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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

29
Abr19

Crónicas de uma ex-solteira: A decisão

Vamos lá fazer isto estilo penso rápido. 1, 2, 3... Tenho namorado!

Agora que já todos recuperamos do choque (eu incluída - talvez tenha sido a pessoa com mais dificuldade em aceitar, na verdade) vou explicar o título deste texto. O "ex-solteira" é agora óbvio para todos, a parte d'"a decisão" pode não ser clara. Mas passar a ter namorado foi mesmo isso: uma decisão. Sinto que de alguma forma isto pode tirar algum encantamento à coisa, quase como se não houvesse magia e o amor não fosse lindo e essas coisas todas dos contos de fadas - mas, desculpem dizer-vos, é a verdade. Não decidi conhece-lo nem criar a ligação que rapidamente criei com ele, mas foi de forma totalmente consciente que avancei para lá disso. Pensando em todos os prós e em todos os contras, vantagens e desvantagens, medos e receios; só me faltou mesmo pesar numa balança física para me ajudar a decidir.

Isto porque quando eu dizia que não queria ter namorado não era só para fazer conversa. Quando dizia que queria ser totalmente independente, capaz de nunca abdicar de algo por não ter alguém ao meu lado, não era para me convencer a mim própria - era a atitude que eu assumia perante o mundo. E quando dizia que a vida era melhor sem aturar homens, também era algo em que eu acreditava (na verdade, ainda acredito).

Para mim, arranjar um namorado foi muito mais do que um simples "arranjar um namorado". Foi abdicar das minhas crenças, contrariar aquilo que tenho dito desde há muitos anos. E seria hipócrita da minha parte dizer que isso não me custou.

Porque a verdade é que são muito poucos os relacionamentos que eu vejo e penso: "gostava de ter uma pessoa assim ao meu lado, ter aquela dinâmica com alguém". E não se trata da pessoa ser bonita ou feia, trabalhar ali ou acolá, ter mais ou menos dinheiro. Trata-se das atitudes, da tolerância, do respeito. Às vezes, entre amigas, discutia-se o "homem perfeito". E eu não tinha como o descrever, não sabia a cor do cabelo, dos olhos, a altura, o tipo de cara ou de corpo; sabia, somente, aquilo que não queria. E, acreditem, a lista é grande. Porque assisti a muita coisa ao longo dos anos e disse a mim mesma que nunca quereria aquilo para mim; percebo perfeitamente o porquê das pessoas se manterem nos relacionamentos apesar de certas atitudes - porque já não concebem a vida sem essa pessoa, porque já estão habituadas, porque são financeiramente dependentes ou porque compreendem que foi simplesmente um dia mau - mas eu não queria (nem quero!) isso para mim. Se para ter umas coisas precisava de ter outras, como quem compra um pack que não é possível vender em partes separadas, então eu preferia estar sozinha. Sempre levei o ditado "mais vale só que mal acompanhada" muito a sério.

Já gostei de outras pessoas antes, mas sempre achei que não eram para mim - e que por isso não valia a pena fomentar coisas que na minha cabeça, logo à partida e por uma série de razões, não tinham futuro. Mas houve, neste caso, um detalhe que fez a diferença: fui sempre honesta, disse sempre a verdade. O que, atenção!, não faz de mim uma mentirosa até aqui, mas é aquilo que sempre fui: extremamente cuidadosa em exteriorizar sentimentos. Eu não mentia, só não dizia; quanto muito... fugia.

Ao aperceber-me do que se passava disse logo tudo: a minha posição perante os relacionamentos, a minha visão futura relativamente a filhos, aquilo que eu não tolerava nos outros e aquilo que possivelmente os outros não tolerariam em mim - neste último caso, fiz uma lista muitooo grande. E esperei que ele fugisse.

Ele ficou.

E eu diria que aquilo que aconteceu a partir do momento em que ele decidiu não arredar pé não foi um processo de conquista e muito menos de sedução. Foi de convencimento. De me mostrar que podia valer a pena e que as coisas são como nós as fazemos, que o nosso relacionamento não tem de ser como o dos outros: é como nós o quisermos. E eu avancei com essa premissa sempre presente: de que quando as coisas não estiverem bem, diz-se; e se depois de serem faladas não continuarem bem, ter em mente que o "para sempre" não existe e que foi bom enquanto tudo durou.

Muita gente me diz que eu não pareço nada apaixonada, que estou a ser mega racional, ficando confusas perante os meus comportamentos ou simplesmente com coisas que eu digo. A verdade é que eu detesto estar apaixonada - sempre detestei. Aquela sensação de estar na corda bamba, da nossa felicidade estar dependente de outra pessoa - deixo-a alegremente para os outros, que tanto parecem gostar dela e que a vendem quase como se da melhor lagosta se tratasse! O coração na boca, o estômago em mil bocadinhos, as mãos que tremem, o vai-não-vai, a dúvida inicial. A irracionalidade, sentir que não temos pleno controlo das nossas atitudes porque as nossas hormonas tomam conta do comando e deixam o cérebro de lado... Não é para mim. Deixa-me num sofrimento atroz, numa angústia diária (tira-me a fome, dá-me vómitos) e obriga-me a um controlo muito mais apertado das minhas ações, quase como um doublecheck para verificar que os meus comportamentos foram solicitados pelo cérebro e não por outro órgão qualquer. E por isso, quando esta sensação passou e eu pude descomprimir - ser eu! - tudo ficou melhor.

E ele continuava lá.

Não sei o que estou, nem quero saber. Se calhar é isto, a paixão, e o que sempre senti antes era outra coisa qualquer - mas, pelo que descrevem, não me parece. Se calhar isto que vivo é outra coisa, uma palavra que ninguém inventou. Mas a verdade é que não tenho necessidade de rotular o que sinto, porque não tenho dúvidas. E ele também não, que é o que mais importa.

Sei que se não gostasse dele não escreveria este texto. Sei que se não gostasse dele não teria baixado as armas, desfeito os muros e as paredes e baixado as inúmeras pontes de forma a permitir que ele entrasse na minha vida. Sei que se não gostasse dele nunca abdicaria daquilo em que acreditei e preguei durante tantos anos. Sei que se não gostasse dele, e não confiasse nele a 100%, nunca me disponibilizaria para estar nas suas mãos.

Nunca fui de ter namorados, "curtes" ou amigos coloridos. Nunca fui sequer de reparar em quem passava à minha volta. Digo-lhe muitas vezes: és tudo o que nunca quis. Porque não podemos ter aquilo que achamos não existir. E se é difícil eu apaixonar-me por alguém, impossível é eu gostar tanto assim de uma pessoa, mesmo sabendo que quem me comanda é a cabeça. Esse é "O" feito.

Devo-o a ele.

 

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25
Abr19

O meu Can Can (ou a minha evolução às teclas de um piano)

Sempre que tenho um tempinho livre e a minha cabeça não está preocupada com trinta mil coisas diferentes dedico-me a arrumar as minhas pastas de fotos - o meu projeto para este ano, como já tinha contado por aqui. Ainda estou a "destralhar" milhares de fotografias que tinha tiradas no telemóvel e que simplesmente depositava em pastas quando a memória ficava cheia...

E se tudo isto é por vezes uma chatice, algo que nos dá cabo da paciência, noutras alturas é uma autêntica viagem no tempo (ainda há uma hora estava a ver fotos tiradas com o meu telemóvel algures em 2008, onde se vê mais granulado que pessoas, mas tem graça na mesma). E uma das coisas em que eu noto mais diferença - e, neste caso, evolução - é no piano. 

Sempre me filmei a tocar (porque gosto de me ouvir, de mostrar ao mundo que toco e porque é uma boa forma de me auto-avaliar). No próprio estúdio temos essa política - depois dos alunos aprenderem bem a peça que prepararam para o recital, gravamos sempre para que ele fique com aquele registo para a posteridade. Muitos fazem fita, que não querem, que não gostam de câmaras nem deste tipo de registos, mas a verdade é que é algo muito valiosos - pela graça de nos ver tocar algo e, acima de tudo, para muitas vezes percebermos a nossa própria evolução. Quando estamos em frente às teclas não temos bem a noção do quanto crescemos e melhoramos, mesmo que seja em poucos meses. 

Em mim, a diferença foi abismal. Dei por mim a rever a primeira peça que toquei neste estúdio e parte da 5ª Sinfonia de Beethoven (em modo hiper simplificado, como é lógico) e nunca diria que aquela miúda estaria, desde há meio ano para cá, a dar aulas de piano. Foi um salto gigante, muito impulsionado pelo amor que fui ganhando pelas teclas, pela sorte que tive em encontrar alguém certo para me ensinar e pelo apoio que tive em casa, por me darem liberdade para ir aprender, me impulsionarem a fazer mais e me darem o presente de uma vida (o meu querido piano de cauda). Tive sorte, mas também tive (e tenho) muita vontade de fazer mais, e esforço-me sempre para melhorar.

O início de 2019 foi altura de duetos - um dos meus temas favoritos! - e escolhi tocar o Can Can. Diverti-me à brava a tocar isto, a fazer ajustes, a ensaiar a quatro mãos para que no dia do recital fizéssemos (eu e a minha professora) um brilharete. E conseguimos. Adoro esta música e o resultado final! Quem vê este vídeo e os vídeos de há ano e meio atrás, não acharia que eu era a mesma pessoa...

Partilho hoje convosco. O nosso Can Can:

 

 

23
Abr19

As canetas que dão cor à minha vida

A culpa foi do meu antigo chefe. Depois de uma ida ao Japão ofereceu-me uma caneta cor-de-rosa, - cor de que nem sequer sou fã. Aquilo que devia ser um simples souvenir acabou por ser algo bem maior... e começou ali o início de um grande amor, entre mim e as esferográficas da Muji.

Quem me conhece (ou pelo menos convive comigo há pelo menos dois anos) sabe que a minha vida ficou muito mais colorida desde essa altura. Os meus apontamentos da faculdade, os meus blocos e as minhas agendas ganharam toda uma nova vida. É fácil distinguir as minhas coisas das dos outros: as minhas são escritas com rosa, amarelo e azul turquesa (na minha agenda isto é mesmo um código de cores, em que cada uma corresponde a compromissos, notas e tarefas, respetivamente), longe dos cadernos maçadores pintalgados com a clássica tinta preta e vermelha que sempre reinaram no mundo das canetas. O problema é quando as ditas acabam.

Estou há séculos à espera que a Muji venha para o Porto, mas pelo andar da carruagem a coisa não está para acontecer. Ou seja: tenho de me abastecer noutros sítios, nomeadamente em Lisboa - sítio onde, infelizmente, não tenho tido tempo para ir. Mas agora quando fui a Munique - já com as canetas no casco, a cor já começava a falhar - fez-se luz! É uma cidade grande, havia possibilidade de ter esta loja japonesa. E foi jackpot. Bendito GPS que me levou àquele shopping, fazendo-nos conhecer outra parte de Munique, longe da confusão dos centros turísticos - e onde nos sentamos a beber algo e a comer uma tarte esquisita mas maravilhosa, um dos melhores momentos desta minha última viagem.

Em resumo, lá vim eu, munida de canetas para o resto do ano, pronta para continuar a colorir a vida.

 

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22
Abr19

Viagem com viagem se paga: o início de uma nova aventura

Não me considero uma pessoa minimamente influenciável. Nunca fui, mesmo naquelas fases mais sensíveis da nossa vida. Mas há uma coisa em que fraquejo, em que sou uma autêntica Maria Nabiça (que tudo o que vê, tudo cobiça): as viagens. E o pior é que sou-o em todas as áreas: leio um livro passado no Camboja e quero lá ir; vejo uma foto em Budapeste e apetece-me ver aquela vista na primeira pessoa; vejo vídeos sobre determinado destino e este vai logo para a minha top list; ouço uma conversa qualquer sobre umas férias incríveis e começo logo a ter ideias. É isto: todas as regras têm suas exceções e a minha é esta - sou mega influenciável no que a viagens diz respeito e mudo de ideias do dia para a noite; se num dia garanto que não vou à Tailândia, por ter muitos ratos e bichos estranho, no outro já vi uma foto magnífica e estou convencida. Tenho para mim que, para o bem e para o mal, isto vai acabar comigo a querer conhecer o mundo inteiro...!

Este ano o meu plano era ir à Islândia. Já o tinha como um dado adquirido  - e, também por isso, foi duro quando descobri que a tour que queria fazer, com a agência que escolhi, já tinha esgotado. Nunca esperei que isso acontecesse; não tratei de tudo com mais antecedência porque me faz alguma impressão marcar coisas com um ano de distância (sei lá o que vou fazer para a semana, quanto mais!) e porque as viagens ainda não estavam disponíveis naquela altura. Quando me sentei e disse "é agora", clicando nas datas e no "avançar", acabo por me deparar com zero vagas. Caiu-me tudo. Fiquei mesmo triste. Era algo que já tinha tão certo na minha cabeça, com tantas expectativas, que tive de certa forma de fazer o luto dessa ideia (até porque ir por outra agência não é algo que queira fazer).

E a melhor forma de recuperar de um desgosto destes é passar para outra ideia, investir noutra coisa. Andei a investigar destinos e deparei-me com o Japão - país que tinha entrado muito recentemente na minha lista de "to visit", por culpa da La Dolce Rita. Acompanhei a sua viagem através dos insta stories (ainda os podem consultar nos seus destaques) e fiquei totalmente apaixonada. (Percebem isto de ser influenciável?) Percebi rapidamente que tinha de lá ir. E dado que tinha ficado sem destino de férias - que serão bem merecidas, após o fim da pós-graduação - decidi que não era tarde nem cedo! Aquilo que aconteceu com a Islândia não ia voltar a acontecer. 

E foi assim que, rapidamente e sem grandes "e se's", marquei uma viagem de dez dias até ao Japão. Ainda não tenho nada definido, a não ser os voos e a companhia (desta vez, não vou sozinha); o mais provável é não ficar só por Tóquio, e estou a prever passagens por Kyoto e Osaka. Mas até lá tenho muita pesquisa para fazer e coisas para ver e rever. Para mim, planear uma viagem - apesar de ser cansativo e às vezes frustrante - já é, só por si, viajar. Por isso esta é uma fase que anseio e da qual pretendo tirar todo o proveito. E por isso, se tiverem dicas, não se acanhem - contem-me tudo, que estou prestes a marcar coisas e preciso do maior número de conselhos (úteis) possível!

Caramba, vou ao Japão. Dá para acreditar?

 

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21
Abr19

Uma Páscoa com direito a novo visual

Há muitos meses que não tinha um fim-de-semana assim: sem planos, sem trabalhos da faculdade para fazer, sem saídas programadas, sem trabalho em atraso, sem aulas de piano para dar. Ontem cheguei ao ponto de perguntar "e agora, o quê que eu faço?", de tão perdida que estava. Aproveitei o sol maravilhoso que estava para me pôr a tostar e tentar acabar com este tom albino que tomou conta da minha pele há meses. Resultado? Escreve-vos uma Carolina em modo camarão. Mas antes camarão do que copo de leite!

Dada a minha incapacidade de estar parada e a impossibilidade de continuar a tostar - vamos mesmo falar sobre este domingo de Páscoa maravilhoso? -, arranjei-me um trabalho para fazer. Algo que já queria há muito: dar uma refrescadela no look do blog (se bem se lembram era um dos objetivos que constava nesta minha lista para 2019). Já o tinha tentado fazer por diversas vezes, mas isto é algo que exige inspiração, tempo e, acima de tudo, muita paciência. Reuni hoje todas essas condições e pus mãos à obra.

Queria mudar porque gosto de renovar o blog de vez em quando. E porque apesar de apreciar muito aquela "biblioteca" que tinha ali no topo, a verdade é que estou numa fase da minha vida que pouco leio (ao contrário de outras, em que passava o tempo a publicar opiniões e críticas a livros) - e por isso era uma imagem não muito fidedigna daquilo que é o blog neste momento. Queria algo sereno, adulto, não-enjoativo e equilibrado, que é aquilo que estou a tentar tornar-me. E também dar uma nova vida ao blog - estou a empenhar-me para que de alguma forma ele "renasça" e cresça, depois deste ter passado uma fase mais "em baixo". Acho que os tons pastel que reinam no cabeçalho e as flores trazem tudo isso, a par da elegância, que é coisa de que gosto muito.

No fim, penso que o resultado foi harmonioso. Gostava de ter a vossa opinião, tanto em termos de design como de funcionalidade (as letras lêem-se bem? é tudo perceptível? perdeu-se alguma coisa em termos de leitura?). Sei que muitos de vós me lêem nos vossos smartphones e não é fácil optimizar um blog para este tipo de ecrãs (principalmente a parte do cabeçalho, que fica sempre esquisito e uma salgalhada), mas prometo que estou a trabalhar nisso.

Aguardo o vosso feedback.

Até lá... uma boa Páscoa!

 

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A antiga versão (para os mais esquecidos):

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20
Abr19

Chávena de Letras - Penas de Pato, de Miguel Araújo

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Gosto muito do Miguel Araújo. Aliás, sempre gostei, antes de saber que gostava - na altura em que era uma fangirl dos Azeitonas e já cantava as suas músicas de trás para a frente. Mas não sei até que ponto um bom letrista tem de ser um bom escritor. À partida crê-se que sim, que saberá manipular bem as palavras, articular ideias... Mas se escrever músicas fosse igual a escrever textos, quase todos nós o faríamos - e não é bem assim.

Mas com este livro prova-se bem que Miguel Araújo não é (só) bom letrista. É simplesmente (muito) bom com palavras, de uma forma geral. Para mim este conjunto de crónicas apresentam-se como uma forma de testes, de várias tentativas de diferentes estilos de escrita e de articulação de ideias. Ora mais Saramago, sem pontos finais e com vírgulas; ora mais Pessoa, com a sua veia mais poética; ora mais ao jeito de um investigador literado, quando se põe a dissertar sobre música; ora mais Miguel Araújo, no seu jeito particular de transmitir ideias. Coisas tão diferentes quanto boas, provando que ele é bom em muito mais do que um só estilo. E estes pequenos textos têm muitas vezes a peculiaridade de nos fazer pensar "mas isto é tão óbvio, como é que eu nunca pensei nisto?!".

E muito por culpa disso, a maior vantagem deste livro foi que à passagem de cada crónica voltava a mim a vontade de escrever. Lembrei-me que a razão deste livro existir (algum meio de comunicação social pedir a outra pessoa para escrever textos todas as semanas, sobre um tema à escolha) é também uma das razões que me alimenta o sonho de escrever; o sonho de que um dia me paguem para fazer aquilo que para mim não é trabalho.

Um livro leve, para ler de fio a pavio e que nos põe a pensar nas coisas simples da vida.

18
Abr19

O flagelo das carteiras que foram feitas para os assaltantes

A maioria das mulheres tem uma pancada com sapatos e carteiras. Eu não. A minha praia são mais os mais casacos.

Os sapatos nunca serão uma grande paixão, uma vez que não tenho um pézinho de Cinderella para os enfiar. Há uns anos, comprar coisas para calçar era, para mim, uma atividade vinda diretamente dos infernos; ultimamente a coisa tem vindo a melhorar e, nos dias em que estou inspirada, até consigo retirar algum prazer em comprar proteções para o meu tão querido "pé de urso". Tenho hoje uma sapateira bem mais recheada - e com coisas giras! - do que aquilo que alguma vez achei possível, desde que me apareceu este problema crónico no pé direito. Ainda assim, está longe de ser aquele tópico divertidíssimo que as mulheres-tipo falam com um brilhozinho nos olhos.

No que diz respeito às malas não acho que valha a pena ter muitas, porque dá demasiado trabalho mudar as tralhas todas de umas carteiras para as outras; juro que admiro aquelas pessoas que escolhem uma mala por dia, para combinar com o outfit! Prefiro mochilas, onde cabe tudo, e sempre em cores neutras, para combinar com qualquer tipo de roupa.

Mas neste meu último aniversário meti na cabeça que queria uma carteira. Uma coisa bonita, mais clássica, para ficar bem naqueles dias de blazer e salto alto, para dar todo um ar de empresária séria (ainda que wannabe). Mas, como criatura esquisita que sou, havia vários requisitos a serem cumpridos: não podia ser transparente (este tópico dava um post - porque raio é que agora existem malas transparentes?!),  tinha de ter possibilidade de ter fita a tiracolo, precisava de ter dimensões suficientes para albergar a minha agenda e caderno de trabalho mas não ser demasiado grande ou pesada, não ser da Parfois e companhia de forma a não encontrar uma mala igual em cada esquina, não custar os olhos da cara e ter fecho zip. Simples, certo?

Nãooooo! A conjugação de todos estes fatores tornou esta missão mais impossível que a do Tom Cruise - e o meu pai pode testemunha-lo, que diz ele que nunca viu tantas malas na vida!

Ou eram feias. Ou caras. Ou feitas com materiais duros e nada confortáveis. Ou eram enormes. Ou autênticas pochetes. Ou pesadas para o tamanho que tinham. E, acima de tudo, 90% delas são pensadas para ladrões, onde basta pôr uma mãozinha discreta para apanhar tudo o que estiver a jeito. Cadê os fechos, gente? Agora as malas só fecham com pequenos ímanes centrais ou cordéis, que tornam o acesso à mala mais fácil do que comprar canábis (que, lembre-se, ainda é ilegal). Para encontrar um fecho éclair é preciso procurar neste mundo e no outro e a probabilidade de os encontrar só em parcelas centrais da mala ou em pequenos bolsos é muito grande. Não há malas com fecho, hoje em dia. Fica tudo ali à mão de semear, restando-nos ter esperança e boa fé no mundo e nas pessoas, esquecendo totalmente de entidades tão diversas como ladrõeszecos e pickpockets.

Portanto, das quatro, uma: 1) ou há falta de cabeças pensantes por detrás do design destas malas; 2) a moda está a sobrepôr-se totalmente à racionalidade; 3) isto é tudo um complô dos fabricantes de malas para sermos mais facilmente assaltados e irmos a correr comprar outra mala supostamente mais segura, alimentando assim o seu próprio negócio; 4) ou então sou eu que sou uma gaja demasiado esquisita e exigente para comprar até uma simples mala. É só escolher! Ainda assim, no dia em que se lembrarem de fazer carteiras giras e seguras, mandem-me email, sim?

 

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(imagem retirada daqui)

Estão a ver? É só pôr ali uma mãozinha jeitosa e discreta e já está, lá se foi o iPhone X!

 

17
Abr19

O nosso escritório é a nossa segunda casa

O ano está a passar num fósforo. É incrível pensar que já passaram quatro meses desde que me instalei na antiga fábrica do meu avô e estou desde então a tentar tomar as rédeas da empresa. Se por um lado vejo o tempo a voar, por outro apercebo-me do quão lento vai ter de ser este processo. Gostava muito de escrever mais sobre isto, sobre esta dificuldade de pegar numa instituição que parou no tempo, da relação com os meus colaboradores, com o facto de ser filha e neta do patrão... mas o tempo não ajuda e o tópico é demasiado sensível para ser escrito de ânimo leve. Mas fica aqui prometido que vou tentar.

A primeira coisa que fiz quando lá cheguei foi tornar as coisas confortáveis. Limpas. Organizadas. Uma empresa não é a casa de ninguém, mas é a segunda casa de muita gente - se pensarmos bem, há muitas pessoas que passam mais tempo nos seus locais de trabalho do que nos seus lares. E todo este processo implica tempo, paciência, investimento, planeamento e muita organização. Está longe de ser uma coisa que se faz num piscar de olhos. Vai demorar muitos meses - senão anos - para que as coisas fiquem como projeto. Mas fui pegando em pequenas coisas e alterando.

Fizemos obras nos quartos de banho dos escritórios. Foi um processo longo para os meus ouvidos (entre rebarbadoras e Quim Barreiros a tocar na rádio), mas muito interessante para mim, pois fui eu que escolhi tudo - desde as cerâmicas do chão e das paredes até ao porta-piaçaba. Tudo. De uma ponta à outra. Fiz do Leroy Merlin a minha terceira casa e diverti-me muito ao ver transformar uma coisa medonha em algo que, aos meus olhos, ficou incrível. 

Remodelei, com as minhas próprias mãos, a zona de receber os clientes - fazer cafés, chás, oferecer bebidas e etc. Limpei tudo, forrei prateleiras com papel de parede, comprei todo um novo set de chávenas, porta-guardanapos, colheres e tudo o que é necessário para os outros se sentirem confortáveis. Pus tudo com um aspeto limpo. Novo.

Deitei dezenas de arquivos fora. Calcei as luvas e foi tudo a eito - sem relações sentimentais à mistura. Guardei um par de coisas que achei graça, mas de resto foi tudo o que era memória, desperdício ou ocupação desnecessária de espaço para o lixo. Disse muitas vezes, a mim e aos outros: "eu posso trabalhar numa fábrica velha; não vou é trabalhar numa fábrica porca". E assim foi.

O último passo de grande mudança foi a montagem do meu escritório. Mais uma vez, tudo escolhido e montado por mim - porque sou mulher, mas não sou um rato, e sinto que tenho tudo para provar ao mundo. Escolhi, carreguei e montei tudo o que lá tenho e posso dizer, finalmente, que me sinto confortável. Estou muito contente com o resultado. Não tenho nada contra quem tem espaços completamente impessoais, mas não era assim que eu me via a trabalhar - eu preciso de um espaço meu, que me diga algo, em que possa respirar fundo em momentos de stress e sentir-me a melhorar. Não tem fotos minhas, da minha família, ou símbolos futebolísticos, mas quem me conhece sabe que parte de mim está ali.

E está, cada vez mais. O trabalho adensa-se. Começo a enterrar-me naquela cadeira e as manhãs que agora passo lá são, por vezes, parcas para aquilo que quero fazer e o que me cai em mãos. Mas, para já, vou continuar o meu caminho - terminar a pós-graduação e só depois pegar naquilo por inteiro, esmiuçar-me em todos os processos, saber o nome de todos e fazer com que todos saibam que eu estou ali para mudar as coisas para melhor. A caminho do futuro.

Para já, o futuro é isto. Um escritório. Pensado com muito amor e carinho. Ficam as fotos e referências de onde comprei algumas das coisas. 

 

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Tampo de secretária, estantes, cadeira, candeeiro, ganchos para pendurar casaco: IKEA. Quadro de costela-de-adão, tapete: Leroy Merlin. Planta: horto local.

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Iniciais da empresa: loja CASA.

 

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Plantas artificiais: IKEA e Kinda Home (esquerda e direita, respeticamente). Capas arquivadoras: Note, lojas Continente. Frascos e caixinha para cartões (em cima da secretária): loja dos chineses.

 

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Porta canetas: Staples. Decoração de parede: Área.

 

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Relógio de parede e almofada: IKEA. Cadeirão: La Redoute.

 

Querem ver o antes e depois das casas de banho?

15
Abr19

Às vezes temos mesmo de pôr cruzes na agenda

Tenho um amigo meu dos tempos da faculdade que, sempre que me via em alturas mais atarefadas, dizia sempre "tu anda com comprimidos, que daqui a nada dá-te o piripaque". Era conhecimento empírico, ele já sabia como eu era. 

A semana passada, com a agenda sem espaços por preencher, com um exame que me estava a dar a volta ao tico e ao teco, a recuperar de um susto de saúde, com um recital de piano à porta e muito, muito café à mistura... lá fui eu. Piripaque, como diria ele. Por circunstâncias da vida não falamos tanto como gostaria, mas estou ouvi-lo a dizer-me "estava-se mesmo a ver que isto ia acontecer".

E é verdade. E está a custar a desaparecer. Quando me dão estas crises de fígado e vesícula preguiçosos, toma conta de um mim uma náusea e um cansaço imensurável. Tenho dormido muitas, muitas horas por dia - quase mais do que achava possível - e tudo o que faço no dia a dia torna-se vinte vezes mais difícil. Começando por conduzir, acabando em trabalhar ou estudar. O que me obriga a pôr cruzes em vez de "checks" na minha agenda. Porque há alturas na vida em que não dá para fazer tudo. Porque por muito que queiramos, não somos super-mulheres ou super-homens. E porque há alturas em que o corpo pede misericórdia. O meu já não pedia, exigia. E eu, na medida do possível, estou a dar-lhe aquilo que ele tanto quer.

05
Abr19

Doze truques para tirar melhores fotografias

Quando estive a fazer a seleção das fotos da minha excursão ao centro da Europa, há uns meses, lembrei-me que podia enumerar uma série de dicas de modo a melhorar as fotografias que todos tiramos no dia-a-dia (e nas nossas férias e outros dias especiais, como é óbvio). À medida que ia fazendo uma série de correções e dizia a mim mesma "tenho de me lembrar para dizer isto à minha mãe" - pessoa que me tira a maioria das fotos quando viajamos - achei que podia enumerar uma série de truques não só para ela mas também para o mundo, para que as fotografias de todos passem a sair ainda mais bonitas. Na altura fiz uma lista, até anunciei a minha intenção nas redes sociais, mas tempo para pôr isto em prática é que nem vê-lo. Mas hoje foi o dia!

Reuni por isso doze dicas que podem revolucionar a vossa forma de fotografar - algumas mais óbvias que outras e, claro, dependentes também do gosto de cada um. O truque basilar de tudo isto é tentar sempre tirar a melhor foto possível e esquecer a ideia de que "depois edito a foto". A parte da edição é a mais chata, trabalhosa e dispendiosa (em termos de tempo... e também de software) da fotografia, para além de que é preciso dispor de programas, tempo, paciência, dedicação e organização para o fazer. Ou seja: é tentar evitar esse passo e tirar, à partida, as melhores fotos possíveis. De qualquer das formas, já fica o registo: para editar as minhas fotografias utilizo o Adobe LightRoom.

Antes de começar a enumerar, quero apenas dizer o seguinte: é muitas vezes no detalhe que mora uma boa fotografia. Eu gostava das minhas fotos antes de saber fotografar (que é como quem diz "saber mais do que clicar no obturador"), mas passei a adora-las após o curso que tirei, quando comecei a ver as coisas de uma forma mais crítica. É óbvio que é o sentimento que conta, as emoções presentes na foto, o momento... mas, mesmo assim, os pormenores fazem a diferença. E muito do que vou listar aqui não passam de detalhes, insignificantes para alguns, mas que farão a diferença para muitos. O olhar também se educa ;)

Vamos a isto:

 

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Um dos erros mais comuns tem que ver com as fotos tortas. Há espaço para tudo: fotografias tortas, fotografias direitas, fotografias de pernas para o ar... mas normalmente a intenção percebe-se, até pelo nível artístico da imagem. Numa foto "normal" a linha do horizonte deve estar paralela à linha horizontal da foto. Quando se posicionam para tirar a foto, esta é uma das coisas que devem ter em atenção; olhem mais além do que simplesmente o sujeito a quem estão a dirigir a objetiva. 

 

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Esta também é um clássico. Percebo que às vezes faça sentido - quando queremos apanhar um monumento alto, entre outras situações - mas normalmente o excesso de "ar" em cima das nossas cabeças não acrescenta nada. E quando é necessário, é preciso faze-lo com equilíbrio, não deixando apenas a pontinha da cabeça a dizer olá para a foto. Mais vale fazer um bom enquadramento da pessoa ou do elemento, mexer no zoom ou nas pernas e nos braços (o também chamado "zoom à moda antiga"), e pôr tudo em harmonia. Na foto acima, há mais ar que Carolina. E não era bem isso o suposto, certo?

 

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A luz é um dos principais problemas - senão mesmo o maior - no mundo da fotografia. Fotografar pessoas em locais onde estas apanhem tanto sombra como sol é muito chato, porque é muito difícil encontrar um balanço. O ideal é mesmo isto não acontecer - ou se fica de um lado ou do outro. Cuidado com situações clássicas como bonés ou chapéus, que deixam sombras exatamente na parte mais importante a fotografar - a cara de uma pessoa. Caso não haja volta a dar (como nas fotos acima), duas soluções: ou flash (que eu evito a todo o custo) ou fazer tratamento posterior, ao nível dos tons escuros e das sombras. Isto é algo que se contorna melhor (embora não se resolva) com o uso manual da máquina - o automático fica sempre confuso nestas situações.

 

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Outra vez luz. Ou, neste caso, exposição. Espaços muito interiores, sem luz natural, pedem sempre flash quando a máquina está em modo automático. Mais uma vez, sou avessa a esta luz artificial e faço de tudo para não a utilizar. Neste caso, os realces dados na fotografia da direita foram trabalhados à posteriori, mas a foto ganhou muito mais vida.

Luminosidade (9).png

Esta já é quase cliché... mas não esquecer!

 

Correcoes (4).png

Quando tiramos uma fotografia há que perceber o que é essencial. A envolvência contribui ou não para embelezar a foto? Se não contribui, sai fora - mesmo que para isso tenhamos de mover o sujeito para outro local. Quando não o fazemos no local e deixamos o problema para a edição, há uma solução fácil quando a fotografia é tirada ao baixo: torna-la vertical. No exemplo acima, as fotos são exatamente as mesmas: uma ao lado de um poste horrível, outra com muito menos ruído. Faz ou não faz a diferença?

 

grelha.png

Ainda neste âmbito, é importante (à partida) fugir de elementos distrativos - coisas grandes ou coloridas que nos atraiam prioritariamente o olhar, distraindo-nos do essencial. Na foto acima tinha uma placa néon (passível de ser cortada digitalmente) e um balde do lixo verde-alface mesmo ao meu lado, impossível de remover. Apesar de gostar da minha posição e expressão na foto, esta foi uma das muitas imagens que mandei para o lixo - em grande parte por causa destes "pormaiores" que acabam por destruir a fotografia.

 

Luminosidade (4).pngEste é um truque que faz a diferença. Quando fotografamos alguém de perfil convém sempre deixar espaço na direção em que a pessoa dirige o olhar e não o contrário. Aplica-se principalmente quando são fotos horizontais, onde haveria margem para mostrar o objeto para o qual a pessoa olha com tamanho interesse. Fica simplesmente estranho cortar a expansão do olhar de alguém (ver foto da esquerda). Caso isto aconteça uma possível solução é, mais uma vez, tornar a foto vertical.

Ainda sobre isto, relembrar que os elementos centrais da foto não têm de estar, literalmente, no centro! A regra dos terços é sempre uma boa forma de tirar as típicas fotos turísticas de uma forma diferente e desenjoar da máxima de que "no meio está a virtude".

 

Correcoes (1).png

Isto são gostos pessoais, mas a verdade é que às vezes nem nos apercebemos que os temos; nem sabemos porquê, mas gostamos mais de uma foto do que de outra, embora nada seja aparentemente muito diferente... A tonalidade das fotografias é, para mim, essencial - e eu gosto delas com um tom quente, amarelado. Aliás, como na vida! Eu fujo de luzes brancas, gosto muito mais de lâmpadas amareladas. Daí detestar o flash, que dá um tom branco em tudo o que "toca". Acho que a tonalidade amarela dá uma sensação muito mais quente e confortável às fotos. Basta olhar para os exemplos acima, onde para além disso também foi ajustada a linha do horizonte (neste caso a linha do horizonte não se vê, mas percebe-se claramente que a foto está torta através da "linha" dos prédios, que não está paralela à vertical da foto).

 

Luminosidade (1).png

Há quem ame e há quem odeie. Eu uso IMENSO o desfoque nas imagens. Adoro. Acho que foi a coisa que mais queria aprender quando fiz o curso de fotografia e aplico-o desde então. Quando se fotografa em automático a forma mais fácil de fazer isto é aproximar-mo-nos da pessoa ou do objeto em questão; em manual, abrir ao máximo o diafragma para que o fundo fique o mais desfocado possível.  Acho que dá um efeito muito bonito quando queremos apenas enquadrar de uma forma subtil o individuo, dando-lhe o mais destaque possível, mas fazendo do fundo algo esbatido, que integra a foto de forma natural e muito pouco ruidosa.

 

Luminosidade7.png

Passo a vida a chatear a minha mãe porque ela corta as fotos. Mas ela fá-lo porque quer, porque gosta de tirar fotos meio-artísticas. E está tudo bem com isso. O que não está bem é cortar um bocado de um braço, uma parte do ombro ou um pedaço da cabeça só para que caiba tudo na foto, ou porque não há mais zoom. Os cortes devem ser dados com um propósito. Ou é ou não é. Há que assumir o corte. Se assim não for, fica estranho. Os cortes só devem ser feitos quando propositados ou quando há espaço para tal. Os assuntos fotografados (e as fotos em geral) precisam de espaço para respirar de uma forma equilibrada. E tirar partes, qual talhante, nunca é boa ideia.

Luminosidade (2).png

Por fim, uma das minhas coisas preferidas... brincar com as luzes. Sem flash, claro! Estas fotos em Budapeste deram-me muito trabalho (não tinha tripé), mas continuam a ser das minhas favoritas de sempre. Quando o fundo é rico em luzes e, neste caso em particular, temos um foco de luz que podemos aproveitar para nos iluminar, podem resultar coisas espetaculares. Mas, aqui, é preciso saber do assunto - e ter muita paciência e tolerância à frustração, pois a probabilidade das fotografias saírem mal é grande. Sabendo que queremos tirar fotos deste género o melhor é levar um tripé - ou, à falta de melhor, improvisar um (quem nunca?). A verdade é que os resultados compensam.

 

E por aí? Mais dicas?

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