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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

09
Out16

A rapariga dos mil e um projetos

Desde há uns anos para cá que eu estou sempre a ter ideias novas. Algumas simples, algumas complexas, algumas simplesmente parvas e outras que não me saem da cabeça por muito que eu diga para mim mesma "não dá!". Porque antes eu ainda fazia com que algumas delas fossem avante, mas muitas acabavam por ficar pelo caminho ou incompletas porque, de facto, não há tempo para tudo. Quer dizer: no meu ponto de vista há sempre tempo para aquilo que realmente gostamos e queremos, mas há que fazer uma hierarquia natural de prioridades e perceber o que vale de facto a pena ou se são horas ou minutos simplesmente deitados ao lixo. 

A verdade é que o meu tempo útil desde que estou a trabalhar diminuiu drasticamente e, neste momento, ainda estou a tentar arranjar tempo para rotinas obrigatórias - já me consigo deitar mais cedo e ler meia dúzia de páginas, mas ainda não consegui encaixar o ginásio no meio disto tudo ou dedicar uma hora por semana ao postcrosing, por exemplo. Os meus fins-de-semana ainda não passaram a ser de descanso, porque continuam a estar apinhados de tarefas que ainda não conseguem ver a luz do dia à semana, a par de algum trabalho que trago para casa por não conseguir fazer em tempo útil - e mesmo assim estes dois dias não chegam, sobra sempre para o fim-de-semana seguinte, o que é um ciclo vicioso que eventualmente terá de parar (quanto mais não seja fruto do cansaço). Por isso, todos os projetos que tenho em mãos, foram à partida ou assumidos ("são para levar à séria"), ou apagados da minha memória ("não dá") ou postos em stand-by, para quando um dia der.

O blog é, por exemplo, um projeto mais do que assumido - o meu plano era que este inverno ele desse um salto, por mais pequenino que fosse. Queria testar os limites dele - ver se não há mais leitores por falta de conhecimento ou mesmo por falta de interesse (o que é mais provável). Mas para isso preciso de investir nele, de mudar e aperfeiçoar uma série de coisas que me fazem comichão e que quero que estejam perfeitas; não quero que passem cinco dias sem eu escrever porque nessa semana trabalhei de sol a sol, por isso há todo um planeamento para que isto resulte. É um esforço racional, muito planeado e que faço sem pensar duas vezes - mas que me dá trabalho, lá isso dá. 

Gostava de fazer muito mais coisas (se soubessem as coisas que eu me lembro...), mas sei que ao fim de algum tempo, sem horas para poder dispensar e sem "fãs"/likes/comentadores a puxarem-me para cima (o que, numa fase inicial é perfeitamente normal), iria desistir - e, para isso, mais vale nem começar. O meu tempo é o de uma trabalhadora, mas a minha cabeça - pelo menos a esse nível - é a de uma miúda do secundário com as ideias a borbulhar.  

08
Out16

Kem lê não escreve axim

Esta semana andei pelo OLX e por alguns daqueles grupos de venda de livros no facebook. A minha mãe tinha aqui um par de livros novos, que comprou, leu as primeiras páginas e não gostou, pelo que tentou despachá-los, até porque estavam em perfeito estado.

Eu também já tinha andado nestas andanças de compra e venda de livros via facebook, já conhecia o "ambiente", mas não consigo deixar de me pasmar como é que pessoas que supostamente lêem conseguem escrever "axim". "Ker dixer, xe as pexoas estão no grupo é pk lêm livros, né?" Isto desculpa-se se estivermos a falar de miúdos de 12 e 13 anos, cujos amigos escrevem assim e eles se vêem obrigados a partilhar a forma de escrita para se integrarem no grupo. Agora pessoas com idade para terem filhos dessa mesma idade escreverem com "x" e "y", incapazes de colocar uma vírgula ou acento? Tenham dó!

Para descanso da minha pobre alma, penso que essas pessoas simplesmente herdaram os livros do pai, da mãe, do tio ou do primo e querem simplesmente pô-los a render. Recuso-me a aceitar que pessoas que lêem livros de forma regular escrevam axim. É ximplesmente demaxiado mau para xer verdade, não konkordam?

06
Out16

Um relógio e uma lembrança para a vida

Ei-lo! Depois de ter decidido que, com o meu primeiro salário, ia de facto comprar um relógio, foi só uma questão de escolher e ter tempo de o comprar. Já tinha um relógio de uma loja online debaixo de olho há muito tempo - ainda assim, hoje fui dar uma volta rápida ao shopping, só para descargo de consciência, para ver se não havia algo que me agradasse ainda mais.

Acabei por dar de caras com este Michael Kors que, admito, não me caiu logo no goto. Experimentei-o numa loja e deixei-o lá. Depois tornei a vê-lo, noutro sítio, e decidi voltar a experimentar - e aí trouxe-o para casa. Adorei-o na montra, mas inicialmente no pulso não me convencia muito. Mas parece que isto primeiro estranha-se e depois entranha-se. A pulseira é giríssima e tem um toque espetacular, o mostrador é que era um bocadinho alto e pesadão para o meu gosto. Mas acabei por me convencer rápido. Agora estou só apaixonadíssima.

Acho que foi a compra mais cara que fiz até hoje - pelo menos de um bem material. Mas este saiu literalmente do meu suor e esforço, e sei que vai ter um lugar especial no meu coração. E como sabe bem saber que trabalhei para o ter! É óptimo receber prendas, mas é uma sensação única comprar algo que queremos há muito tempo com dinheiro que lutamos para ganhar.

Este não é só mais um relógio. É uma vitória. E é uma lembrança para a vida.

 

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06
Out16

A minha rica hora de almoço

Se há coisa que prezo nesta vida é almoçar com a minha família. Tenho plena noção de que os almoços em família foram das coisas que mais me moldaram a personalidade e forma de ser - mas, acima de tudo, sempre foram as horas de maior aprendizagem do meu dia. Sempre tive a sorte de ter uma mesa cheia (agora nem tanto, que os meus irmãos não estão cá em casa - mas fazem um esforço para cá vir de vez em quando), onde as opiniões sempre foram várias e muitas vezes divergentes. 

Sempre se falou de sociedade, política e economia - aliás, com as notícias como barulho de fundo, muitas vezes comentava-se e trocavam-se opiniões. Fala-se de carros, de pessoas, de doenças, de computadores, da escola, do trabalho. No fundo, da vida e de tudo um pouco. É uma coisa que parece básica e simples e que, na minha cabeça, é "tão natural como a sua sede", mas a verdade é que a maioria das pessoas não tem a sorte de poder reunir com a família ao almoço e de ter esta troca de interações que, para mim, foi fundamental. Aliás, não foi - é. Continua a ser das melhores e mais importantes partes do meu dia - aquela em que converso calmamente com os meus pais, lhes peço opiniões e posso simplesmente desfrutar da sua companhia durante aquela horinha sagrada.

É por isso que a minha hora de almoço é sagrada e faço todos os possíveis para vir todos os dias almoçar a casa. Posso não ter horários de entrada nem de saída, mas uma coisa é certa: um pouco antes da uma da tarde estou a meter-me no carro para vir para casa. Só em situações limite ou em dias que tenho almoços de trabalho é que esta regra é quebrada. 

Só tenho saudades de ter a mesa cheia, de ter os meus irmãos aqui comigo diariamente ou até os meus sobrinhos - que até ao ano passado me faziam ir às lágrimas de tanto rir, de tanta piada que tinham. Agora as horas de almoço são mais sérias, mas nem por isso menos perfeitas. Tirem-me todas as restantes horas do dia, mas a minha rica horinha de almoço é que não.

05
Out16

Review da semana 9#

Não leiam este post! Não leiam este post!

(Ai é? Vão continuar a ler? Então depois não me mandem as vossas contas do nutricionista!) Há uns tempos estava com desejos de pastel de nata e fui à secção de congelados do Continente, à procura daqueles pacotes de natinhas congeladas - que para mim são as melhores, principalmente quando se comem quentinhas e ainda estão hiper estaladiças. Para meu grande desgosto, estavam esgotadas. Mas enquanto andava lá a procurar dei com os olhos nuns "petit gâteau" congelados, também da marca Continente e, pelas instruções, percebi que não precisavam de forno - bastava micro-ondas.

Como estas coisas são só ver para crer, comprei uma embalagem com quatro bolinhos, muito descrente daquilo que estava lá dentro. Na minha imaginação iam ser uns pequenos foundant com sabor a mousse de chocolate Alsa (perdoem-me todos aqueles que gostam de Alsa, mas eu acho aquilo um autêntico atentado a qualquer mousse decente). 

Claro que cheguei a casa e a primeira coisa que fiz foi meter o dito cujo no micro-ondas. E, voilà, 45 segundos depois, lá estava ele, lindo e cheiroso. Foi o início de uma desgraça. Quando provei nem queria acreditar. Qual Alsa, qual quê! É mesmo muito bom. Não me admirava que num restaurante me metessem aquilo à frente, tudo bonitinho e arranjadinho, e ficassem com os louros para o pasteleiro. Acreditem em mim que sou fã de foundant e que durante uns bons anos fiz um bolo muito parecido que chegou a fazer sucesso por estas bandas.

Eu não suporto chocolate muito forte, mas aquele está no ponto certo: não é nem demasiado doce nem demasiado amargo, está no meio termo que se quer neste tipo de bolos. Acaba por ser enjoativo quando comido sozinho (não o consegui acabar de comer) e, daí em diante, fiquei a sonhar com a minha próxima ida ao supermercado para trazer gelado de nata. Quando, duas semanas depois, comprei o gelado, fui ao céu e voltei. Comi aquilo tão sofregamente que depois até fiquei um bocadinho indisposta - nada que não compensasse aquela maravilha, quente e fria, preparada assim num piscar de olhos.

Acreditem no que eu vos digo - não experimentem! Já vos disse que não me responsabilizo por gorduras alheias (já me chega a minha...).

 

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04
Out16

Comprar dois pares de sapatos iguais é coisa de homens?

Não é surpresa para ninguém de que um dos dramas da minha vida é ter de comprar sapatos. Por um lado, tenho um pé inchado (também conhecido por pé de urso), que me dificulta imenso a compra de qualquer tipo de sapatos; por outro, o mercado dos sapatos anda tão feio e tão pouco prático nos últimos anos que, mesmo que tivesse um pézinho de princesa, me ia ver grega para arranjar o que quer que fosse.

Ainda assim, a questão do meu pé é aqui muito significativa. Já lá vai o tempo em que, todas as manhãs, eu olhava para ele para ver como estava - hoje em dia nem me lembro. Passei uma fase muito boa, em que ele pouco inchava ao longo do dia (não sei se pela alimentação, vida ativa ou simplesmente porque sim), e agora estou outra vez pior e sem tempo para conseguir fazer o tratamento em casa. Ainda assim, só nos raríssimos dias em que me dói é que me lembro do problema que tenho, a menos que me lembrem (que é o mais frequente). Para além disso, há mais uma meia-dúzia de dias no ano em que me recordo e que esta questão me mói o juízo de forma estúpida. Quais são esses dias? Os que tenho de ir comprar sapatos.

A verdade é que quase me preparo mentalmente para entrar numa sapataria. É entrar, sabendo que a probabilidade de correr mal é gigante - e pelo meio ainda ter de explicar o que tenho, ter de calçar 30 pares de sapatos para exemplificar o que não resulta... enfim, um drama. A verdade é que sempre que me predisponho a isso, experimento metade da loja - perdida por dez, perdida por mil. Se é para sair deprimida, que seja só de uma vez e não aos bocadinhos. E, quando resulta, trago uns três pares para casa; quando não resulta, é engolir em seco e preparar-me para outra. Graças a esta tática, consigo manter-me longe de sapatarias durante tempo suficiente para não me martirizar muito, até porque uso os sapatos quase até eles ficarem rotos (pronto, nunca os deixo chegar a este estado - mas quase). Sim, porque como se nota, comprar sapatos é, para mim, tudo menos terapêutico (como acontece com a maioria das mulheres).

O pior é que desde o ano passado que estava à procura de umas botas castanhas. A minha mãe já andava a ameaçar deitar-me as minhas queridas e prediletas botas castanhas ao lixo há demasiado tempo, mas a verdade é que não encontrava alternativas viáveis de que gostasse. Corri tudo, já nem olhava a preços! Só queria um raio de umas botas que me dessem para uns dois ou três anos de descanso. Passei um ano nisto e nada. Até que este fim-de-semana, por acaso (e sem a dita preparação), entrei numa sapataria e a senhora mostrou-me um modelo hiper confortável. Não eram as que tinha debaixo de olho (nunca são...), mas a verdade é que eram as melhores botas em que tinha posto os pés há muito tempo. 

Olhei para o sítio onde elas estavam e vi que, para além das castanhas, tinha umas iguais em preto. Pensei e repensei naquilo que ia dizer, lembrando-me de todas as vezes que critiquei o meu pai por comprar aos 3 e 4 pares de sapatos, todos iguais, de uma só vez. Mas respirei fundo e disse: "são umas castanhas e umas pretas, por favor". Ultrapassei o olhar surpreendido da minha mãe (a vendedora já parece habituada) e fui mesmo com a ideia avante. 

Já tinha feito isto com camisolas e calças (quantas vezes...), mas nunca em sapatos, que me parece ser assim algo mais marcante. A verdade é que não tenho disponibilidade mental para me chatear e atormentar só para andar com um par de botas diferentes todos os dias. Prefiro o conforto destas botas e o descanso que dois novos pares de sapatos me dão durante uns dois ou três anos, do que dar a importância a quem repara naquilo que trago calçado e que pode potencialmente julgar-me. Mesmo que isso seja coisa de homem - ou simplesmente de gente prática e pragmática.

03
Out16

Uma mochila "pequenina" às bolinhas azuis*

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Não sei se repararam que em todas as fotos que partilhei sobre o cruzeiro havia sempre dois denominadores comuns: primeiro as sapatilhas, sobre as quais já falei aqui e segundo, a minha mochila das bolinhas. Muitas vezes não se nota muito bem, só mesmo ao nível dos ombros, até porque não tenho nenhuma foto absolutamente espetacular onde ela se veja mesmo bem, mas a verdade é que merece a menção honrosa: foi uma companheira incondicional em todas as viagens que fiz nos últimos meses e valeu cada cêntimo que paguei por ela. É a prova de que os amores à primeira vista também podem ser bons investimentos.

Comprei-a no aeroporto de Londres, da segunda vez que tentei apanhar o avião (se bem se lembram, perdi o primeiro - e a correria foi tanta que nem tive tempo para deitar o olho a nada). Dessa vez fomos com tamanha antecedência que deu para correr as lojas todas - e dei de caras com uma que nunca tinha entrado ou ouvido falar, chamada Cath Kidston. Tudo o que posso dizer é que é a loja mais gira, amorosa e fofa de todo o sempre. Trazia-a toda comigo. Malas, carteiras, bolsinhas, porta-moedas, coisinhas de bebé - tudo lindo, amoroso e de aparente boa qualidade (e, para Londres, até bastante em conta).

Tinha acabado de correr Londres com uma mini-carteira de um só ombro, o que não se tinha revelado nada prático - gosto sempre de andar prevenida com uma peça de fruta, um casaco e a máquina fotográfica (e, normalmente, uma objetiva extra), para além de todas as coisas do costume como o porta-moedas, pelo que tinha sempre de abdicar de alguma coisa para conseguir meter tudo na mala. Quando, no aeroporto, dei de caras com esta mochila, o meu coração ficou logo ali. Adoro bolinhas, adoro azul, adoro o corte da mochila. Por a caso estava a precisar de uma, até tinha andado a namorar umas Fjallraven Kanken (uma mochilas finlandesas, que conheci pela minha cunhada, que tem duas) em Oxford, mas achei-as demasiado caras e adiei a compra para outras núpcias. Esta tem um formato até semelhante, com o fecho na borda, virado para a frente (exatamente como queria!) mas com a vantagem de ser mais feminina, arredondada e de ter umas alças com mais suporte. Por outras palavras, é perfeita.

Tem um acabamento impermeável, óptima para todos os tipos de tempo, e uma divisória na parte de trás, onde dá para colocar o computador ou documentos. Tem imenso espaço para todas as tralhas com que gosto de andar e assim adquiriu o estatuto de companheira de viagem mais-que-perfeita, para qualquer lado que vá - para o outro lado do mundo, para o Gerês, para um hotel de 5 estrelas ou para o campismo. 

Vale a pena conhecer a Cath Kidston. Não tem loja em Portugal, mas tem loja online. Dêem uma espreitadela e fiquem a babar. Eu posso garantir que da próxima vez que puser os pés em terras de sua majestade vou diretamente a uma destas lojas desgraçar parte do meu recém adquirido salário.

 

*trocadilho fracassado com a música "Bikini pequenino às bolinhas amarelas"...

02
Out16

Milhares, milhares e milhares de fotos

Se querem culpar alguém pela falta de posts deste fim-de-semana, culpem as fotos. Quer dizer, em casos extremos podem culpar-me a mim, como é óbvio, mas vamos deitar as culpas para cima dos outros que é sempre mais fácil.

Explicando: todos os fins-de-semana tenho feito empreitadas em alguns projetos pessoais. Incluem-se remodelar o quarto (vai por fases: cortinados, cama, secretária, paredes), arrumar armários, arrumar postais, catalogar e distribuir fotos, limpar o email, limpar o ambiente de trabalho, arrumar e limpar pastas do computador. Enfim, são quase todos trabalhosos morosos e às vezes chatos, mas que têm de ser feitos, a menos que queiramos chegar a situações insustentáveis. Os outros fins-de-semana desde que comecei a trabalhar tiveram pouco de descanso, porque estive sempre a trabalhar numa destas coisas. Este sábado e domingo dediquei-me de corpo e alma, de manhã à noite (literalmente!), a arrumar, apagar, selecionar e enviar os milhares de fotos que aqui tenho e que fui tirando durante todo o verão.

O problema aqui é que já não tenho só de gravar, selecionar e enviar as fotos da minha máquina. Do cruzeiro, por exemplo, tenho as fotos da minha máquina, do meu telemóvel, da máquina e do telemóvel do meu pai e ainda do telemóvel da minha mãe. No campismo, também para além da minha máquina e do telemóvel, também tenho fotos da GoPro. Ou seja, se com uma máquina já tiramos fotos a mais, com três é muitoooo pior. No caso do cruzeiro, temos muitas vezes fotos do mesmo sítio, pelo que é preciso selecionar a melhor, para não se estarem a repetir assuntos.

Tirar fotos passou a ser tão barato (aliás, grátis) que tiramos fotos a tudo e a todos sem pensar em questões de armazenamento ou de gestão de tempo quando for para a as ver e/ou organizar. Clicamos trinta vezes no botão, mesmo que o enquandramento só seja diferente em cerca de 3 mílimetros - e eu contra mim falo! Mas a verdade é esta: muitas vezes, nunca mais a vemos o raio das fotos. São tantas e tão chatas, que falta tempo e paciência. Eu sinto isso com o telemóvel: tiro as fotos numa determinada altura e depois nunca mais as abro. Para além disso, são fotos completamente descontextualizadas e incatalogáveis. Por exemplo: hoje em dia, sempre que vejo um livro na Fnac que acho que vou achar piada, tiro foto à capa para chegar a casa, investigar e decidir se compro - esta foto não serve para nada, não tem utilidade como foto, é uma mera "anotação" em forma de imagem. Outro exemplo: acho que estou num dia particularmente bonito e tiro 40 selfies para escolher uma e colocar no instagram. Há, por isso, 39 que não serviram para nada, que não fazem parte de qualquer ocasião especial - e mesmo aquela que publiquei, está publicada e não me serve para mais nada no futuro. Vou pô-la onde? Numa pasta intitulada "selfies de 2016 de dias em que me sentia bonita?". Não faz sentido, nunca mais na vida vou abrir isto. (Nesse aspeto, as redes sociais até fazem um papel de "armazenação" engraçado e útil, neste tipo de situações isoladas).

Agora tenho optado por passar todas as fotos que tiro para o computador - quer seja de máquinas ou telemóveis - e fazer uma seleção. As fotos que tirei com o telemóvel no cruzeiro, por exemplo, vão para a pasta das fotos dessas férias, como as que tirei com a máquina - porque ao menos não caem em total esquecimento ou esperam para serem apagadas, sem dó nem piedade, quando um dia tiver subitamente falta de espaço no telemóvel. Todas as outras (selfie em dia bom, posições esquisitas da Molly, capas de livros potencialmente interessantes, o pequeno-almoço saudável do dia y ou o pôr do sol do último dia de verão) vão diretamente para o lixo. No início custa livrarmo-nos de uma fotografia que representa um momento que nos disse algo (senão não a tínhamos tirado), mas depois de ver literalmente milhares de fotos, tudo o que eu quero é apaga-las a toda a força.

Não sei até que ponto esta questão vos interessa, mas até há um ano atrás o meu computador era uma anarquia a este nível e sinto que tenho melhorado imenso e tirado muito mais potencial das minhas fotos. Sou capaz de ir partilhando umas dicas sobre isto. Se acharem completamente inútil, avisem-me, não estou cá para chatear ninguém ;)

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