A minha peça de 2016
2016 foi o ano em que descobri as camisas. Ou blusas. No fundo, tudo o que seja em tecido, leve e fluído - quer tenha botões à frente ou não. Têm sido a minha tábua de salvação nestes dias completamente bipolares entre frio-calor-frio-calor-frio, porque ponho uma básica de alças por baixo, depois a camisa e ando assim. Nos dias de mais frio posso pôr um lenço fino ao pescoço e tapar-me com um casaco que anda sempre comigo (mulher prevenida vale por duas, já sabem como é) e a questão fica logo resolvida.
Por outro lado, dá-me um ar mais adulto, o que nesta fase da minha vida já começa a dar jeito. A verdade é que tenho uma rotina muito descontraída e consigo planear quase sempre a minha vida no dia anterior, o que me permite prever como vai ser o "dress code" do meu dia; mas principalmente estando na área da têxtil e da moda, não parece muito bem andar constantemente com as minhas t-shirts hiper confortáveis mas coçadas ou com os meus camisolões com borboto, como às vezes (nos dias maus, pronto) ia para a faculdade.
As camisas/blusas afiguram-se por isso o meio termo perfeito, tanto a nível meteorológico como de dress-code, em que é fácil fazer "upgrades": o primeiro resolve-se pondo casacos e adereços por cima (uma vez que calor, nesta fase do ano, já não tenho) e o segundo trocando por exemplo as sapatilhas por umas botas, tornando o visual mais formal.
Confesso que, até aqui, por não serem nem uma típica roupa de inverno nem de verão, não eram peças que me conquistassem: agora sou a maior fã e tem sido das coisas que mais tenho comprado (e herdado da minha mãe), salvando-me muitas vezes daquela indecisão típica e ajudando-me a responder àquela malfadada questão "o quê que vou vestir hoje?". Estou rendida :)