Next stop: ?
Eu sou movida por projetos que tenho em mente. E, se gosto do que faço, dou sempre o meu melhor e tudo aquilo que tenho, independentemente das implicações: menos horas de sono, menos tempo para fazer o que gosto, mais horas em frente a um ecrã ou a uma folha de papel... enfim, tudo o que for necessário. Tenho dois antípodas em mim: eu sei trabalhar até não poder mais e desistir com toda a facilidade do mundo. Tudo depende das minhas expectativas, daquilo que espero de um projecto e da forma com que ele vai correndo. E é como uma bola de neve: se corre bem, quero ainda mais. Se corre mal, e mesmo depois de tentar, continua a correr mal, facilmente desisto e parto para outra. Normalmente consigo ser muito directa e fria, pelo que é comum acabar as coisas pela raiz.
E acho que este é um dos meus problemas actuais: não tenho nada em mente. É que nem projeto, nem trabalho, nem um plano do futuro. Não me lembro de andar tão à nora neste mundo: para além deste blog, não tenho mais nada que queira impulsionar; não estou a tirar um curso para exercer e não faço ideia do que fazer quando, daqui a três anos (esperemos) me derem um diploma para a mão. Quanto ao futuro, só sei que nada sei, e tenho plena consciência que me faz falta algo que me motive, que traga em mim a garra que já vi noutros tempos: levava tudo à frente, a minha cabeça não parava para pensar em coisas tristes e era sempre andar!
Agora ando a apalpar terreno. Não para coisas grandes, mas para algo que goste e que me puxe. Sinto necessidade de sair um bocadinho, de conhecer novos campos, de dar algo de mim a outra coisa que não seja a faculdade (que, diga-se de passagem, não é nada recompensador: uma pessoa trabalha, faz um exame e um trabalho, dão-nos uma nota e siga para outra: uma seca).
Hoje foram falar-nos da rádio da faculdade; falaram, entre outras coisas, de um programa de cinema, e era ver os meus ouvidinhos aguçados a retirar toda a informação possível e necessária para que pudesse investigar e saber mais. Tenho de pensar no assunto, vasculhar entre aquilo que posso, e depois decidir. Mas sempre tive curiosidade em fazer rádio e... porque não?