O destino dos totós
Há uma coisa que as mulheres têm (quase) sempre, que (quase) nunca compram e que (quase) sempre perdem. Chamam-se totós (ou então sou eu que lhes chamo assim: são basicamente elásticos para amarrar o cabelo).
Acho que em dezassete anos de vida, comprei duas vezes um pacote de totós - sendo que a última foi há um par de dias (visto que o meu ficou no mar enquanto fazia de mergulhadora, no passeio de gaivota). E apesar de os estimar muito e tentar estar sempre de olho neles, o inevitável acontece: eles desaparecem, de quando em vez. Porquê? A maioria das vezes é em tempo de aulas, quando alguma rapariga anda estilo barata-tonta a pedir um totó a alguém, pois não pode ir para a aula de cabelo solto; aí, mostramos o pulso e dizemos "MAS DEVOLVES-ME NO FIM DA AULA, SIM?!". A resposta é sempre a mesma. E o fim da história também.
Ao longo destes anos, fui-me aguentando com os elásticos que fui comprando e com os que fui "roubando" - e esta expressão está mal aplicada, porque nós não roubamos; apenas nos esquecemos (a sério)! Mas, quando chegamos a casa e vemos que temos mais uma pulseirinha na mão, acabamos mesmo por ficar com ela - porque sabemos que isto se trata de um ciclo, e que daqui a pouco seremos vítimas do mesmo destino.