Chávena de Letras - "Just One Year"
A minha opinião sobre este livro foi melhorando à medida que o fui lendo. Sinceramente, arrisco-me a dizer neste estilo de "romance-jovem/adolescente", Gayle Forman é dos melhores nomes que andam por aí. E é, sem sombra de dúvida, a minha escritora favorita neste registo.
É importante dizer que parti para este livro com a ideia errada sobre o que ele era (muito por culpa da sinopse enganadora): não é uma continuação do "Just one day" mas sim a versão desse mesmo livro (ou parte dele) contada pelo o Willem, o seu protagonista. Isso decepcionou-me, uma vez que não queria saber o outro lado da história: queria era saber o que acontece a seguir!!! Percebi, mais tarde, que iria perder bastante se não soubesse a história de Willem - que, diga-se de passagem, é muito mais interessante que a de Alyson.
Aquilo que sinto nos livros de Gayle Forman - especialmente neste, mais do que em todos os outros - é que aquilo que nos é contado não é só uma historinha de amor, com dois jovens inebriados pela paixão, que acabam por ultrapassar um obstáculo e viver um final feliz. Há uma filosofia de vida e ideias (pelo menos para mim) reais por detrás disto. Há uma moral a tirar. E perceber isso, a cada página que virava, tornou a minha leitura muito mais prazerosa: porque não só estava a ler um "romancezinho" como tanto gosto, como estava a aprender com ele. E tocou-me particularmente, talvez por muitas vezes sentir que muitos dos meus pensamentos e teorias são semelhantes à do Willem; foi duplamente interessante perceber também que, muitas vezes, elas se auto-refutam e nós não temos tanta razão como pensamos. Fez-me pensar, seriamente, sobre o facto de (quase) tudo estar nas nossas mãos e de muitas vezes fugirmos do nosso próprio destino; e de termos medo - sempre o medo - de seguir com certas coisas na nossa vida, que curiosamente são muitas vezes as que mais queremos e ansiamos.
De frisar que li este livro em inglês e fiquei agradavelmente surpreendida com o prazer que tirei disso. Inicialmente, foi também um fator que me atrasou a leitura (estava um pouco renitente), mas acabei por me embrenhar na história como sempre faço, sem grandes diferenças para com os livros em português.