Late night swim
Há dois dias pus um desabafo meio deprimido no facebook do blog (sim, isto foi uma dica propositada: vão lá fazer um likezinho) - que não actualizo com estados com muita frequência mas que, quando faço, são profundamente sentidos. Basicamente, e para quem está alheado da realidade facebookiana, eu falava na razão pela qual estas noites quentes me entristeciam: porque não tinha ninguém com quem as desfrutar. O meu desejo, tal como lá referi, era poder ter carta, ou um namorado com carta, ou um irmão que ainda cá morasse com carta ou, pelo menos, alguém acordado nesta a casa a horas menos decentes, com quem pudesse ir lá para fora aproveitar aquela noite magnífica. Mas a verdade é que não tinha nada disso e, como tal, enfiei-me na cama para, que com o passar das horas, o meu humor não se deteriorasse ainda mais.
Mas ontem, ao ver que a noite era similar há que eu tinha perdido, combinei um café com o pessoal do costume e trouxe-os cá para casa, para fazer algo que já não fazia há uns poucos anos: ir para a piscina à noite. Era tradição faze-lo na noite de S. João mas, com o passar dos anos e por termos crescido (e ficado mais chatos, consequentemente), acabamos por deixar este hábito de lado e já há muito que eu não punha um pé na piscina depois de anoitecer. A água tem estado um caldo autêntico e passamos perto de duas horas lá metidos, entre conversas e as guerras de água do costume.
Isto, para mim, é que é verão - e eu sabia que este ia ter algo de especial. E é tão bom ter companhia no que, para mim, é o horário nobre. As noites ainda hoje me fascinam.
(Desculpa R. por ter roubado a tua foto descaradamente!)