Já de olho nas prendas de Natal
Confesso que sou um bocadinho inconstante no que diz respeito a presentes, o que é um chato. Num aniversário dou uma prenda; noutro já não dou. Num Natal dou prendas a todos os miúdos, noutro já não dou a ninguém. E isto acontece não por ter má vontade ou me esquecer, mas por não gostar de dar prendas normais, só porque sim. A pecinha de roupa, o caderninho, o voucher, os creminhos para a pele... é tudo muito giro, mas tem escrito "PARA DESPACHAR" ali algures.
E eu, quando dou prendas, não é para despachar. São prendas com significado, que fazem sentido, que têm uma mensagem por detrás. Podem custar-me 50 cêntimos ou 50 euros, o que me importa é mesmo o impacto que causam. No Natal passado, por exemplo, fiquei super orgulhosa pela panóplia de prendas que entreguei - achei que todas tinham sido bem conseguidas, porque todas tinham um toque meu; na altura até quis mostra-las aqui, mas a minha vida na altura não estava fácil e a coisa acabou por não se dar. Muitas vezes a prenda em si não vale nada, o que vale é aquela gargalhada ou sorriso rasgado quando as pessoas rasgam o papel. E isso vale tudo. A título de exemplo, digo-vos algumas das coisas que ofereci: à minha cunhada dei um frasco cheio de corações de açúcar, feitos por mim (como estes); na tampa, tinha um cordel com uma mensagem, que dizia algo como "que estes corações te adocem o chá como tu me adoçaste a vida". À minha irmã dei um apanha migalhas em forma de joaninha, pois ela chama-se Joana e sempre adorou joaninhas. Ao meu pai dei-lhe um telegrama em chocolate, da MySweetsForYou, com uma mensagem especial para ele (que é um devorador de chocolates quase crónico). E ao meu irmão dei-lhe as chaves de casa dele, que eu tinha perdido há meses (mas achava que não tinha sido eu, embora ele estivesse sempre a insistir) e que encontrei um par de dias antes do Natal.
Estes são só alguns dos muitos exemplos de prendas que dei e adorei - às vezes até gosto mais de dar as prendas e ver a reação das pessoas do que propriamente de ver as minhas. E por isso é que, quando não tenho nenhuma ideia brilhante para um presente, prefiro nem dar, porque desvirtuo toda este meu ideal de presentes com significado (embora saiba que é chato).
Como tempo é algo que agora não tenho em abundância e há sempre coisas que mando vir da internet e que demoram a chegar (ou, quando chegam, revelam-se um flop), já estou a tratar das minhas prendas com devida antecedência. Já estou aqui a magicar umas ideias e acho algumas tão boas que até me custa não as dar já. Natal, chega rápido!!