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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

17
Dez15

Parece que foi ontem (ou o fim das aulas da licenciatura)

Parece que foi ontem que estava mortinha para começar as aulas, depois de um verão que me soube a nada e onde senti que a minha sorte mudou de pólo (não sabia, ma tinha mudado mesmo - e, infelizmente, ainda não mudou para o lado que devia). O mar de expectativas para o verão havia descido para níveis negativos e tudo o que eu queria era ter mais em que pensar e que fazer e depositar todas as esperanças num futuro próximo: as aulas.

Começaram de mansinho, os trabalhos eram poucos. Depois começaram a adensar-se. E mais um bocadinho e outro bocadinho. E assim, do nada, acho que fiz uma viagem assustadora no tempo. Olho para trás e parece que pulei Outubro e Novembro, embora saiba que muitos desses dias, enquanto os vivi, me pareceram anos. 

Tinha uma série de objetivos para este semestre que acho que me passaram por entre os dedos, simplesmente porque não dei por o tempo passar. Sinto que trabalhei pouco, que preguicei muito, que aproveitei pouco a baixa, a cidade e este tempo incrível. Acima de tudo, sinto que me moí muito - que me auto-cansei por crises de ansiedade e pânico, por intrigas típicas de quem passa muitas horas no mesmo sítio e com perspectivas de trabalho diferente, por não ter conseguido atingir o equilíbrio (a quase todos os níveis) durante o semestre inteiro. 

Fiquei admirada quando, no último fim-de-semana, a minha mãe me disse que esta era a última semana de aulas. Os últimos dias têm sido tão caóticos, com tantos trabalhos, entregas e testes que não fazemos mais nada para além de olhar para os nossos umbigos, problemas e agendas. Somos só nós e a faculdade e tudo o que ela implica. Penso em mim como uma fotografia com um tempo de exposição longíssimo e com um arrasto muito subtil, por parecer uma barata tonta e de nem sequer conseguir seguir os meus próprios passos, tal é a pressa e a ânsia de fazer tudo. O pior é que há baratas tontas felizes (como fui no semestre anterior), mas neste caso não sou. Sou só uma barata tonta cansada. E agora, que percebi que esta é a minha última semana de aulas num pólo que foi a minha segunda casa durante dois anos e meio, sou também uma barata tonta amedrontada pelo que vem aí.

Caraças. Pensar que não vou ter mais aulas naquele anfiteatro bafiento; que não me vou mais chatear por a única vending machine do pólo não ter nada saudável que se coma ou uma única água sem açúcares que se beba; que não vou apanhar mais com o bafo de tabaco no "pátio" exterior quando só queria apanhar uma lufada de ar fresco; que já não me vou sentar naquelas cadeiras de pau que me fizeram tão mal ao rabo. Enfim... pensar que vou ter de mudar de segunda casa que, mesmo sendo uma treta, não deixa de ser a nossa segunda casa - com toda a mobília e pessoas que isso também acarreta. Dói. E dói ainda mais estar tão preocupada com tudo que nem sequer reparei que esta é a última semana de aulas da minha licenciatura.

Parece que ainda ontem recebi um email a dizer que tinha entrado neste curso. E do primeiro ano, em que estive a um triz para desistir. E do segundo ano, em que fui feliz de forma desmesurada e como nunca pensei ser. Parece que foi ontem, mas amanhã já vai acabar.

16
Dez15

Review da semana 2#

Zé do Prego

Quando fui para a faculdade, sempre que não podia vir almoçar a casa, era todo um drama para escolher o restaurante onde comer. Para além da cantina de Direito, não havia sinto onde comer, para além daqueles cafés que servem refeições à base de "grelhados" com arroz fraco e batatas fritas gordurosas. 

Agora, felizmente, aquela zona passou a estar na moda e os restaurantes crescem ali como cogumelos. É comida tradicional, comida japonesa e espanhola, hambúrgueres chiques, gelados artesanais, sandes diferentes... enfim, de tudo um pouco, para todos os gostos e carteiras. Já me fidelizei num restaurante mesmo ali perto mas, ao dar com o nariz na porta por terem feito ponte a semana passada, tive de experimentar outra opção. A escolha recaiu sobre um restaurante que já andava há muito para experimentar e que suscitou sururu na altura em que abriu: o Zé do Prego.

Tenho de admitir que não sou muito apreciadora destas modernices. Sandes cheias de coisas estranhas e sabores muito misturados, pães diferentes do normal, coisas muito complexas... não são para mim; talvez por isso nunca tenha posto os pés em nenhum dos novos restaurantes da nova moda dos hambúrgueres. No Zé do Prego há pregos em bolo do caco e hambúrgueres. Eu fui para o menu do dia, algo muito simples: um prego com manteiga de alho em bolo do caco, que acompanha sempre com batatas-fritas de batata doce.

A apresentação é gira, numa tábua de madeira e as batatas dentro de um balde de metal, mas a comida está longe de estar tão boa como parece. O prego - aquilo que devia estar melhor, pois dá o nome ao restaurante - estava desconsolado quanto baste, com clara falta de sal; mas, pior que isso, tinha nervos pelo meio - o que para além de ser difícil de comer, faz com que façamos figuras de trogloditas enquanto tentamos cortar a carne com os dentes e fazemos caras estranhas pelo meio. O bolo do caco - que nunca tinha experimentado - era muito maçudo e está muito longe da minha lista de pães favoritos. As batatas estavam moles e nada estaladiças e, tal como o prego, com muito pouco sabor.

Vale pelo espaço giro e bem decorado, com uns desenhos e umas piadas bem atiradas, tanto nas paredes como nos individuais da mesas; o serviço também foi rápido, simpático e atencioso. Pena faltar o essencial: a comida. É a prova de que um espaço giro, central e com coisas da moda não é tudo.

 

(imagem da sábado.pt)

 

15
Dez15

Uma parelha improvável em plena baixa

DSC_0589_editada.JPG

 

Todas os domingos se realiza, no centro do Porto, a feira dos pássaros - que é isso mesmo, uma grande feira onde se vendem pássaros. Pequenos, grandes, lindos ou mais feios... há de tudo, para todos os gostos e carteiras. Nos últimos dois anos a minha mãe tem vindo a desenvolver um mini-jardim-zoológico de aves no nosso jardim interior e este é o sítio onde vem buscar todos aqueles passarinhos lindos que alegram a nossa casa e os nossos ouvidos (um dia destes fotografo-os, pois são dignos de serem mostrados ao mundo).

No passado domingo fui lá com ela buscar comida para os bichos e ver se arranjávamos mais um canário de que gostássemos e eu decidi levar a minha máquina fotográfica, para ver se treinava e se apanhava algo digno de ser fotografado. Há muita gente lá a tirar fotos aos pássaros, mas a verdade é que embora alguns deles sejam sejam lindos de morrer, com figuras imponentes e cores exuberantes, o facto de estarem em gaiolas faz com que as fotos fiquem feias. Ainda assim, decidi ir com a câmara às costas, porque a baixa é sempre a baixa e pode sempre aparecer algo giro para captar.

E a verdade é que apareceu, quando já estávamos de saída e eu meio desanimada por ainda não ter apanhado nenhum momento giro para fotografar. Estava de máquina ao ombro e a minha mãe tinha acabado de me pôr uma caixa com um novo passarinho na mão quando vi um pai e um filha a passearem por lá; ele a puxar um carrinho com o que parecia ser o espólio de sua casa e ela atrás, descontraidamente, exibindo um estilo que faria inveja a muitas fashionistas mais naturalistas que por aí andam. Tinha uma cara de capa de revista e umas rastas lindas - e isto dito por alguém que detesta rastas! E, claro, um pormenor: ambos tinham um agapone (um pássaro) pousado no ombro, o que significa que os educaram para andarem com eles de um lado para o outro.

Achei aquilo... lindo. Apressei-me a pegar na máquina só com uma mão, muito desajeitadamente, e limitei-me a disparar. Não tive tempo (nem mãos) para ajustar os parâmetros que queria (e devia). A foto ficou mais escura do que era suposto, apanhou chão demais e um camião que de nada serviam para o enquadramento (já cortados na fotografia de cima) e, o mais grave de tudo, está com uma nitidez enorme em toda a profundidade, quando aquilo que eu queria era que só se vissem essas duas pessoas e, para lá delas, tudo ficasse meio desfocado. Fiquei chateada com o resultado final, embora saiba que, naquele momento, já foi um pequeno milagre ter conseguido disparar a máquina na direção devida.

Apesar disso tudo e do resultado estar longe daquilo que queria, que tinha imaginado e que o "quadro" merecia, acho que continua a ser partilhável. Continua a parecer-me uma cena de filme: daqueles bonitos e que nos inspiram. 

14
Dez15

Cara de poucos amigos

Hoje fui aproveitei que saí da faculdade mais cedo para dar um pulo rápido à baixa, para fazer uma compra de Natal que já há muito que tinha em mente. Estacionei no centro comercial Via Catarina e acabei por parar na Kiko para comprar dois produtos que me estavam a fazer falta.

A estratégia de marketing da Kiko passa muito por impingir novos produtos às clientes, assim como as promoções da semana. Não tenho nada contra, os funcionários fazem aquilo que lhes mandam, mas se há coisa que detesto é que me impinjam coisas (embora saiba que funciona muito bem, ainda para mais neste tipo de lojas). Eu, que já tenho normalmente um comportamento bastante racional em quase todas as compras que faço, nas compras de maquilhagem isto intensifica-se, uma vez que olho para grande parte daquela loja como um burro olha para um palácio. Normalmente vou sempre à procura de algo - se encontrar, pego no objeto, vou para a caixa e vou-me embora; se não encontrar, dou meia-volta e passo para outra. É raríssimo ir fazer compras sem ter em mente aquilo que quero e sem um objetivo bem definido.

Neste caso, sabia especificamente o que queria, por isso peguei nas coisinhas e levei-as à caixa. A menina atendeu-me de forma simpática, perguntou-me se hoje (embora nunca vá lá) era só aquilo que levava, ao que eu respondi que sim. Depois perguntou-me se já conhecia a nova linha de Natal e eu disse, literalmente: "não, ainda não conheço!". Mas disse-o num tom de quem diz "não, ainda não conheço mas gostava, porque por acaso até ando desesperada à procura da prenda ideal para uma pessoa e não me lembro de nada". No entanto, pela cara e reação da funcionária, julgo que aquilo foi interpretado como um "não, ainda não conheço nem quero conhecer, sua chata que me tenta impingir coisas a todo o custo!"

Saí da loja a pensar naquilo e com um certo peso na consciência por, mesmo que inconscientemente, poder ter tratado mal alguém que me tratou bem. Podia dizer que hoje estava num dia mau, que estava a descarregar a raiva nos outros ou que estava com cara de chateada. Mas não. Estava, aos meus olhos, perfeitamente normal. E isto pode até ser um acontecimento esporádico de má interpretação, mas tenho para mim que ocorre mais vezes do que aquilo que eu acho razoável, mesmo em situações em que as outras pessoas não deixam transparecer.

Entretanto lembrei-me de algo que a minha mãe me disse no passado sábado enquanto víamos o "Alta Definição" com a Sara Sampaio. A certa altura da entrevista, o Daniel Oliveira perguntou-lhe sobre à relação que os homens tinham para com ela (se se sentiam intimidados ou estimulados pela fama dela), ao que ela respondeu que um dia, perante o facto de nunca ninguém vir ter com ela, os amigos lhe tinham dito que ela tinha uma cara de "get the fuck out". Mal ouviu isto, a minha mãe virou-se para mim e disse-me: "estás a ouvir? Tu és igual!!!". Não tive como negar, embora naquela altura falasse apenas em relação aos homens. Mas, afinal de contas, parece o mal é generalizado e não atinge sexos. Pelos vistos a minha cara de poucos amigos não é discriminatória, é mesmo para o mundo em geral. Great.

13
Dez15

As loiças da Vista Alegre

Eu acho que sou, de facto, uma criatura um bocadinho rara; tenho corpo de vinte aos, mas alma de sessenta.

Sempre que passo em frente à montra da Vista Alegre babo-me para cima da maioria das peças. Tivesse eu dinheiro e espaço para tanta loiça e trazia a maioria dos serviços para casa. Adoro aquilo, acho-os a todos lindos e dignos de exposição. Na verdade, acho que mesmo que os comprasse, comer sobre aquelas obras de arte era coisa que não tinha coragem para fazer.

Mas enfim, tenho a impressão que quando digo isto a pessoas da minha idade, ficam a olhar para mim com cara de "mas esta miúda pensa que tem quê, 70 anos?". Acho que o pessoal hoje em dia vai mais para o minimalista, como aquelas linhas do IKEA com cores básicas mas com formas diferentes do normal; talvez o próprio selo "Vista Alegre" seja visto como algo antiquado e fora de moda, e só a ideia de herdar serviço dos pais, como antes se fazia, para a maioria das pessoas é um pesadelo. Mas, para mim, não. Desde que sejam bonitos - porque há sempre coisas bonitas e feias, independentemente do preço ou da marca - eu não me importo de herdar ou comprar seja o que for.

A verdade é que eu já pus mesmo em equação começar a pedir para o Natal peças de uma coleção para, daqui a uns anos e com casa formada, ter uma coleção linda e completa. Entretanto, porque não me apetece receber sempreee a mesma coisa no Natal e porque gosto de tantos servilos que não tinha a certeza do que escolher, decidi adiar a decisão. Mas um dia será o dia, e eu vou ter um daqueles servicinhos lindos na minha casa. Escrevam o que eu vos digo.

 

 

13
Dez15

Miúda de 95 43#

Os Patinhos

 

Bem, esta é um clássico - nem eu sei como é que não me tinha lembrado disto antes! Acho que todaaaa a gente sabe a música dos patinhos e é incapaz de não relacionar isto com a ida para a cama, todas as noites.

Se bem me lembro, o clipe passava todas as noites na RTP, pelas 21 horas - hora em que, supostamente, os meninos deviam ir lavar os dentes e meter-se na cama. Tenho uma vaga ideia de o ver passar na RTP1 (ou talvez na RTP2, nem sei) mas, acima de tudo, lembro-me de ter o CD dos patinhos! E nem se atrevam a gozar! Havia lá coisa mais estilosa do que aquele baterista com a crista verde que, todas as noites, era puxado por uma bengala para parar de tocar? Era incrível! Aliás, só uma coisa assim espetacular podia estar no ar desde 1998 até 2005 (segundo o wikipédia). Formou-se quase uma lenda! 

Eu sei que isto vai soar a coisa de velha, mas eram giros os tempos em que víamos patinhos antes de adormecer em vez de todas aquelas coisa estranhas que agora passam nos canais infantis sob o nome de "desenhos animados". 

 

 

12
Dez15

O que tomar de pequeno-almoço nos dias frios?

Há uns anos para cá percebi, finalmente, a importância do pequeno-almoço - principalmente para uma alimentação mais equilibrada, sem ataques de fome a meio da manhã, o que levava a uma má alimentação. Passei muitos anos a passar esta refeição à frente - se bem me lembro, só no 11º ano é que comecei a petiscar alguma coisa a muito custo e lembro-me que foi por causa de uma professora, que quase me implorava para eu ingerir algo antes de ir para as aulas.

Comecei com os cereais integrais com iogurte, pensando erradamente que estava a comer algo saudável; quando percebi a asneira que estava a fazer, mudei-me para a fruta com iogurtes magros (normalmente manga) e, nessa altura, atingi o peso com que me sinto bem e estava sinceramente feliz e satisfeita com a minha alimentação de uma forma geral. Depois chegaram as férias e todos estes hábitos espetaculares foram pelo cano (muito por culpa do meu irmão, que come torradas com manteiga todos os pequenos-almoços e eu não conseguia resistir à tentação). Desde aí que não tenho consegui estabilizar num pequeno-almoço nutritivo, saudável e satisfatório: já comi muita granola com iogurte magro, fruta com iogurte, só bolachas maria, torradas com meia de leite (embora só uma vez por semana), mas a verdade é que na manhã seguinte nunca me apetece comer a mesma coisa e ando sempre às aranhas sobre o que petiscar.

Nesta altura do inverno, tenho ainda a agravante do tempo frio. Os meus iogurtes magros já estão a gritar por ser comidos, já com o prazo de validade ultrapassado, simplesmente porque não lhes pego - não tenho vontade de comer coisas frias quando eu própria já ando sempre cheia de frio. Aliás, abrir o frigorífico já é doloroso quanto baste, quanto mais engolir coisas geladas! E a verdade é que os iogurtes sempre foram o complemento que tenho usado deste que mudei a minha alimentação, por isso ando muito despistada quanto ao que comer de manhã. Muitas vezes acabo por fazer ainda pior e comer uma fatia de bolo-rei que tenho por casa ou um pedaço de aletria, precisamente o oposto daquilo que queria fazer (contornar os açucares), por isso preciso mesmo de descobrir a minha formula mágica para os pequenos-almoços em tempos frios.

O quê que vocês costumam comer nesta altura do ano?

11
Dez15

Um ano de Smart!

Fez ontem um ano que eu fui buscar o meu carrinho pequenino! Um ano a dar voltinhas tipo rôbot, um ano a estacionar em lugares minúsculos, um ano a perceber como cabem lá dentro muito mais coisas do que inicialmente pensávamos, um ano a cantar a plenos pulmões com uma acústica de fundo para lá de formidável. Um ano de viagens felizes, no fundo!

É esta a verdade, eu apaixonei-me por aquele pequenote. Entrei completamente no espírito Smart - ser pequeno mas pensar em grande! Agora todos os lugares são lugares: é uma questão de tentar e ver se cabe, de que forma for - de lado, frente ou na diagonal, tudo serve desde que caiba. Para além de toda esta mudança de pensamento no que diz respeito ao estacionamento - definitivamente a maior vantagem nestes carros - hoje vejo que, a comprar um carro, este tinha mesmo de ser o "o tal" - até porque se há pessoa que anda sozinha, que está sozinha e que "é" sozinha, essa pessoa sou eu. São muitas (muitas!) mais as vezes que ando sozinha do que acompanhada, por isso a limitação dos lugares não foi muitas vezes um problema - e, quando foi, limitei-me a pegar no meu querido BMW e toca a andar (só com o cuidado extra de mudar o meu pensamento "standart" de carro-pequeno-que-cabe-em-qualquer-buraco para carro-grande-que-já-não-cabe-em-todo-o-lado)!

Agora percebo que o meu carro ideal era o meu smart com o motor do meu antigo BMW - o melhor de dois mundos. Um carro pequenino, maneirinho e onde se pudesse estacionar em todo o lado mas, ao mesmo tempo, com uma força descomunal e uma sensação de condução como não há outra. Hoje em dia ando muito mais no Smart do que no meu antigo carro - uma pessoa habitua-se a um automóvel e até acaba por criar algumas resistências em andar nos outros, principalmente se não forem tão modernos -, mas sempre que ligo o BMW e carrego no acelarador... é outro mundo. Continuo a achar que, nesta casa, não há melhor carro de conduzir que aquele. E sempre que dou voltas maiores ou me apetece andar em auto-estrada e carregar no acelerador, é no meu velhote que pego.

Mas pronto, hoje é dia de festa! Um ano depois, posso dizer que todos os lugares no meu coração estão agora estabilizados - e houve espaço para os dois carros, cada um no seu espaço e na sua devida categoria. Se mos tirassem, ambos me iriam fazer falta - mas o Smart, hoje em dia e pela utilização que lhe dou, iria fazer-me ainda mais. No que diz respeito a carros, foi um ano feliz. Encontrei o parceiro ideal e já não fazemos nada um sem um outro. A paixão tem coisas destas.

Parabéns carrito! 

10
Dez15

Este é um blog genuíno

Se seguir com a minha área de estudo, aquilo que vou fazer é promover coisas. Promover pessoas. Promover empresas. Promover produtos. Promover serviços. Promover tudo, bom e mau, melhor ou pior, com valor real ou aparente: o meu trabalho vai ser criar estratégias para vender um produto ou uma ideia e guiar as pessoas e as empresas nesse processo, para que vendam mais, criem mais, façam mais dinheiro. No fundo, é isto.

Seria então lógico que eu soubesse promover este blog de uma forma decente para que ele tivesse muito sucesso, muitos leitores, likes e essas métricas todas com as quais, hoje em dia, medimos o nosso (aparente) sucesso, até a nível pessoal. Mas a verdade é que este blog é quase uma ameaça para o meu futuro trabalho, porque eu acho que consigo fazer tudo ao contrário do que é suposto, mantendo "apenas" o que é sempre essencial: o conteúdo. E faço isto porque, acima de tudo, não procuro sucesso, não procuro likes que me ignoram e, muito menos, fama. Eu limito-me a escrever porque quero, porque preciso e porque acho que devo treinar a ferramenta que suponho que um dia me fará genuinamente feliz.

Explicado de outra forma, o que quero dizer é que nós, quando queremos ter sucesso nalguma coisa, temos de ir ao encontro daquilo que as pessoas querem e procuram. No caso de um blog, eu sei que as pessoas são preguiçosas e não gostam de ler textos grandes como os que eu escrevo; sei que adoram imagens e vídeos, como aqueles que eu pouco publico; sei que gostam de interações diversificadas no facebook, quando eu quase que me limito a publicar unicamente os posts que escrevo; sei que devo ter várias redes sociais que transmitam a minha marca, quando não tenho; sei que devo responder a tudo, bom e mau, interessante e desinteressante, e que não o faço; sei que devia falar sobre isto com as pessoas, que devia promover o blog no meu facebook pessoal como um trabalho que desenvolvo e deixar que os meus pais também partilhem novidades e falem sobre a sua filha "blogger", coisa que eu não deixo. E porquê? Porque, pelo menos por agora, quero que isto (sobre)viva de forma genuína, sem "artilharias" adicionais e falsas, que chamariam gente, mas que não chamariam necessariamente leitores, que é aquilo que eu mais gosto.

Eu sei perfeitamente que a quantidade de likes que tenho no facebook não é representativa do número de pessoas que, efetivamente, lêem os posts - mas isso não me importa, porque eu sei que pelo menos meia-dúzia de pessoas me lêem: e isso faz o meu dia! Eu própria enfio o barrete e confesso que chego muitas vezes a ter preguiça de ler alguns posts mais longos de blogs que sigo; também por isso sinto-me verdadeiramente lisonjeada quando percebo que alguém lê os meus posts, por mais gigantes que sejam. É mesmo uma das minhas maiores alegrias diárias, para além de escrever.

Receio que um dia, para o bem e para o mal, dê uma volta a isto e ponha em prática os muitos ensinamentos que me foram dados ao longo destes anos e que sei que funcionam (embora com tempo e sempre, SEMPRE, com uma dose de sorte). Talvez nesse dia aposte em publicidade - aqui e no facebook-, me controle para escrever menos, passe a publicar estes posts no meu mural do facebook, comece a deixar os meus pais partilharem também os posts e pedirem likes na página da sua filha querida. Mas por hoje - dia em que ainda nem sequer sei bem definir quem sou, quanto mais aquilo que escrevo!, dia em que sinto que preciso de escrever não só por prazer mas também para treinar de forma apoder melhorar, dia em que sinto que aquilo que tenho - para já - me chega - este blog vai continuar assim, como eu quero e como eu sou. Genuíno e com privilégio para o conteúdo, por mais extenso que esse seja.

 

(e tomem lá mais um testamento...!)

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