Dezembro, podemos pôr um bocadinho o pé no travão?
Ainda só passei uma vez pela época natalícia enquanto trabalhadora - esta vai ser a segunda - mas já percebi que o ano passado não foi uma excepção, mas sim a regra: Novembro e Dezembro são caóticos, os piores meses do ano no que diz respeito ao volume de trabalho, volume de stress, volume de problemas e volume de correrias. Não sei se é assim em todos os tipos de trabalho, mas fazer um jornal mensal nesta altura - e devido à época festiva, que faz com que os últimos quinze dias de Dezembro sejam praticamente inutilizáveis - significa fechar dois jornais num só mês, o que não é propriamente fácil.
Para além disso, algumas coisas estão a mudar no jornal e eu estou a acumular (e a aprender) funções, o que me vai passar a roubar mais tempo; por o Natal estar a chegar também começam os jantares e os almoços, os amigos-secretos e a decisão e a compra das prendas de Natal; como se isso não bastasse, ainda me meti num "projeto de Natal" pessoal, em que estou a recolher gravações da família inteira dos últimos 20 anos - e a passa-las das cassetes para o computador - para depois fazer um best of em plena véspera natalícia. Não quero revelar demasiado, porque tenho muitos cuscos na minha família a ler este blog que estão ávidos de informação, mas depois do grade dia conto um bocadinho desta aventura que me tem ocupado muitas horas nas últimas semanas (nomeadamente para pôr a trabalhar equipamentos que não viam a luz do dia há uns 15 anos).
É claro que isto tudo ainda se conjuga com a vida familiar, o blog, o piano e o ginásio - e mais algumas coisas que vão surgindo pelo meio -, pelo que a gestão não tem sido fácil. Eu bem que tento escrever ao fim-de-semana, mas nem isso tem sido simples - e, confesso, a vontade de passar ainda mais horas em frente ao computador durante as minhas "horas livres" também não é muita.
Com isto quero dizer duas coisas: a primeira é desculpem pela ausência - eu prezo muito a constância de publicações em qualquer blog e gosto e tento escrever todos os dias aqui, mas há alturas em que, por uma razão ou por outra, não consigo; a segunda é que isto não é, de todo, uma questão de preguiça - porque, quando for, eu admito e passarei aqui para vos dizer "não estou com pachorra para escrever" em vez de perder tempo em explicações como esta. Chateia-me cada vez mais que as pessoas achem que eu não faço nada só porque tenho um trabalho que me permite uma grande flexibilidade de horários; não deixo as coisas por fazer e, até hoje, não tive qualquer razão de queixa por parte das pessoas com quem trabalho ou que me chefiam. Tenho prioridades e o trabalho vem sempre primeiro: mas organizo-me da melhor forma, todos os dias, e de maneiras diferentes com o objetivo final de ter ter tudo pronto e bem feito no menor tempo possível - e, para isso, não me arrasto, não faço fretes, tento ser objetiva e riscar tarefas do caderno. E isto faz com que consiga ter aulas de piano, consiga ir ao ginásio, consiga escrever aqui e que consiga meter-me em projetos natalícios que se calhar só eu é que vou achar piada. E isso, que eu saiba, são coisas suficientes para deixar alguém ocupado até aos dentes.
(Farei o meu melhor para escrever todos os dias - caso não consiga, já sabem: ando metida entre jornais e cassetes :))