Aos escritores de fantástico de todo o mundo
Boas!,
Antes de mais, obrigada por me inspirarem e por, a certa altura da minha vida, me fazerem perceber que escrever livros era uma coisa que, um dia, quereria fazer. E por me ocuparem a mente em momentos menos bons, por me darem a conhecer personagens inspiradoras, amorosas, deliciosas e apaixonantes, que me arrebatam ao virar de cada página. Não estou assim tão grata por, recorrentemente, me fazerem apaixonar por personagens masculinas irresistíveis e, porventura, por essa mesma razão, serem culpados pela minha solteirice aguda - mas enfim, não vos culpo totalmente por este fator.
O que me leva a escrever esta publicação em forma de carta é a minha preocupação em relação a algo mau que andam a comer ou a beber; é um mal geral, pelo que me tenho apercebido. Quero fazer-vos acordar para a realidade: VOCÊS NÃO SÃO O NICHOLAS SPARKS. Acabem com essa praga! Algo vos anda a fazer mal, para andarem a matar gente a torto e a direito, a colocar doenças em tudo quanto é personagem, a tornar finais potencialmente felizes em finais horrendos! Acabou! Se eu quero chorar enquanto leio, não se preocupem, tenho muito por onde escolher: desde a Jodie Picoult até ao Sparks dos nossos corações; mas não vocês! Não é esse o vosso papel! Portanto acabem de vez com essas crises existenciais e moralistas que vos estão a passar pela cabeça e escrevam coisas de jeito - do principio ao fim. Que se é para piorar a cada página que se vira, mais vale não escrever nada.
E pronto, penso que estamos todos esclarecidos e falados. Espero ter mais - e melhor - de vós, num futuro próximo. E finais felizes, que para infeliz já chega a vida.
Obrigada,
Carolina