Adeus Vodafone!
A história que contei na quarta-feira acabou em bem - ao contrário do que achava, no dia seguinte enviaram-me a autorização para o desbloqueio e eu respirei de alívio: poupei-me assim a chatear-me, pedir livro de reclamações, ter de argumentar com os colaboradores e todos esses filmes que, aparentemente, toda a gente já passou pelo menos uma vez na vida.
No dia seguinte dei logo um pulo ao shopping, pedi um cartão WTF e fui logo a correr para a Apple para me explicarem como podia desbloquear o telemóvel. Como tudo o que é desta marca, os problemas demoram o triplo do tempo a serem resolvidos. Mas, enfim, críticas ao sistema operativo e à filosofia da marca à parte, o rapaz da loja explicou-me como devia fazer para desbloquear o iPhone e hoje, dia 7 de Fevereiro de 2016, doze anos depois de ter sido uma fiel cliente da Vodafone e quase cinco anos depois deste iPhone ter sido comprado (sim, 5 anos! E não me queriam desbloquear o raio do telemóvel!), livrei-me disto! Amanhã trato da portabilidade do número e está feito!
Já há muito tempo que os tarifários da Vodafone deixam muito a desejar. Dizem que a nível de serviço de internet e televisão fazem quase parte das sete maravilhas do mundo, mas no que diz respeito a telemóveis, já há muito que perderam a corrida dos melhores tarifários. O pior disto tudo é que uma pessoa deixa protelar estas decisões até atingir um ponto em que a bolha rebenta. Primeiro porque é chato ter de desbloquear telemóveis, ter novos cartões, pedir a portabilidade e etc.; segundo porque, principalmente no que diz respeito à malta mais nova, tudo isto funciona em rede e em tribo, logo se alguém muda de tarifário passa a ser a "ovelha negra" a quem ninguém pode ligar ou mandar mensagens porque passam a ser pagas. Por outro lado, como os pagamentos são feitos "às pinguinhas", a "leveza" na carteira é gradual e não se nota tanto - só quando olhamos para as coisas como um todo é que percebemos o roubo a que estamos a ser submetidos. Somei todos os carregamentos que fiz o ano passado e cheguei a uma conclusão, no mínimo, assustadora: gastei pouco mais de 300 euros só em carregamentos! 300, foda**e! Dá uma média assustadora de 25 euros por mês - mesmo tendo mudado para um tarifário mais em conta a meio do ano.
Em grande parte, a "culpa" disto (para além de ser minha, como é óbvio), é de agora haver muito mais diversidade de redes no mesmo núcleo de famílias e amigos. Tenho a sensação de que há uns anos para cá as famílias tinham todas a mesma rede, assim como os grupos de amigos; aliás, notava-se uma homogeneidade de redes - no norte era muito mais Vodafone, no sul era TMN. Mas agora não: os meus pais têm MEO (antes tinham NOS), os meus irmãos têm Vodafone, eu agora vou passar a ser WTF (NOS) e assim acontece nas outras famílias. Portanto todos estes tarifários em que não se paga nada para pessoas com o mesmo tarifário ou rede e se paga um balúrdio para as outras redes, na minha opinião, já não funcionam. E dão resultados catastróficos como o que aconteceu comigo, em que empobrecia a cada semana e não dava grande conta disso.
Serve a minha experiência como alerta: olhem bem para os vossos tarifários, façam contas e percebam o que é correto para vós. A WTF está neste momento com uma promoção em que oferece 10 vezes mais net que o previsto e ainda me deram um bónus de praticamente 25 euros de saldo. É de aproveitar!