Noite divertida, esta
Enquanto a minha irmã foi passear para Lisboa (também quero!), eu e os meus pais ficamos a tomar conta dos miúdos.
Portaram-se muito bem desde que chegaram até que se deitaram; enquanto esteve de dia andaram a brincar lá fora, e pouco depois de anoitecer foram deitar-se.
Já passava da uma da manhã quando me fui deitar. Enquanto aproveitava a minha noite de sono, lá para as quatro da manhã, ouço alguém a entrar. Não estou habituada a ter miúdos em casa e assustei-me. Era o Afonso. Entrou, tirou a camisola do pijama e deitou-se na minha cama. Vi logo a minha vida a andar para trás. Mais uma pessoa na cama é sinónimo de calor (como se já não tivesse o suficiente), menos espaço e mais barulho (até porque ele estava com tosse).
Meia hora depois, após não ter conseguido pregar olho, levanto-me para ir buscar água. Pelo caminho, toco na camisola que ele despiu. Estava encharcada. Oh-não-por-amor-de-deus-diz-me-que-não-fizeste-xixi. Fui ter com ele à cama e pus-lhe as mãos nas calças. Nada. Estranhei, pois aquela quantidade de água não podia ser suor.
Fui buscar a água. À vinda, decidi passar pelo quarto da minha irmã, onde estava a Clara, para ver se estava tudo bem. E lá estava ela, estilo diva, só com uma camisola vestida e com uma manta enrolada à volta da cintura, sem nada por baixo. "Fizeste xixi?", perguntei-lhe. Anuiu. Apeteceu-me praguejar, mas não o fiz. Fui-lhe buscar umas cuecas, troquei-lhe a camisola que estava um bocadinho molhada e deitei-a no berço que há ao lado da cama. Mais um beijinho de boa noite e ela lá ficou. Ainda passei pela cama, para ver o estado da coisa, sendo que este era muito mau. Parecia que tinham deitado um jarro de água para cima da cama. Recolhi os lençóis, para que não ficassem em contacto com o colchão, de forma a não o molhar.
E assim me fui deitar, com um rapaz de tronco nu ao lado, que dormiu praticamente até às 10 horas da manhã e me acordou com beijinhos e com o braço enrolado no meu pescoço.