1 mês de trabalho!
Se ontem fazer vinte e um anos não me fez sentir minimamente velha, pensar que estou há um mês a trabalhar já faz. Como assim, já passou um mês?! Ainda há um par de dias eu não conhecia o nome das minhas colegas, estava praticamente fechada numa sala de reuniões a limpar a minha caixa de correio... e agora já passou um mês inteirinho? Quase que podia jurar que era mentira.
De qualquer das formas, o facto de ter passado rápido é bom sinal: é um indicativo de que o tempo está a passar bem, que não estou a fazer das tripas coração para lá estar. Pelo contrário, na verdade. Apesar do início mais difícil (que acho que acontece em todos os lados), estou a gostar mesmo muito de trabalhar - e a integração acabou por ser muito mais fácil que na faculdade e a vontade com que vou para o escritório também é muito maior do que quando ia para as aulas. Sempre achei que me ia sentir mais completa a trabalhar do que a estudar e, até agora, as minhas previsões confirmam-se; tenho, de facto, um horário flexível e não tenho a pressão nem a responsabilidade de um trabalhador normal - ainda assim, acho que este é um óptimo sinal. Não sei até que ponto é comum gostar-se de trabalhar - mas eu gosto.
Já tenho o meu cantinho da secretária reservado (não havia secretária para mim, "roubei" um canto a uma colega), o meu trabalho e documentos já lá vão parar, já todas sabem o meu nome e eu já sei o delas; o trabalho cai todos os dias e, felizmente, é diversificado e bastante o suficiente para ter sempre mais para o dia seguinte; estou a dar o meu melhor contributo para melhorar algumas facetas da empresa, nomeadamente a nível tecnológico, e adoro poder fazer coisas que percebo que vão, de facto, melhorar o desempenho de algo. Acho que me estão a "explorar" (no lado positivo da palavra) no sentido certo. E eu também já estou mais habituada a estar fora de casa, já não chego tão arrasada a casa (com algumas excepções, como hoje, em que a gestão de redes sociais me endoideceu de tal forma que, mal me deitei no sofá, dormi três horas seguidas), já organizo melhor o meu tempo e começo a encontrar o equilíbrio certo das coisas.
A cereja do topo do bolo é mesmo estar no ramo da moda, o que me faz sentir um peixinho dentro da água - peixinho esse que, nos momentos em que precisa de inspiração, espreita pela janela para ver o mar. E aí sim, parece que está tudo perfeito. Sei que vou ter saudades disto.