Pesadelos
Não sei muito bem o que se anda a passar, mas todas as noites tenho tido pesadelos. Desde há uns tempos para cá que isto tem sido recorrente - teve uma breve pausa, nos entretantos -, e no inicio tendiam a ser mais violentos. Horríveis, mesmo - lembro-me de um em particular em que estava num centro comercial aqui perto, onde em tempo de aulas almoço regularmente, e o centro foi fechado pois estava um assassino lá dentro; a questão é que ele não era um assassino normal - ele infectava as pessoas com sida, que naquele caso era um vírus bebível e que se podia deitar nas bebidas, comida e etc., pelo que o pânico era geral e ninguém comia, bebia ou se movimentava em exagero pois tinha medo de ser contaminado.
Sei que há uns dias o meu pai entrou pelo meu quarto a dentro, pregando-me um susto de morte, pensando que estava gente no quarto - não estava, como é óbvio; eu é que falava (ou gritava) de tal maneira alto que ele, do corredor e mesmo com a porta fechada, me conseguia ouvir. Como se o pesadelo já não fosse suficiente, acordo com o coração a mil, completa e totalmente atarantada quando ele chamou pelo meu nome, numa tentativa infrutífera de saber o que se estava a passar.
Quando acordo, nestes últimos dias, acabo por só conseguir ter ideias vagas sobre aquilo com que sonhei (ao contrário do pesadelo que descrevi acima, que continuo a projectar em perfeição, na minha mente), mas não deixa de ser perturbante. Dormir deixa de saber bem.
Estou à espera que isto passe e que eu volte a ter a minha paz de volta.