Lisboa é outra coisa
É difícil para mim falar sobe uma cidade sobre a qual já tanto escrevi sobre os mais variados aspetos, mas Lisboa continua a surpreender-me de cada vez que lá vou. Eu adoro o Porto, não o trocaria por nada deste mundo, só pelo simples facto de ser "meu": mas não há nada que possamos dizer ou fazer quanto à capital. É grande, é bonita, é tão movimentada!
As pessoas que lá vivem não percebem o que digo, porque é o seu ambiente natural - mas quem é de fora nota todas e quaisquer diferenças. Tenho a sorte de conhecer outras capitais europeias (e este ano, se tudo correr bem, vou somar mais duas para a lista), e Lisboa nota-se bem que se enquadra no conjunto destas grandes metrópoles. É táxis por todo o lado, resmas de turistas, lojas caríssimas ao virar da esquina. Para mim, por exemplo, é surreal um barco ser um meio de transporte - e, no entanto, o mais comum ser daquela cidade usa os barcos para fazer a travessia do Tejo - e eu vejo-o como um meio de transporte de mercadorias ou de passeio. É tudo tão diferente e hoje soube-me tão bem aquele passeio!
Comi um pastel de Belém, andei de cacilheiro (devo ser a única pessoa à face da terra que anda naquilo por turismo, meu deus), comi caracóis e vagueei pelo Chiado (hoje não houve Santini porque, para meu desgosto, a fila era demasiado grande). Apetecia-me mesmo ficar mais tempo, entrar nas lojas, ver turistas. Já tinha feito (quase) tudo o que fiz e, ainda assim, apetecia-me continuar - fascínios que não se explicam. Whole other level.