Eu, os meus óculos e um "W" na cara
Há seis anos comprei os meus primeiros óculos de sol. Sei a data tão precisamente porque também sei a razão porque os comprei. Tem dois nomes: Edward Cullen (ou Robert Pattinson, é como preferirem). Sim, podem revirar os olhinhos e lançar um suspiro de "esta miúda não cresce", mas é a mais pura das verdades. Até vos digo mais: comprei-os por causa de uma cena em específico, que gostei tanto, mas tanto, mas tanto que soube que tinha de ter uns óculos iguais aos dele. E assim foi - mandei-os vir pela net e, quando chegaram aqui a casa, foi amor à primeira vista.
Na altura eu usava-os, pura e simplesmente, porque os adorava de coração. Nunca antes tinha usado óculos de sol e não gostava da sensação de ver o mundo numa tonalidade diferente da real. Mas depois, com o hábito, já não me via sem eles. Ainda hoje os uso diariamente, mais do que outros brancos (também ray-ban) que comprei posteriormente. Estão riscadinhos, velhinhos, mas não há iguais.
Passei a usa-los de tal forma que agora não consigo estar no exterior sem óculos de sol. Mesmo quando está um dia nublado e o sol não está à espreita, tenho de os pôr se não quero andar com os olhos sempre semicerrados e ganhar uma dor de cabeça ao fim de pouco tempo. Às vezes até à noite me apetece pô-los - passei a ser tão sensível à luz que até as luzes dos carros que vem no sentido oposto a mim me ferem a vista!
Posto isto, e como é óbvio, não consigo estar numa praia (onde tudo é sol, calor e mais sol) sem os óculos. Resultado: tenho uma marca não-morena debaixo dos olhos e no topo do nariz. Toda a gente me diz o mesmo "tens a marca dos óculos!" mas, meus amigos, não consigo evitar. Eu juro que tentei, mas não consigo estar num sítio a céu aberto sem os meus melhores amigos. E a verdade é que, no ponto em que isto já está, a situação (pelo menos este ano) já não é reversível. Tenho de aceitar, porque a vida é sempre a andar para a frente - mesmo quando tens uma faixa branca em forma de "W" na tua cara.
(a dita cena)