Demasiado longo
Embora a maioria das mulheres ainda se sinta "reduzida" quando tem cabelo curto (ainda há dias falei com uma amiga que teve mesmo de cortar o cabelo acima dos ombros e que está traumatizada para a vida, não gosta nada daquilo, não se sente nada feminina e está mortinha para que os fios de cabelo cresçam), eu sou o oposto.
Acho que há uns dois anos que não tinha o cabelo assim tão grande e... estou ansiosa por o cortar! Depois do último corte fiquei suficientemente traumatizada para ter vontade de o deixar crescer - escaleio-o, mas como estava curto e não tinha peso suficiente, acabava por levantar e ficar horrível. Já se passaram sete meses, o cabelo já está abaixo do ombro, as pontas espigadas e a cabeleireira, de certeza, com saudades minhas. Tenho andado a aproveitar o comprimento do meu cabelo para fazer inúmeros penteados e aprender a fazer tranças (embora o dito ainda não seja suficientemente grande, já dá para experimentar) e puxos via youtube, tendo em conta que esse é o grande ponto fraco dos cabelos curtos: nar dar grande margem de manobra para grandes penteados. Têm sido uns belos dias, mas acho que estão prestes a acabar.
Já tenho saudades de um corte definido, de não ter de andar a esticar o cabelo que já começa a encaracolar, de não ter as pontas espigadas porque vou quase de mês a mês acertar o penteado. Não nego que o cabelo grande me faz sentir mais senhora, mais parecida com a figura que idealizamos de mulher sexy e ideal - mas não sou eu. Desde o dia em que cortei o cabelo que deixei de sonhar com essa imagem ídilíca de mulher e formei a minha. E o cabelo curto, na minha cabeça, tem tudo a ver comigo, toda uma personalidade aliada que espelha aquilo que eu sou ou quero ser.