25
Jul11
As mãos dadas
-Clara, dá-me a mão.
Agarro-a, meio que atabalhoadamente; ela começa a barafustar, a abanar-se e a tentar largar a mão a todo o custo. Quando, por fim, consegue que eu a largue, percebo que toda aquela birra não foi por ela não querer andar de mão dada comigo.
- Não é aqui, Tili! - aponta para o seu pulso, explicando - É aqui! - Agarra-me de novo a mão, e dá-me palmadinhas com a sua outra mão na minha, que agora tinha os dedos entrelaçados nos seus, como quem diz - "percebes?".
- Desculpa - digo-lhe. - É da falta de treino.