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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

25
Ago16

Okay, numa coisa mudei

Se não tivesse mudado, não tinha organizado um campismo de família com cerca de 33 pessoas envolvidas e 13 tendas à mistura. Durante três dias.

E não me metia num carro no dia seguinte para acampar com amigas até, literalmente, ao meu último dia de férias (e da minha minha vida como atualmente a conheço). 

 

(uns chamam-lhe mudança - outros podem chamar-lhe inicio de loucura...)

24
Ago16

"Mudaste."

"Mudaste" é capaz de ser das palavras que mais ouvi este verão. Subitamente, toda a gente me decidiu dizer que mudei, que cresci. E eu, num instinto de defesa antigo, digo que não, que estou igual.

Associo sempre essa forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo mudar a algo pejorativo. Talvez seja um preconceito vindo de todas os dramas que vi e li, em que um romance incrível acaba com essa palavra pequenina mas tão impactante como um punhal dirigido ao peito. "Mudaste", como quem diz: "já não és aquilo que eras, já não és a pessoa que conheci, já não és a pessoa de quem um dia gostei". Porque nos livros e nos filmes é sempre uma palavra dita tristemente, com sabor a fim - e soa-me estranho que mo digam levemente, como quem fala do tempo. Não o consigo levar como uma coisa positiva, ainda que me sorriam pelo meio - sinto sempre um julgamento implícito, nem que seja um "mudaste para melhor, e ainda bem, porque antes eras impossível".

Há uns tempos disseram-me, alegremente: "cresceste tanto, Carolina!". E eu, com toda esta história do "mudaste" e toda a sua conotação, só pensei "mas antes eu era assim tão criança?". Percebi na hora que era um elogio, mas aquela frase pequenina caiu-me de forma imprevisível. Porque, não sabendo se na realidade mudei ou não, o que sei é que há muito tempo que estou satisfeita com a pessoa que sou - sempre gostei de mim, com todos os meus defeitos e manias. Mas, aparentemente, o mesmo não se passava com todos os outros há minha volta, se essa mudança é tão notada e ainda por cima há a necessidade de a afirmar em alta voz.

20
Ago16

History repeats itself

E aqui estou eu, numa noite de Agosto, a ouvir Jamie Cullum. Deitada numa cama que ainda é a mesma, outra vez com um portátil no regaço, mas com mais seis anos em cima do lombo. Num quarto diferente, mas igualmente sozinha - literalmente e em espírito, sentindo-me melhor do que nunca em relação a essa solidão crónica que me acompanha desde sempre (e que nessa altura me consumia seriamente).

Desta vez tenho cortinas no quarto, mas faltam-me as bolachas madrilenas que na altura me adoçavam a boca. Ainda assim, mesmo sem hoje ter bolachas ao lado, sinto a vida bem mais doce do que há seis anos atrás. 

Não me perguntem porquê que me lembro tão bem daquele fim de tarde de 2010 em que descobri o Jamie Cullum e em que ouvi a "If I Rulled the World" pela noite dentro. Nunca duvidem quando digo que tenho na minha memória os mais ínfimos pormenores de coisas aparentemente insignificantes - ainda que, neste caso, esse dia tenha pouco de insignificante; descobri aí a minha paixão musical, a maior de todas, que creio que vai durar até ao fim dos meus dias.

Hoje, que o (meu) Jamie faz anos, ouço-o com o mesmo arrepio na espinha com que ouvi há seis anos pela primeira vez. O mundo inteiro pode ter mudado; eu posso ter mudado. Mas esta paixão continua igual.

 

 

15
Ago16

O que seria de uma viagem sem um pouquinho de aventura?

Há uma semana atrás estava a voltar da Régua. Fui no meu antigo carro, uma vez que éramos três pessoas, mas sempre com medo do que dali poderia vir. Desde que tenho o smart que ele está mais parado e há um ano já me tinha deixado apeada na Avenida da Boavista, quando sobreaqueceu e ameaçou derreter-me o motor do carro. Sem me alongar muito, basta dizer o esperado: aconteceu outra vez.

Estavam perto de 40º no Douro Vinhateiro e o caminho que decidimos fazer, por Mesão Frio até à auto-estrada, ainda tem uns bons quilómetros de nacional. A casa onde estávamos já ficava bem alta e, antes de irmos, decidimos passar pelo centro da Régua para comprar os rebuçados que tanta gente gosta - o que implicava descer e depois tornar a subir. Assim fizemos. Eu estive sempre de olhos postos na rodinha que assinala a temperatura, já com um feeling do que podia acontecer, porque aquelas subidas são íngremes e eu via-me obrigada a puxar pelo carro. A temperatura subia um pouquinho e depois voltava ao normal, andava nisto, até que de repente saltou para o extremo do vermelho e o carro perdeu a potencia toda e eu tive um dejá-vu daquela tarde na Boavista. A diferença é que neste caso estava na nacional, em cima de duas curvas e sem sítio para encostar.

Coisas importantes a saber: eu não tinha telemóvel; a amiga que estava comigo tinha bateria mas menos de 1 euro para gastar e o outro amigo que também estava no carro tinha 8% de bateria. Uma gestão difícil, portanto. Não vale a pena entrar em grandes pormenores do que aconteceu: com o meu irmão a seguir-me de guia e "calmador espíritual", abri o capôt, tentei descobrir o sítio onde se coloca a água (não descobri...) e passado algum tempo (já depois de triângulo posto e colete vestido) seguimos para uma bomba de gasolina ali pertinho. 

Depois de pedir ajuda aos senhores que lá estavam e de ouvir as centenas de bitaites e experiências que tinham para me contar, e como o carro já tinha voltado ao normal, fiz uma segunda tentativa. Durou pouco mais de um quilómetro, onde o carro voltou a aquecer e eu desisti e tive de chamar o reboque. É verdade: 21 anos, 3 de carta, a 100kms de casa, fui rebocada pela primeira vez. 

Mas o que importa aqui não é o facto de ter sido rebocada, mas sim a forma como encarei tudo isto. Sejamos sinceros: um carro avariar é sempre uma situação chata e stressante, principalmente se não percebemos nada do assunto e estamos no meio de uma nacional onde a visibilidade e a probabilidade de acidente é muito maior. Confesso que nos momentos iniciais tive medo, acima de tudo pelo sítio péssimo onde estávamos, mas depois passou. E quis levar aquilo da forma mais relaxada que pude, sem stresses de maior, e aproveitar a experiência que espero não ter de repetir muito mais vezes na vida. No fundo, eu sabia como não queria encarar a situação: não queria berros, não queria choros ou desespero porque a situação não era digna de uma reação de fim de linha. Tenho andado a trabalhar muito nesta minha parte mais emocional, racionalizando-a; vejo os outros a fazer cenas por coisas mínimas e penso: "eu não quero ser assim". E não fui.

Estava com amigos, a rir-me meia em pânico porque não sabia como ia saltar abaixo do reboque e com aquela adrenalina de quem já é crescidinha e soube tomar conta da situação. O reboque saiu primeiro, ainda esperamos vinte minutos pelo táxi, e depois lá seguimos por aquelas estradas em "S" com um taxista louco ao volante - tão louco que, apesar do avanço do reboque, ainda o conseguimos ultrapassar em plena auto-estrada.

No fim de contas, a GoPro da minha irmã ainda serviu para documentar o sucedido e deixar uma recordação para a história. Rebocada e feliz. É isto a vida.

 

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14
Ago16

Riga, a pequena Paris e os edifícios de arte nova [Letónia]

Riga foi a última cidade que visitamos neste cruzeiro (com exceção de Estocolmo, onde saímos do barco, mas onde já tínhamos estado). Não sei se é por ser a última ou por, de uma forma geral, já estarmos todos cansados, esta é a cidade que menos lembranças tenho. Por outro lado, não escrevi sobre nem sobre ela nem sobre Tallinn no meu diário de bordo no telemóvel - já estava com preguiça e queria aproveitar tudo o que o barco me tinha para oferecer, pelo que me deitava tardíssimo e sem qualquer vontade de pôr a escrita em dia. Hoje vejo que, para escrever textos como estes, essas lembranças frescas fazem muito jeito e tornam-nos muito mais reais, ajudando-nos a reviver tudo o que passamos.

De qualquer das formas, e apesar de ter sentido que não vivi Riga como queria, acho que não havia muito para mostrar. Para piorar, a nossa guia, apesar de muito querida e simpática, não era muito expansiva e não tinha intercomunicador para falar connosco, o que limita muito a visita. Tínhamos de estar sempre junto dela se queríamos ouvir o que quer que fosse e qualquer paragem rápida para fotos implicava que depois tivéssemos de correr para apanhar o grupo.  Eu estava também com imenso peso na mochila e cada vez mais cansada a cada quilómetro que passava, pelo que até poucas fotos tirei. 

É das cidades que penso revisitar, não por ter adorado, mas por achar que ficou muito por viver e ver. 

 

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Acima de tudo, aquilo que há para ver em Riga são os fabulosos edifícios de arte nova. São muitos, mesmo muitos e têm fachadas incríveis. São normalmente edifícios altos e imponentes, em ruas relativamente estreitas mas muito bonitas. Infelizmente, tanto esta como várias das cidades que visitamos têm imensos fios elétricos espalhados pelos céus, pelo que a maioria das fotografias ficam estragadas.  

Mais uma vez, a guia partilhou connosco um pouco da história da Letónia, também muito ligada à União Soviética. Todas estas capitais que, nos anos 90, viraram independentes, têm estátuas em celebração da liberdade e da independência e Riga não é exceção. A nossa guia disse-nos algo muito curioso e que me deixou a pensar: em 40 anos de vida, ela já passou por três unidades monetárias. Primeiro a que se usava na União Soviética, depois - aquando da independência da Letónia - a moeda própria desse país e agora o Euro. É incrível como em tão pouco tempo aconteceu tanta coisa. Esta viagem serviu para ver que aquilo que li e estudei muitas vezes em historia e que me pareceu uma realidade tão distante é, na verdade, algo ainda muito próximo - tão próximo que os vestígios dessas coisas "antigas" estão ainda por todo lado.

 

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Riga é agora conhecida pela "pequena Paris", pois tem muitos recantos amorosos e esplanadas muito acolhedoras e, lá está, parisienses.

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 Uma das histórias mais giras que nos foi contada na visita foi sobre o gato que está acima de um dos edifícios de uma das praças centrais. O dono dessa casa tinha uma desavença com os donos do edifício em frente e decidiu pôr um gato no telhado, com a cauda levantada e o rabo virado para a fachada dos vizinhos. Entretanto o gato já foi virado ao contrário, mas a história e a simbologia continuam lá e o gato ganhou semelhante importância que é agora um dos símbolos de Riga.

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Da parte da tarde, como já tinha acontecido em Tallinn, decidimos dar uma volta sozinhos e descobrimos outra parte da cidade, mais verde e ampla, sem estar coberta de edifícios. Tinha um rio, onde andavam pequenos barcos a motor e outros a remo, num ambiente muito bonito e descontraído. Antes de voltar para o barco ainda deu tempo para pararmos num café, bebermos algo e comermos um gelado.

 

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13
Ago16

Chávena de letras - "O Livro dos Baltimore"

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Depois de ter devorado "A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert" de Joël Dicker e de este ter ido diretamente para o primeiro lugar do meu top de livros de 2016, não pude deixar de ler o mais recente livro do autor. Estava com esperança de que fosse tão bom como o primeiro que li e não podia deixar que uma preciosidade dessas me passasse ao lado.
A verdade é que este "Livro dos Baltimore" não me conquistou como o Caso de Harry Quebert. Achei a história mais massadora e pesada, para além de que o factor mistério estava mais dissimulado e não puxa tanto pelo leitor. Uma das coisas que adorei no primeiro livro que li deste autor suíço foram as passagens exímias que fazia entre flashbacks e o presente e não consegui sentir o mesmo neste livro; por vezes ficava confusa e tinha de voltar para trás para conseguir construir uma timeline mental da história.
Não quer isto dizer que não tenha gostado e que a leitura não tenha valido a pena. Gostei e acho que vale a leitura das suas quase 600 páginas. Ainda assim, ao lado d'"A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert", não se consegue destacar. Continuarei atenta a Joël Dicker e serei certamente uma leitora fiel dos próximo livros que lançar.

13
Ago16

Cadê os biquínis normais?

Todos os anos há uma praga qualquer que assola as lojas e que arruína uma peça qualquer de roupa, ao ponto de se ter de andar à lupa à procura de algo usável e decente. O ano passado foram as botas: feias, horríveis, grosseiras. Falei disso aqui.

Este ano a praga foi para os biquínis. Onde andam os biquínis normais, giros, bonitos mas simples? Onde é que se arranja uma roupa de banho sem ter trinta fivelas em sítios estranhos, buracos a meio da barriga, cuecas enormes ou subidas até ao pescoço, ou coisas a fingir que são cuecas, de tão reduzidas que são? Onde está a normalidade, o bom senso, a vontade de ficar sem marcas?

Eu ando há procura de um biquini novo há meses - os meus estão velhos, manchados e eu ando sem vontade de os usar. A culpa não é só deles, claramente - é minha, de não me gostar de ver com eles e provavelmente qualquer outro biquini. Mas enfim - queria um novo e não encontro nada que goste: para além de ser tudo estranhíssimo, os preços são muitas vezes exorbitantes. Percebo esta nova vaga de marcas nacionais que invadiu a praça, com todos esses novos conceitos e um espírito diferente e único. Mas a minha questão é: isto resulta mesmo? Ou a vontade de ser diferente é tanta que anda toda a gente a cair no ridículo para ganhar o troféu de mais diferente? É que até eu, que até sou muito despreocupada com as marcas no corpo (ao contrário da maioria das mulheres que conheço), acho um exagero. E, mais do que isso, acho verdadeiramente feio. Já para não falar de que é preciso um manual de instruções para vestir algumas daquelas peças.

A parte boa disto tudo é que acho que não vai durar muito. Isto é como a Desigual: houve uma febre inicial, toda a gente adorava e dava uma moeda de ouro por aquilo, e depois, sem aviso prévio, todos se fartaram e a marca morreu em Portugal. Acho que daqui a um par de anos todos estes biquinis e espécies-de-fato-de-banho não vão sair da gaveta, porque já ninguém vai gostar deles. Até porque, nessa altura, a praga da moda já invadiu outra peça qualquer e o mar voltará a acalmar no que a roupa de banho diz respeito. Até lá, é continuar a vasculhar nas profundezas da internet à procura de coisas usáveis e giras. Deixo-vos, no entanto, com um best-of das milhentas coisas horríveis/que-não-cabem-na-cabeça-de-ninguém que encontrei nas minhas buscas.  

 

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Da Bohemian Swimwear, ou como dizermos "discretamente" que somos adeptas de bondage

 

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Da Bohemian Swimwear

 

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Da Nyos

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Da Papua 

 

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Da Papua 

 

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Da Paraíba, ou como usar uma coleira em forma de biquini

 

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 Da Nyos

12
Ago16

Tallinn, uma feira medieval em ponto grande e permanente [Tallinn, Estonia]

Tallinn era talvez a capital que visitei em que não levava qualquer bagagem de expectativas. Não conhecia, não tinha pesquisado, não tinha ouvido falar. Foi uma completa surpresa - e das boas. 

 

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Escrevi no post sobre a Finlândia que a primeira coisa que lá vimos foi o Song Festival Ground, uma espécie de parque com um grande palco em forma de concha onde, de 5 em 5 anos, há um festival de danças típicas. Mea culpa. Esse local não fica em Helsínquia mas sim em Tallinn e só hoje é que dei pelo meu erro. Como já tinha dito, achei o local tão desprovido de interesse que nem tirei fotografias - e as fotos, organizadas por ordem cronológica, têm sido o meu guia para estes posts, daí o erro. Continuo no entanto a dizer que esta primeira paragem foi um pequeno choque, porque pensei "se venho numa visita guiada e me perdem tempo a mostrar isto, até tenho medo do que vem a seguir". Mas a verdade é que coisas bem melhores estavam por vir. 

A nossa segunda paragem foi no complexo olímpico, construído para os jogos olímpicos de 1980. Nessa altura a Estónia estava anexada à União Soviética e, segundo a nossa guia, este foi um período crucial para o país, pois representou a entrada de muitos estrangeiros. O contacto com outras culturas e mentalidades permitiu aos estonianos perceber que havia um mundo para além daquele em que eram obrigados a viver e foi quase o início da separação da Estonia da URSS. 

O complexo em si não tem nada que ver - as construções, apesar de serem melhores que as que vi na Rússia, continuam a ser feias - mas está situado mesmo ao largo do mar Báltico, pelo que é um bom sítio para tirar fotografias. O dia que passamos em Tallinn foi sem dúvida o mais frio deste cruzeiro e eu dei graças por ter comprado um hoodie em Estocolmo, que me manteve quente enquanto aqueles ventos gelados do Norte me fustigavam.

  

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No complexo olímpico de Tallinn

 

A partir daqui foi só melhorar. Parámos na Alexander Nevsky Cathedral, que é muito ao estilo da Church of Resurrection on the Spilled Blood, que visitei em São Petersburgo. É mais sóbria, com menos cor, mas igualmente lindíssima. Esta, à semelhança de muitas das igrejas na Estónia, é um igreja luterana, pelo que as mulheres locais têm sempre de entrar com a cabeça coberta - não exigem o mesmo às turistas. Achei particularmente curioso que os serviços normais da igreja decorressem enquanto os turistas entravam e saíam: quando lá fui, estavam a velar um morto, mesmo no meio do frenesim de entras-e-sais que se vivia na igreja.

  

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 Alexander Nevsky Cathedral

 

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 Alexander Nevsky Cathedral

 

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Alexander Nevsky Cathedral

 

Depois fomos dar um passeio pela a parte velha de Tallinn. Passamos pela St. Mary Cathedral, que tem no seu interior enormes e incríveis brasões - infelizmente não consegui entender a história que a nossa guia contou relativamente a eles, mas tirei-lhes fotos porque me lembraram imenso o Harry Potter, Hogwarts e os brasões das diferentes casas. Na verdade, Tallinn (assim como o Porto) podia perfeitamente ter inspirado a J.K.Rowling em muitos aspetos - eu passei a vida a pensar que muitas das coisas tinham ares Harry-Potterianos.

 

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St. Mary Cathedral

 

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Brasões no interior da St. Mary Cathedral

 

 

Pelo caminho passamos por vários sítios com paisagens panorâmicas incríveis da cidade, onde havia sempre pessoas a tocar música ou a vender amêndoas caramelizadas - e claro, imensas lojas de souvenirs. 

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Num dos miradouros de Tallinn

 

 

 A excursão só durava a parte da manhã, pelo que depois tínhamos a hipótese de voltar ao barco ou de ficar pela cidade durante mais um par de horas. Como qualquer minuto numa cidade estrangeira é valioso, eu e a minha mãe optamos por ficar. Apesar de tudo, penso que esta foi a nossa visita guiada mais "limitada", pelo que poder andar sozinhas a descobrir todas as ruelazinhas da cidade velha foi uma grande mais valia. Esta parte da cidade é simplesmente um mimo: as casas parecem tiradas de um conto de princesas, em construções que não sei descrever mas que nos levam a cabeça para mundos encantados. Por outro lado, muitas das pessoas locais e das lojas têm inspirações claramente medievais - tanto nas roupas que vestiam, como no estilo das lojas ou a grafia dos letreiros. Talvez por ter esta junção de dois "mundos" de que tanto gosto, Tallinn revelou-se a maior surpresa desta viagem e ganhou o título da cidade mais "mimosa". Apaixonei-me por todas aquelas vielas.

 

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Praça central da parte velha de Tallinn

 

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Loja na parte velha de Tallinn 

 

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 À saída da parte velha de Tallinn

 

Em consonância com a cidade, as lojinhas também eram muitos giras. As paredes normalmente estavam "forradas" com as malhas de lã, super quentes e fofas, mas também tinham muitos souvenirs giros e diferentes do normal. Foi de Tallinn que trouxe a maioria das recordações desta viagem, porque acima de tudo achei que marcavam pela diferença. Trouxe umas palmilhas forradas a lã, já a pensar no frio que passo sempre no Inverno; a minha mãe ofereceu-me um caderno feito à mão e com um ar super antigo, que me lembrou imenso o Harry Potter e me conquistou no primeiro segundo em que lhe pus a vista em cima; por fim trouxe dois postais também feitos à mão, com papel reciclado e uns desenhos à moda antiga, muito diferentes daqueles que se vende aos milhares, todos iguais e que recebo através do Postcrossing.

 

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 Souvenirs

 

12
Ago16

Acho que devia atualizar o meu currículo

Estou neste momento a organizar o segundo campismo anual da minha família (se bem se lembram, falei do primeiro aqui). Nestas coisas, o que custa é começar - e depois de no ano passado termos sobrevivido e as coisas terem corrido tão bem, este ano não é preciso um esforço tão grande para levar as coisas avante.

Ainda assim, são 30 pessoas. E provavelmente um cão. E mais de dez tendas. Com um aniversário pelo meio. Como um extra, na loucura, decidi propor que acrescentássemos mais um dia ao campismo: de sexta a domingo, em vez de ser só no fim-de-semana. Neste parque há possibilidade de marcação, pelo que preciso de saber ao certo as pessoas, as tendas, os carros e etc. (o ano passado fomos à maluca, sem saber se tínhamos ou não lugar e a ver quem é que encaixava na tenda de quem). 

Tenho para mim que há organizações de eventos menos complexas que esta. Acho que o meu campismo anual de família merecia um lugar de destaque no meu currículo.

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