje, quando olho para aqueles blogs - que se tornaram autênticos cemitérios de posts - foi como se me tivessem fechado a porta. Porque a verdade é que, apesar de mais crescida e desprendida deste mundo, continuo a sentir que morávamos todos no mesmo bairro.

17
Mar16

Querem receber os meus posts no vosso email?

Este é mais um post que devia ter saído a semana passada. Eu sei, sou uma vergonha. Mas cá vai disto.

Mais uma vez, a equipa do SAPO inovou e trouxe para os blogs mais uma funcionalidade absolutamente espetacular, que pode dar jeito - principalmente - para os mais esquecidos. Agora podem receber nos vossos emails uma espécie de "newsletter" do blog, onde podem ler os posts que publico. Recebem, no máximo, um email por dia; no mínimo recebem zero, nos dias em que não escrevo. Não é uma newsletter comum, cheia de floreados, publicidade e coisas que tais - tem uma parte dos posts que foram escritos e pouco mais, só mesmo como "reminder" de que há posts aqui há espera da vossa leitura. 

Esta funcionalidade é óptima para quem lê os blogs nos blogs (ou seja: não usa o facebook, o feedly ou outro mecanismo qualquer para ler blogs ou para ser "lembrado" de que eles existem), porque muitas vezes há alguns que ficam esquecidos na nossa "ronda" diária. Por outro lado, para blogs que não publicam com frequência (que não é o meu caso, mas pode ser o de outros), é uma forma de não passarem a vida a visita-los sem novos conteúdos, ficando sempre alerta para quando um post novo é publicado. É ou não é óptimo?

É por estas e por outras que toda eu sou SAPO, que visto a camisola a 100%, que torço tanto por esta equipa e por esta plataforma e que as defendo com unhas e dentes. Já não sou entendida em matéria de outras plataformas blogosféricas, porque há muitos anos que não trabalho fora do SAPO - ainda assim, acho que é nosso dever apoiar o que é português, ainda para mais quando tudo é tão bem feito, com tanto empenho, dedicação e abertura para fazer sempre mais, muito mais. Não há outra plataforma que ofereça um serviço de ajuda tão rápido, simpático e eficaz como este, apenas com um simples comentário num dos blogs da equipa; não há outra equipa que esteja sempre atenta aos blogs da sua "rede", que comente nos momentos chave, que dê apoio quando é preciso, que promova a ligação entre os seus usuários. Se pudesse, dava os meus parabéns e obrigado todos os dias a quem faz isto acontecer. Porque são de facto incríveis.

E agora já sabem - é só escrever o email ali no espacinho da barra lateral! Não se preocupem que os vossos emails não são visíveis por ninguém - nem sequer por mim, que fico aqui a morrer de curiosidade! Espero que gostem e desfrutem!

05
Mar16

Hoje é tudo "aparentemente"

Acordei às 5.30h da manhã, estremunhada com um pesadelo. Num dia normal, voltaria a dormir; mas, como ontem me deitei logo depois do jantar, o sono não voltou a pegar. Icei a mão para o telemóvel, como é meu costume, para ver se tinha notificações. Dou de caras com uma mensagem que dizia que o Nuno Markl e a Ana Galvão se iam separar. Como se já não tivesse suficientemente acordada, fui a correr para o facebook ler a mensagem que - calculei - tivessem deixado aos seus seguidores. E fiquei sinceramente de coração partido.

E isto lembra-me uma coisa de que já falei aqui que é o facto de acharmos que conhecemos quem, de facto, não conhecemos. Eu acabei de dizer que fiquei de coração partido e todos achamos isso normal mas, se analisarmos a coisa ao pormenor, será que é mesmo? Eu nunca vi o Nuno Markl e a Ana Galvão na vida; nunca sequer comentei uma publicação dos dois; nunca ouvi a Ana Galvão na rádio (só coisas gravadas); sei que têm um filho, uma casa com cave onde já se deram concertos espetaculares, duas cadelas e uma gata. No fundo, é isto que sei. E se provavelmente dissesse aos meus bisavós (que já faleceram, mas que servem aqui para exemplicar alguém daquela geração, onde tudo era diferente) que estou triste porque um casal (nas condições de pouco "conhecimento" que afirmei acima), se ia separar... eles diriam que eu estava louquinha. Porque a verdade é que, vendo só o pouco que sei, parece que eu ficaria despedaçada de cada vez que um vizinho distante se separasse: sabia o agregado da sua família, o tipo de casa onde vive e os animais que passeia. No fundo, aquilo que sei da família Markl.

Mas a verdade é que não fico. Apesar do pouco que deles conheço, Nuno Markl entra-me pela rádio todos os dias para me fazer rir, faz podcasts brilhantes, leva-me a "passear" com os seus textos e desenhos, tem ideias geniais que partilha no facebook para quem quiser ver. No fundo, e apesar de não o conhecer de parte alguma, faz parte integrante da minha vida (a Ana Galvão só mesmo a parte do facebook e os vídeos que faz, que também gosto de ver - não deixo, no entanto, de simpatizar muito com ela). São este tipo de coisas que as novas tecnologias proporcionam: uma proximidade-não-próxima, uma ilusão daquilo que vemos (e mostramos) e a sensação de que conhecemos muito bem meio mundo, que os "amigos" facebookianos quase são amigos reais, tal a quantidade de informação aparente que temos ao nosso dispor.

Embora haja muito boa gente que se exponha demasiado, há sempre coisas que ficam de fora da equação. Só quem está no convento é que sabe o que vai lá dentro. E eu, às cegas com toda esta ilusão em que todos estamos metidos e com a "proximidade" e simpatia que sentia por este casal, punha quase os meus dedinhos no fogo em como este era um amor a sério, daqueles que duram para vida. E pumba, eis que anunciam a separação. E, no entanto, Nuno Markl estava aparentemente feliz e risonho esta manhã, quando mais um vez me entrou pela rádio adentro e me arrancou sorrisos no caminho para o trabalho.

"Aparentemente", é isto a reter. Nas estrelas da rádio, da televisão, do facebook ou dos blogs - aliás, mesmo que não sejam "estrelas". Na verdade, basta serem pessoas. Esta barreira que agora temos entre nós engana muito. Caímos em ilusões tremendas e só choques como estes nos chamam à realidade. Que nos sirva de lição, para recordamos que há toda uma vida fora deste jogo de aparências em que agora todos temos um peão a jogar.

01
Mar16

Os nossos contextos e os contextos dos outros

Acho que todos os meus amigos sabem que uma das melhores formas de me irritar é ler os textos que aqui escrevo em voz alta. É algo que não suporto. Faz-me uma confusão tremenda ouvir aquilo que escrevi (e, no fundo, "ouvi" com a minha própria voz "interior") na boca de outra pessoa, sem todas as paragens e significados que atribuo a cada texto que escrevo. Acho sempre que os meus textos estão horríveis, mal escritos, que a coerência ao nível do som das palavras (se é que isto faz sentido) é terrível, que - dada a forma como são lidos - a pontuação está mal aplicada. Enfim, uma série de tragédias e defeitos sem fim. 

Mas a verdade é que, quem escreve, tem de aceitar isto. A minha mãe sempre me disse que "um livro não é só um livro, são muitos - tantos quantos as pessoas que o lêem" e isso é algo com que o escritor tem que viver; perceber que nem tudo o que escrevemos é interpretado da forma que desejaríamos e intencionávamos, que isso depende do contexto em que cada um vive, do humor com que está no momento em que lê as coisas.

Às vezes irrito-me e fico um pouco magoada com as coisas que dizem nos comentários. Alguns com clara intenção de ofender, outros simplesmente com opiniões contrárias às minhas mas que têm muitas vezes o objetivo de combater algo que eu nem sequer disse. Assumem-se demasiadas coisas, tiram-se conclusões erradas de coisas que digo - e isso, num "bolo total", dá toda uma percepção errada daquilo que queria dizer, da mensagem que queria transmitir. 

A verdade é que também eu escrevo no meu próprio contexto - quando "escrevo" os textos na minha cabeça, antes de os passar para aqui, já estou a tomar como adquiridos muitos factos que já fazem parte de mim mas que o cidadão comum (ou, na verdade, qualquer cidadão) não sabe. Aquilo que me parece mais que óbvio e contextualizado é, muitas vezes, quase um insulto para uma outra pessoa que lê e vê tudo isto de uma outra perspectiva e contexto qualquer.

No fundo, acho que cada um lê o que quer. E não podemos fazer muito para além de aceitar - porque por muito que escrevamos, contextualizemos e expliquemos... cada um continua a ter a sua verdade, a sua vida e os seus próprios contextos. E, esses, nós nunca vamos poder mudar.

08
Dez15

500 postais depois

Estes seis anos de blogs trouxeram-me coisas muito boas. Conheci pessoas incríveis e projetos espetaculares, li textos fantásticos e vi fotos lindas. Tudo isto em blogs pouco ou nada conhecidos, que vamos descobrindo via comentários no nosso blog ou em blogs alheios ou destaques muito pontuais; às vezes penso na leviandade com que eu (e essas pessoas, com toda a certeza) escrevem e mostram certas coisas, sem qualquer noção do impacto que esses pormenores podem ter na vida de cada um.

Foi no blog da Marta (que não conheço, nunca vi e não sei o nome para além do primeiro) que conheci o Jamie Cullum, a minha maior paixão musical. E foi no blog da Laura (que também nunca vi ou conheço e não sei mais que o nome próprio) que conheci o postcrossing, um dos meus maiores hobbies desde há quatro anos. Acho que nenhuma delas ainda anda por estas bandas, mas tenho quase a certeza absoluta que quando puseram a "If I ruled the world" na barra lateral ou escreveram sobre um projeto giro que tinham acabado de conhecer, nunca pensaram que iam fazer com que alguém se apaixonasse pelo objeto que elas estavam a partilhar. A verdade é que embora já não leia ou saiba nada delas há vários anos, ainda hoje me lembro delas, por me terem dado a conhecer coisas de que gosto tanto.

Tanto o Jamie como o postcrossing já foram alvo de muitos posts aqui no blog, mas desta vez há uma razão especial para festejar. Então não é que a semana passada perfiz a maravilhosa quantia de 500 postais recebidos e enviados à conta do postcrossing? Weeeeeee! Que orgulho! A verdade é que, ao todo, com todos os postais que amigos e familiares já me enviaram e trouxeram, já devo ter pelo menos 550 postais recebidos na caixa de correio. Isto fora a coleção que já tinha antes de começar este projeto mais todos aqueles que me deram e que eu comprei ao longo destes anos, entre postais de autor até postais vintage e antiquíssimos em leilões e feiras. Com esses, a conta deve passar dos 800 (e não, não está tudo organizado - tinha de tirar um fim-de-semana só para isso, coisa que ainda não me apeteceu). 

Em quatro anos disto já recebi postais de 50 países diferentes e já enviei para 49. Já escrevi 500 postais para pessoas que nunca vi e que, com 99% de certezas, nunca vou ver. E já há quatro anos que a minha caixa de correio é uma constante incógnita, cheia de imagens lindas, pessoas novas e histórias para contar em pequenos rectângulos de papel.

02
Set15

Dica grátis

Tenho andado a vaguear por novos blogs - tenho-me servido dos meus subscritores do Sapo (felizmente tenho tido cada vez mais - obrigada!) para ir encontrado novos cantinhos virtuais. O meu feedly está repleto de sites e blogs mas muito deles já são tão "comercializados" que já há muito que deixaram de ser genuínos. É publicidade encapuzada, são textos encomendados, são textos escritos por outras pessoas... enfim. É triste. A blogosfera cresceu tanto que perdeu a sua essência.

Mas a verdade é que há coisas novas todos os dias, há pessoas a escrever bem e com ideias novas... e eu ando à procura delas. Para me entreter e me lembrar dos "bons velhos tempos". A parte má é que  há coisas que não mudam. Uma delas é um erro crasso, dos grandes, gigantes, terríveis. Meus amigos novos por estas bandas, fica a dica preciosa: por amor da santa não ponham música automática nos vossos blogs! Pior que isto só mesmo aqueles players escondidos que nos obrigam a tirar o som do computador para não ter de apanhar com as músicas que vocês gostam (ou, na pior das hipóteses, sair do blog - que é aquilo que acontece mais vezes).

Querem partilhar os vossos gostos musicais com a malta? Tudo bem; ponham um player do spotify numa barra lateral. Mas deixem-nos escolher a música que queremos ouvir. Lembrem-se que vamos a um blog para ler e ver o que escrevem, não para sermos obrigados a ouvir música que não gostamos.

23
Jul15

Da blogosfera cada vez mais pobre

Depois de ter passado os últimos tempos de faculdade e inicio de exames atolada de coisas para fazer, desleixei-me aqui no blog e na leitura de todos os outros blogs que sigo. O meu feedly ficou a abarrotar pelas costuras - chegou a uma certa altura em que deixou de contar os posts por ler (e eu agradeci, para não deprimir ainda mais).

Pouco depois de tudo isto ter acalmado decidi dedicar-me aquilo e rapidamente percebi que o melhor era marcar tudo como lido, porque nunca nesta vida conseguiria despachar quase dois mil posts por ler. Como clicar no botão "marcar tudo como lido" é rápido, acabei por fazer uma limpeza breve pelos blogs que lá tenho. Fico sempre triste sempre que o faço porque, eventualmente, acabo por me aperceber que vou perdendo blogs de leitura habitual. A verdade é que no meio da azáfama do dia-a-dia, e a menos que seja mesmo o nosso blog preferido, vamos deitando os olhos a tudo mas em nada de forma muito particular - às vezes um dos blogs deixa de publicar e só damos conta disso uns meses largos depois, quando vamos à página individual de cada um e vemos que aquele blog está tão parado como as águas de uma lagoa choca. 

Enfim: em resumo, apaguei uns dez blogs da minha lista. Cada vez leio menos coisas aqui na blogosfera. Sinto que aparecem muitos blogs novos, muitos bloggers ambiciosos, mas pelas razões erradas: atraídos pelo dinheiro da internet, pela fama, pelas coisas grátis. E, ou têm muita sorte, ou acabam rápido - ainda mais rápido do que todos estes blogs que acompanhei durante tanto tempo. 

Talvez a redução drástica destes blogs que gostava se deva mesmo ao imenso trabalho que dá alimentar um casa virtual destas - mais um erro que os "caloiros" destas bandas cometem, ao achar que em dez minutos se trata disto, todos os dias. Ou então os bloggers fartaram-se disto, dos comentadores (ou da falta deles) ou simplesmente arranjaram coisas mais giras para fazer da vida do que escrever para leitores invisíveis. Não sei.

Sei que fico triste de cada vez que me apercebo desta redução gradual na minha lista de leituras. Pagava para poder ler alguns blogs outra vez ou tê-los de volta; algumas dessas pessoas - que nunca conheci na vida nem sei o nome - ajudaram-me em algumas fases menos fáceis, deram-me incentivo, coragem, partilharam comigo histórias de vida. E isso, talvez por também eu ter mudado, já não consigo encontrar. Esse sentimento de partilha (e agora de muita, muita saudade) desapareceu tão rápido quanto todos esses blogs.

30
Jun15

Questão que me ocorreu (ou como o correio da manhã nos pode dar outras perspectivas)

Passo a minha vida a meter textos nos rascunhos. Textos incompletos, posts só com um tema para desenvolver posteriormente, textos que me doem particularmente a escrever e que não consigo fazer de uma só assentada, textos quadrados (já expliquei o que eram algures numa publicação) e etc. Isto faz com que tenha cerca de vinte sete mil posts nos rascunhos (ok, estou a exagerar, mas quando olho para aquela barafunda é o que parece). A verdade é que, quando os mando para lá, é uma espécie de sentença de morte: é raro voltar a pegar lhes. 

Foi precisamente o que aconteceu à amostra de texto abaixo, escrita há mais de meio ano, que ficou nos rascunhos, à espera de desenvolvimento. Leia-se:

 

O quê que estas fashionistas todas, que compram e só parecem usar coisas novinhas em folha desta estação, fazem depois à roupa, quando a moda já passou - que é, diga-se, de seis em seis meses? Compram, usam meia-dúzia de vezes - se tanto - para tirar umas fotografias e depois despacham? Ou isso ou têm um valente monte de roupas arrumadas a um canto a acumular pó.

 

Agora, com todo um novo olhar sobre a questão dado através do Correio da Manhã, chego à conclusão que todo o meu tom acusador presente no texto acima era condenável, porque as fashionistas têm razão. Aliás, a nossa ministra da administração interna devia era aprender com elas! Então a senhora ousou vestir o mesmo blazer seis vezes em dois meses? Mais: obrigaram um pobre jornalista, com critérios jornalísticos super rigorosos em mente, a contar as vezes que a senhora usou o casaco. É ou não é ultrajante? 

Tenho para mim que devíamos fazer todos uma vaquinha para comprar casacos à senhora. Ou então, para equilibrar a coisa, as fashionistas podiam dar um par de casacos cada - daqueles encostados para canto - e acabava-se com mais um problema do mundo. Que tal, hum? 

 

*texto (e, particularmente, penúltimo parágrafo) escritos ao abrigo de uma linguagem chamada "ironia" 

13
Mai15

Eu, um macacão e um amor relâmpago

Tenho o meu feedly a abarrotar de posts para ler - e tenho a consciência que, até quinta-feira da próxima semana, vai ser só piorar.Vou vendo apenas alguns posts que me chamam à atenção, enquanto estou à espera que as aulas comecem ou faço tempo na faculdade.

Numa dessas minhas escapadelas dei com os olhos num post do Daily Cristina. Este não é, de todo, um dos meus blogs favoritos - sigo porque acho piada, porque me dá alguma inspiração, mas não passa disso. Numa altura com pouco tempo não é algo que veja prioritariamente. Mas naquele dia, na imagem pequenina que aparece a acompanhar os títulos, percebi que havia naquelas fotos algo de especial.

Era a Minha praia. E um dos meus hotéis de eleição, onde passei, de facto, as minhas últimas (boas) férias. Reconheço-os à distância, quase que sentindo-os como uma extensão de mim. Depois de me passar toda a inveja de ela estar ali e eu não, reparei no macacão que trazia vestido - e aí, meus amigos, foi amor à primeira vista! Daqueles mesmo assolapados. Para além de ser um macacão (paixão já há muito reconhecida por mim), tem umas cores de bradar aos céus - e todo ele grita verão, sol e frescura, tal como eu gosto. 

Reparei que era da Sahoco, uma marca que costumo encontrar numa loja que adoro, na Foz (a Fashion Lovers, sempre com umas montras cheias de coisas lindas!). Apressei-me a mandar uma mensagem para lá, a suplicar para que, se chegasse o macacão, me informassem para eu o poder experimentar. A resposta surgiu pouco depois, dizendo que tinha chegado no dia anterior e que até já tinham vendido um - e só restava outro! Corri para a agenda para tentar arranjar meia hora no meu dia para poder ir lá e trazer o objeto da minha paixão para casa. Isto era quase uma mensagem do destino a dizer-me que aquela peça tinha de ser minha!

Dito e feito. Experimentei, serviu e hoje já veio comigo para casa. Sou normalmente uma compradora muito racional e esquisita, mas desta vez deixei isso um de lado. É um bocadinho mais curto do que aquilo que costumo gostar, um bocadinho mais decotado do que costumo usar e claramente mais caro do que aquilo que costumo pagar. Mas são raros - mesmo muito raros - estes meus momentos de paixão assolapada. Achei que, desta vez, podia dar a abébia. Porque amores como este são difíceis de encontrar.

 

CRISTINAA5380.jpg

10
Mar15

As compras adiantadas

Eu sou daquelas que acha que as melhores compras se fazem na época oposta à que estamos ou mesmo de um ano para o outro. Ou seja, comprar coisas nos saldos de inverno que servem para o verão e vice-versa (como t-shirts e blazers, que agora se vendem durante todo o ano porque, aparentemente, ninguém se lembra que há gente que tem frio) ou mesmo adquirir coisas de um ano para o outro. 

A razão porque acho que muitas pessoas não conseguem fazer este tipo de compras é porque ansiamos sempre pela estação seguinte - ou não. No Verão nem sequer pensamos em vestir casacos ou botas - só de pensar dá-nos os calores; mas no fim do Inverno também já estamos tão fartos do frio e da chuva que já só nos queremos ver livres da roupa pesada e sapatos quentes. E, assim, as lojas ficam a ganhar, vendendo a roupinha da época e nós sempre de olho em cima dela (e, muitas vezes, não resistindo, como é óbvio!).

Mas a verdade é que já comprei uma série de coisas, principalmente nos saldos, ideias para as estações seguintes. O que é preciso é paciência (coisa que não tenho muita, mas há dias de inspiração), uma mente aberta e pensar a longo prazo. Comprar peças que não comprometam muito, intemporais e fora de grandes modas e dentro dos nossos "apetites" habituais. No meu caso aplica-se muito em t-shirts giras que agora se vendem no Inverno e em camisolas de malha mais finas que se vendem nos saldos de Verão mas que uso o ano inteiro - na estação mais quente só com uma básica muito fina por baixo e no Inverno com camadas e camadas de roupa para me proteger do frio.

E aqui há dias fiz uma dessas compras já com visão para o futuro. Desde que a Ana Ros - da Maçã de Eva, que entrevistei aqui - lançou a ROS|LISBON que fiquei com a pulga atrás da orelha. Gostei sempre de vários modelitos, mas o preço não era propriamente simpático para a carteira (embora, por causa do problema que tenho no pé, precise sempre de sapatos com alguma qualidade - o que implica um preço superior) e a necessidade também não era muita. Passou-se a coleção de Verão e chegou a de Inverno, que pude ver com os meus próprios olhos quando fui à loja. E fiquei logo com umas botas debaixo de olho. Mas, mais uma vez, o preço não era o mais convidativo e eu deixei-me ficar.

Isto até há coisa de uma semana atrás, quando a Ana fez uma promoção relâmpago de 50% no seu blog e eu pensei "é agora ou nunca". E assim foi. Chegaram hoje as botas cá a casa, perfeitinhas que só elas. Calcei-as, na ânsia de saber se toda aquela publicidade de um conforto extremo era verdade e... é mesmo! Não andei muito tempo com elas (são quentinhas, graças a deus!), mas foi o suficiente para perceber que vamos ser grandes amigas no próximo Inverno. Sim, porque agora tudo o que consigo pensar é em pé descalço, praia, sol e muito calor. E embora seja super contra natura em qualquer mulher neste planeta (porque sempre que compramos algo novo temos uma vontade louca de a estrear), não as quero pôr a uso nos próximos tempos. Agora é sol e bom tempo. Quando chegar a altura, eu e as minhas botas vamos ter tempo suficiente para andar por aí. E, só por isso, pensar no próximo Inverno já não é assim tão intragável quanto.

 

 

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