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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

09
Out17

A questão: como acabar com o molenguice durante a tarde?

Sou uma pessoa muito mais dinâmica e produtiva de manhã do que de tarde. Juro: a diferença é abismal. De manhã sou capaz de fazer tudo, às vezes nem me lembro de comer, trabalho desde que me sento no escritório até à hora de almoço. À tarde é todo um drama: fico cansada, tenho sono, a minha produtividade cai a pique.

Tenho a sorte de ter um horário muito liberal e por isso, apercebendo-me disto, comecei a ir trabalhar mais cedo, de forma a fazer mais coisas no período da manhã do que de tarde. Mas eu olho para todas as pessoas normais à minha volta e não me parece que sejam todos assim. O que será que eu faço mal para ter tanto sono durante a tarde? Será que é o facto de vir almoçar a casa que me quebra a rotina de trabalho e me faz facilmente arrastar para o sofá e me dar a preguiça? Será que já é mesmo o meu metabolismo que está habituado a descansar à tarde? Só quando estou em pleno stress e a mil a hora é que isto não acontece - caso contrário, se o meu cérebro se aperceber que tem tempo para fazer as tarefas, vai-se arrastando e levando-me com ele.

E a questão é ainda mais grave se acrescentarmos o facto de eu até dormir bastante. É verdade que acordo cedo, mas também me deito cedo: normalmente, antes das 23h já estou na cama. Porque para além de sentir que não sou produtiva à tarde, durante a noite a coisa também não melhora e tenho cada vez mais tendência para me deitar cedo e descansar.

Sinto que, a este nível, já passei por várias fases. Lembro-me que durante o secundário estudava muito bem de noite, deitava-me às tantas da manhã para estudar e no dia seguinte recuperava à tarde, mas sempre de uma forma equilibrada e sempre produtiva o suficiente para ter bons resultados. Já tive outras alturas em que estudar de manhã era missão impossível e que só de tarde é que conseguia mesmo abrir a pestana. E agora é isto.

Consigo ajustar o meu tempo e a minha energia ao trabalho que tenho – ainda que, na prática, faça horários um bocado estranhos – mas chateia-me muito não conseguir ser produtiva durante a tarde, altura em que toda a gente está a trabalhar, responde a emails e torna todo o processo muito mais fácil para também eu trabalhar de forma eficaz. Para os mais preocupados com a saúde: sim, já fiz análises e está tudo nos conformes. Por isso a questão põe-se: como é que se contorna este cansaço do demónio, como é que se regula os nossos tempos com os “normais” e se tem energia o dia todo? Estou aberta a dicas! Obrigada!

 

IMG_8173.JPG

 

08
Out17

Toda eu dedicada à bricolage (ou como consegui pendurar as sardinhas Bordallo Pinheiro)

Hoje estou mesmo muito contente porque sinto que consegui fazer algo útil do meu dia. A falta de posts aqui no blog não tem sido por acaso: esta semana foi caótica, daquelas em que não há mesmo tempo para nada que não seja obrigatório ou que já esteja nos planos, por isso cheguei ao feriado e caí para o lado. Atentem a isto que vos vou dizer: nessa noite, dormi 11 horas! On-ze! Acho que os meus pais estiveram prestes a entrar no meu quarto só para ver se eu respirava... e nessa tarde ainda dormi um par de horas e tem sido mais ao menos assim até hoje, em que consegui "desvetalizar-me" (um verbo acabado de inventar por mim, cujo significado é "deixar de ser um vegetal").

Uma das dezenas de projetos que queria concretizar até ao Natal era conseguir tirar as minhas sardinhas Bordallo Pinheiro das caixas. Já aqui falei sobre o meu amor por loiças, sobre as sardinhas da Bordallo e da dificuldade que tinha em lhes dar uso e penso que também mencionei a minha paixão por andorinhas. No fundo, é a confirmação que precisavam de que eu sou mesmo uma velha de espírito: adoro de loiças e, ainda por cima, gosto de as mostrar ao mundo. (Mas calma, ainda não cheguei ao ponto dos cães de loiça, descansem).

Mas vamos ao que interessa: desde que as sardinhas da Bordallo Pinheiro viram a luz do dia que eu as adorei. Entre as que comprei e que me foram oferecendo, colecionei quatro - e só parei porque as tinha guardadas nas caixas originais, no fundo da prateleira, com medo que se partissem, e por isso achei que não valia a pena estar a comprar mais até ter uma solução. Isto porque não as conseguia pendurar de maneira segura e bonita - elas são meio desconchavadas e a própria Vista Alegre, que as comercializa, não tem nenhuma solução viável/vendível para as apresentar. 

Passaram anos. Já as tive expostas numa prateleira, mas elas bambaleavam tanto que eu sabia que era uma questão de tempo até virarem cacos. Guardei-as. Mais anos passaram. Até esta semana. Já tinha andado a pesquisar soluções para este problema e não encontrei nada - apenas uma breve menção num blog, que na caixa de comentários também falava sobre a dificuldade em as pendurar - mas expus a questão aqui em casa e pus mãos à obra, até porque já tinha uma ideia construída na minha cabeça. Já que estava numa de bricolage, ia fazer a coisa bem feita e em dose dupla: para além das sardinhas, também penduraria as andorinhas, que estavam tão abandonadas como os outros animais de loiça. 

Comprei duas molduras médias, com alguma profundidade, assim como um pouco de papel de parede para forrar cada um dos fundos das molduras. Posso adiantar já que tudo o que usei foi comprado no Leroy Merlin, incluindo a cola para o papel de parede - que, neste caso, era para madeiras, uma vez que a tela é de uma espécie de pladur. 

Depois de "forrados" os fundos, vinha o busílis da questão: pendurar as sardinhas. A minha ideia inicial é que elas ficassem "deitadas", na horizontal, mas depressa percebi que isso seria impossível. O sítio onde está o buraco é feito para que elas se (des)equilibrem de pé - e dar a volta ao centro gravitacional das peças dar-me-ia demasiado trabalho (ou seja, mais uns anos à espera), por isso decidi seguir pela via simples: aceitar que era assim e seguir caminho. Encontrei umas ferramentas de pendurar objetos no Leroy, que nunca tinha visto antes, e que me resolveram o problema: são fáceis de colocar, não furavam demasiado a tela (não queria ter pregos do outro lado a riscar-me a parede) e eram perfeitas para o encaixe (ver na foto abaixo).

 

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O resultado final ficou, na minha opinião, incrível. Escolhi um papel de parede em tons de cinzento, que parece traves de madeira, onde a intenção era combinar com os tons vermelhos, brancos e pretos da maioria das minhas sardinhas. 

 

 

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Depois das sardinhas respirei de alívio: com as andorinha seria muito mais fácil. Ou não! Todas elas eram diferentes, compradas em locais distintos, por isso também não consegui pendura-las a todas da mesma forma: umas desequilibravam-se, outras precisavam de mais suporte, umas tinham arame, outras tinham um buraquinho minúsculo. Tive de dar asas à imaginação e, numa só tela, usei três soluções, como podem ver abaixo: primeiro a alternativa que usei nas sardinhas, segundo um preguinho com um cabeça mais alta para segurar no arame e terceiro um pionés. 

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Neste caso, escolhi um fundo azul e branco, para dar a ideia de céu - mas não ser algo demasiado óbvio, com nuvens e derivados. Adoro. Acho que ainda consigo gostar mais deste resultado final do que o das sardinhas - e eu achava sinceramente que isso ia ser impossível! O detalhe do pássaro cor-de-laranja é coisa para arrebatar o meu coração. (Obrigada mãe <3)

 

DSC_0128.JPG

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Sei que a maioria das pessoas se está a borrifae sobre estes problemas de 15º mundo de como-pendurar-sardinhas-da-Bordallo-Pinheiro, mas eu andei tanto tempo atrás de uma solução que não podia deixar de partilhar. E, para além do mais, qualquer um dos meus projetos de bricolage é digno de um post: são tão raros que têm de ser mencionados! E isto ficou tão, tão giro que eu ainda me babo de orgulho de cada vez que olho para as fotografias. Ah, e já sabem: podem começar a mandar vir mais sardinhas, que agora já não têm de ficar a morar dentro da caixa ad eternum!

06
Out17

O meu jardim zoológico de sonho já é quase uma realidade

Passo a vida a dizer aos meus pais, em tom de brincadeira, que um dia (“quando for grande”) vou ter um burro, uma cabra, um porco e uma alpaca. De vez em quando lembro-me de juntar um outro animal à lista – acho que a girafa já fez parte, assim como uma vaca – mas este é o núcleo duro do meu “futuro” grupo animal.

Que dizer…? Tenho uma panca. Gosto muito de animais e como sempre achei que ia viver sozinha quando fosse mais velha, sem marido e sem filhos, começou-se a afigurar uma boa ideia ter uns animais de companhia para além dos cães e dos gatos (sim, porque para além daqueles bichos ainda quero um daqueles gatos sem pêlo que toda a gente detesta e eu adoro).

Tudo começou com o porquinho: há anos que adoro aqueles porquinhos-anões, que dormem em casa e que agem quase como cães domésticos (lembram-se deste instagram que um dia mostrei aqui?). Depois foi o burrinho – adoro burros, são dos meus animais preferidos e sinto-me sempre mal por se chamarem “burros” quando, na verdade, disso têm pouco. Sempre adorei cabras e o facto de serem todas espevitadas e irreverentes; já a alpaca… nem me lembro bem como surgiu, mas foi uma paixão à primeira vista.

Os meus pais passam a vida a revirar os olhos, dizendo que vou tornar esta casa num jardim zoológico. Eu rio-me com a perspectiva, embora saiba que não se vai tornar realidade (ok, talvez o burro...) – tenho pouco tempo para cuidar dos animais e conviver com eles, eles dão trabalho e encargos e eu sei que se um dia tivesse uma cabra ou um porco, nunca mais comeria este tipo de carnes, o que não é algo que (para já) esteja nos meus planos.

Mas, apesar de tudo, esta é uma conversa recorrente aqui em casa. Basta ver um burro na televisão para ficar toda derretida, quase que a pedir um burrinho como prenda de Natal, e isto tem originado uma série de prendas curiosas por parte da minha família. A primeira foi um “porco”, precisamente na quadra natalícia. “É uma coisa que queres muito!”, diziam-me. Abro, curiosa, o presente disforme e sai-me de lá um porco de peluche. “Não passas a vida a dizer que queres um porco como prenda?!”, responderam perante o meu olhar confuso.

Depois, como se um porco não fosse suficiente, ainda me deram outro. E, por fim, como não podia deixar de ser… um burro. Ou seja: o meu zoológico está quase a tornar-se realidade, mas em versão peluche. Por isso, se um dia virem algures no meu quarto animais fofos e peludos, não se assustem: primeiro porque não são reais, segundo porque eu sei que já não tenho idade para brincar com estas coisas. Percebam que é só o começo da minha quintinha, patrocinado pela minha família, sempre atenta aos meus pedidos-animais.

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