7? Afinal não somos assim tão maus
A derrota por 7-1 do Brasil foi definitivamente pesada. Não estava a torcer propriamente por ninguém, ficava contente pelos dois: se ganhasse o Brasil era uma vitória em português, se ganhasse a Alemanha uma vitória europeia. Sempre disse, desde o início, que a Alemanha ia ganhar este mundial (sem qualquer tipo de pesar ou tristeza nas palavras, que eu pareço ser das poucas que não tem um ódio enraizado contra a Alemanha), e continuo convicta.
A parte boa de não torcer por ninguém é que não há cá ressentimentos. Cada golo sabe bem, cada bom jogo é um regalo para a vista. Nem por Portugal sofri, quanto mais pelos outros. Mas, devo admitir, que perder por sete é para acabar com qualquer um - deu-me gozo ver, numa meia-final, um bombardeamento desses à baliza: é algo que vai ficar para a história e que tão cedo ninguém se vai esquecer. Mas ver os jogadores todos rotos, já completamente acabados, e no fim a chorar copiosamente... até uma insensível como eu teve pena. Veja-se!, até o David Luiz mexeu comigo - um ex-benfiquista, coisa que não se perdoa a ninguém, que o benfiquismo é um crime punível com um "unlike" eterno -, ao chorar copiosamente e ao dizer que só queria ver o seu povo feliz. Não duvidei das suas palavras, há povos que vibram com aquilo, e os brasileiros são um deles. A verdade é que acho que o Brasil nem sequer devia ter chegado às meias-finais, mas enfim.
É a vida, e como dizia o meu sobrinho aqui há uns anos: "ganhar ou perder é desporto". Fica para a próxima. Para eles e para nós.
Serviu, ao menos, para várias capas geniais por vários jornais desportivos. São raras as ocasiões em que existem goleadas deste género para se poder brincar, mesmo que seja contra a nossa própria seleção, como foi o caso: