Não se vão embora sem dizer adeus
Odeio quando blogs que eu sigo deixem de ser actualizados de um momento para o outro. Ou que os bloggers desapareçam sem deixar rasto. Ou que apaguem os blogs sem qualquer justificação. Odeio, odeio!
Eu sei que estamos na internet, que ao mesmo tempo que aparecem coisas, desaparecem outras tantas e que é um movimento sem fim. Mas eu acredito que quando seguimos um blog copiosamente, mesmo sendo utilizadores calados e escondidos - sem nunca ter feito um comentário, um like ou coisa do género -, acabamos por fazer parte da casa. Um blog é como um livro, se for bem escrito e actualizado - vivem-se as coisas que o blogger escreve, sofre-se por eles em ocasiões especiais, torce-se para seu bem. Estabelece-se uma relação, mesmo que o autor do blog não o saiba e a maior parte das vezes não o sinta.
São muitos os blogs que seguia e que desapareceram. Muitos mesmo, e eu sei o nome deles, sei o nome dos seus autores e lembro-me deles vezes sem conta - todos desapareceram sem dar sinais, não dando uma justificação ou um aviso (ninguém tem de dar justificações a ninguém, muito menos neste mundo virtual, mas algo como "este blog já não faz sentido, já não consigo escrever, um beijinho e até sempre" caía bem). Muitos deles escritos com pessoas cheias de talento e com imenso amor nas palavras e que, por qualquer razão, abandonaram o seu spot de escrita. E de cada vez que isso acontece, para além de irritada e frustrada por desaparecem sem um "adeus", fico sempre à espera que um dia voltem, que venham ter com os seus antigos vizinhos e seguidores, e nos digam que estão de volta - e isso já aconteceu. São muitas vezes esperas sem fim, infrutíferas, mas que demonstram o amor que se pode ter por estas casas virtuais que mostram tanto daquilo que somos.
Por isso, da próxima vez que se fartarem dos vossos blogs, não se esqueçam de avisar os vossos leitores que é tempo de pausa - deixar os outros pendurados, principalmente os que esperam mais de nós, nunca é coisa boa.