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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

31
Out16

Vamos assustar-nos só porque sim?

Sendo hoje o dia de Halloween, há que falar de um assunto que acho engraçado e pertinente. Agora estão muito na moda aquelas casas assombradas, cheias de coisas horripilantes dentro, onde as pessoas pagam para entrar e, no fundo, serem assustadas. Há imensos vídeos no YouTube com isso, nomeadamente daqueles talkshows americanos. Eu confesso que, no início, achava graça aos gritinhos das pessoas e a toda aquela envolvência, mas acho que agora se tornou tão comum que perdeu a piada.

No entanto, aquilo que mais me intriga é saber como é que as pessoas, sabendo para o que vão, fazem aquelas figuras. Eu detesto tudo o que meta terror, horror e medo pelo meio; nunca vi um filme de terror do princípio ao fim, não leio sobre coisas assustadoras ou sobrenaturais nem gosto sequer particularmente que me falem disso. Em primeiro lugar porque sou medricas, é verdade, e em segundo porque não retiro prazer disso, o que já me parece uma desculpa mais do que suficiente. Ainda assim, em meados de Agosto, fui com uma amiga à feira medieval de Santa Maria da Feira e decidimos ir a uma atividade que estava a decorrer pela primeira vez este ano no castelo. Era paga (um valor simbólico) e consistia numa visita noturna ao castelo, onde estariam "criaturas" que representavam os antigos mitos medievais que nos eram apresentadas pelo nosso guia (que, só por si, já era uma criatura estranha e assustadora).

Como é óbvio, eu não queria ir. Na brochura da feira havia um aviso relativamente ao facto de ser uma atividade para adultos e não aconselhada para pessoas mais sensíveis, sendo que eu me incluí logo no segundo lote e já me queria escapar; não sou pessoa de ver para crer nem acredito naquela filosofia do "só sabes se experimentares", por isso não estava nem aí. Mas a minha amiga insistiu e eu, pondo a minha vida nas mãos dela, lá fui. E aquilo acabou por ser giro, até porque ver o castelo à noite é sempre uma experiência diferente. Mas saí de lá um bocado incrédula com o histerismo das pessoas - primeiro porque sabiam ao que iam, segundo porque aquilo não era assim tão assustador e terceiro porque o nosso guia nos avisava sobre as "criaturas" que iam aparecer, por isso o efeito surpresa era praticamente anulado. 

Eu ponho-me no lugar daquelas pessoas fantasiadas de criaturas horripilantes e imagino o gozo que elas devem ter em fazer aquilo. Porque a situação é mesmo ridícula. As pessoas sabem que vão ser assustadas, sabem que são pessoas como elas que estão dentro daqueles fatos e sabem ainda para mais que ninguém lhes vai fazer nada - no máximo, tocam-lhes com aquelas garras plásticas - e, mesmo assim, a maioria borra-se de medo. Não é hilariante? E o pior é que o medo e o histerismo pega-se. Eu entrei no castelo com esta postura racional e pragmática e, quando saí, embora nunca tivesse gritado ou feito as figuras que muitas fizeram (tive pessoas a agarrarem-se a mim e a fazerem de mim escudo pessoal delas, mesmo não me conhecendo de parte nenhuma), estava meia ofegante e com a adrenalina em alta.

Posto isto, a única coisa que tenho a dizer é que o nosso cérebro é muito parvo. O meu incluído, que eu bem senti que até ele se assustou em alguns momentos, apesar dos meus avisos constantes e racionais. É um parvinho.

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