Os anos passam, o aperto é o mesmo
Esta manhã não me apeteceu ir trabalhar, mas fui. Acordei desanimada e triste, a par de um sono terrível provocado por uma noite de tempestade que não me deixou dormir. Abusei tanto da história do "só mais cinco minutos" que tive de tomar banho, vestir-me e secar o cabelo no tempo recorde de 15 minutos para conseguir cumprir, minimamente, com os meus horários normais.
Olhos doridos, nó na garganta, aperto no peito, cansaço geral. Um daqueles dias em que o projeto mais divertido parece ser o mais chato, em que o pequeno pormenor vira tragédia, em que toda a comida do mundo não é a suficiente para nos matar o desconforto e a fome de algo que não sabemos o que é.
A diferença é que eu sabia.
Esta manhã não me apetecia ir trabalhar e podia ter dado uma desculpa. Se não me tivesse contrariado, teria ligado e dito "hoje não posso ir". E quando me perguntassem porquê, eu diria a verdade: "pré-saudades agudas de uma parte de mim".
O meu irmão voltou hoje a Inglaterra.