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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

30
Dez15

O melhor de 2015

Com base na ideia do sapo "O Melhor de 2015", venho fazer a minha "matriz" de 2015, com aquilo que de melhor este ano me deu em algumas áreas! Ora vejamos:

 

O melhor filme:

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 Este ano ficou felizmente marcado pelo meu regresso às salas de cinema - sozinha ou acompanhada, o que importa é ir! Ainda assim, e contando os filmes que vi em casa, não vi uma quantidade de filmes por aí além. Não sei se é por a minha memória estar fraca ou este filme estar muito fresco, mas escolho o "Bridge of Spies" como o melhor filme que vi este ano. Fui quase de arrasto com o meu pai, nem sequer tinha ouvido falar dele (acho que foi pouco publicitado) e acabou por ser dos melhores filmes que vi ultimamente. Duas conclusões a tirar: o Tom Hanks é dos melhores atores da praça Hollywoodesca e, sem dúvida, o Spielberg é o melhor realizador que temos vivo.

 

O melhor livro:

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Não é uma escolha fácil porque li vários livros de que gostei muito e que me prenderam do início ao fim; por outro lado, não li nenhum que dissesse "UAU, este é um dos livros da minha vida". O "Mataram a Cotovia",  "O Livreiro" e o "Dentro do Segredo" foram os meus favoritos deste ano, mas destaco o "Perguntem a Sarah Gross" como aquele que mais gostei e mais me marcou.

 

A melhor música/albúm/concerto:

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 (foto da Blitz)

Acredito que não tenha sido o melhor concerto, mas foi o que mais me marcou e aquele por que mais esperei. E as minhas expectativas não foram defraudadas. O Sam Smith ficou ainda mais no meu coração!

 

O melhor da televisão:

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 Se houve coisa que defraudei este ano foram as séries. Ficou tudoooooo em atraso, com a excepção desta série que está aí em cima: "How to get away with murder". A forma como a história é contada stressa-me, faz-me roer demasiado as unhas mas prende-me ao ecrã como nenhuma outra. Adoroooo! Todas as outras séries vão ser para ir recuperando ao longo de 2016 (espero eu).

 

A imagem do ano:

Sei que isto devia ser algo mais "global", mas vou personalizar e escolher a minha imagem do ano. Na verdade, vou escolher duas:

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Primeiro, a foto de grupo do "Fora da Caixa", a minha maior razão de orgulho neste ano que passou. (Não pedi autorização para partilhar a foto, mas tendo em conta que passou em todos os nossos facebooks e já partilhei o vídeo do making of, acho que não há problema). Não quero ser algo radical, mas mudou um bocadinho a minha vida - pelo menos a nível universitário.

 

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 Em segundo lugar, uma das muitas fotos que tirei com o meu sobrinho, pelo qual me apaixonei perdidamente. Adoro esta em particular, pelo ar de felicidade pura estampada na cara dele. Lembro-me tão bem do momento em que tirei esta foto... acho que passamos meia hora a rebolar na cama, eu e ele, como se fosse a melhor coisa à face da terra. Aliás, nota-se bem que ele achou aquilo muito divertido!

 

Algo que melhorou as nossas vidas:

Este é o tópico que mais dúvidas me causou, simplesmente porque não me lembro de nada que tenha aparecido e mudado para muito melhor as nossas vidas. Algo que gostei particularmente, foi o facto da H&M ter começado a ter loja online (com a parte de decoração da casa incluída). Aleluia!

30
Dez15

A primeira percepção de 2015 & a realidade

Se não pensar muito, acabo este ano com a perceção de que correu mal; na minha mente assombram-me momentos maus, de dor, de preocupação e cansaço profundo. Acho que, como nas casas, há algumas fases na vida de algumas famílias em que parece que tudo avaria; a diferença é que, no caso das casas, podemos mudar-nos ou resolver os problemas com relativa facilidade - o mesmo não acontece com a vida das pessoas. E eu sinto que, um bocadinho por toda a parte, os problemas se disseminaram. E, claro, como as nossas dores são as piores, a memória mais fresca que tenho deste ano foi da minha lancetação e destes últimos dias sem me conseguir sentar - e tudo o que me consigo lembrar sobre o ano que aí vem é que vou ser operada, o que já me estraga todos os prognósticos que possa fazer. Estar a morrer de medo do que aí vem é pouco.

Mas a verdade é que isto é a prova dura e crua de que a memória é extremamente seletiva - e se, a longo prazo, tendemos a lembrar-nos das coisas positivas (eu, pelo menos, sou assim), a curto prazo só nos lembramos de tudo o que de mau aconteceu. E talvez por isso - por as coisas más terem acontecido mais no fim do ano - a minha percepção deste ano que está mesmo a acabar seja muito negativa. Mas a verdade é que não foi.

Enquanto elaborei a lista de coisas que fiz em 2015 percebi que foi um grande ano - pelo menos a primeira metade! Nunca fui a tantos concertos na vida, nunca li tantos livros! Viajei, fui três vezes ao meu paraíso de descanso (o meu Algarve), a minha família aumentou e tive o meu irmão e sobrinhos imenso tempo aqui comigo. E tive experiências super, super, super enriquecedoras! Não vou esquecer o silêncio mágico do rio enquanto andava no caiaque nem nunca mais vou esquecer a loucura que foram os meses de preparação para o Fora da Caixa - esse que foi, sem sombra de dúvidas, o acontecimento mais marcante deste 2015 (acho que todos foram capazes de perceber isso).

O ano não acabou da melhor forma, mas sei que tenho o dever de puxar pela memória e não me deixar levar pelos seus truques manhosos; tenho de me lembrar de tudo de bom que aconteceu e, acima de tudo, agradecer. Pela sorte de ter o que tenho, de poder ter vivido o que vivi e pelas pessoas que me rodeiam (que, embora não sejam muitas, são das boas). Portanto, se me permitem, quero reformular: com excepção de uns meses finais e uns episódios mais duros, este ano foi um ano feliz - incrivelmente feliz.

 

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Quanto a 2016... que seja tão bom ou, se possível, melhor! E, claro, com muitos (e bons) posts à mistura! 

Vemo-nos para o ano, sim? Boas entradas!

30
Dez15

Chávena de Letras - "Eu, o Earl e a tal Miúda"

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 Este foi, sem dúvida, o pior livro que li este ano; mas, pior que isso, foi um dos piores livros que li na vida. E foi essa a razão para o ler num ápice: queria acabar com o meu "sofrimento" bem rápido, porque sei que se o deixasse na mesinha de cabeceira nunca mais lhe pegaria.

Não percebo como é que se edita um livro destes, como é que se traduz em várias línguas e, pior!, se consegue fazer um filme que ganha prémios em festivais de renome. Na capa do livro diz que é inevitável comparar este livro a "A Culpa é das Estrelas", de John Green: pois eu digo que dizer tal coisa é uma autêntica blasfémia! Não há comparação possível, a todos os níveis: na escrita, na estrutura da história, na forma como é contada.
Sinceramente, a única coisa que safa este livro é o facto de se ler num fósforo, muito por causa da má escrita, que se altera entre narrativa, escrita por tópicos (sim, simplesmente com pontinhos pela página abaixo) e uma escrita estilo ensaio (com as falas, as reações e o cenário). Todo o livro é "nonsense" e "random", com cenas que não lembram a ninguém e que caem do nada, sem qualquer tipo de contexto para o leitor.
A forma fria como a doença é tratada também não me agradou. E, de resto, tudo aquilo que devia ter piada (que, pelo que percebo, seria 90% do livro) não tem, para mim, piada nenhuma. Mas se calhar sou só eu que tenho um sentido de humor inferior a zero. Ainda assim, o livro é mau. Mesmo muito mau.

 

(a única parte boa deste livro: completei o meu desafio de ler 25 livros este ano! YEY!)

29
Dez15

2015 - Este ano eu...

- Tive o meu 6º sobrinho!

- E tive a minha primeira sobrinha emprestada - uma autêntica prenda de Natal <3

- Fui a Bristol e a Genebra;

- Arranjei o meu primeiro trabalho a escrever;

- Trabalhei no Primavera Sound;

- Para além disso ainda fui aos três dias do Nos Alive;

- E a um dia do MEO Marés Vivas;

- Em suma, vi duas vezes a Banda do Mar ao vivo, vi o meu terceiro concerto do Jamie Cullum, lacrimejei mais do devia quando ouvi o Sam Smith, ouvi o meu segundo concerto dos Muse. Para além disso, arrepiei-me com Antony and the Johnsons, tirei o chapéu à FKA Twigs pelo espetáculo que deu (embora continue a não gostar dela), ouvi o vozeirão da Ana Moura, cantei com os Mumford&Sons e ouvi a boa onda do James Bay, do Ben Harper e do Damien Rice. Apanhei um banho de água fria com The Cinematic Orchestra e cantei muito em mais um concerto d' "Os Azeitonas". Ouvi também o António Zambujo e o seu cante alentejano. E depois conheci outras bandas, algumas que gostei mais, outras menos: Foxygen, Caribou, Belle and Sebastian. E ainda ouvi barulho... muito barulho!

- Fui pela primeira vez a uma espectáculo de magia;

- Desisti pela primeira vez de um exame (lá, no auditório);

- Comi pela primeira vez num restaurante cantonês;

- Perdi um bocadinho o medo aos dentistas;

- Fiz a minha primeira micro-cirurgia (e doeu para cara***!);

- Fui duas vezes a Lisboa e três ao Algarve;

- Comprei uma polaroid em segunda mão, a realização de um sonho antigo!

- Inscrevi-me num curso de fotografia e adorei, adorei, adorei;

- Comprei um novo computador portátil e uma nova máquina fotográfica;

- Iniciei-me no mundo dos vídeos do youtube;

- Cortei muito com os açúcares e se, por um lado, a minha vida ficou menos doce, também ficou significativamente mais saudável;

- Mudei finalmente de quarto e vi o lado luminoso da vida;

- Consegui ler mais livros que no ano passado;

- E retomei o meu bom hábito de ir ao cinema!

- Vi o Porto ganhar ao Chealsea do Mourinho mesmo em frente aos meus olhos;

- Acampei pela primeira vez e passei literalmente dois dias inteiros em família;

- Fiz o meu primeiro picnic;

- Andei pela primeira vez de caiaque e foi das melhores coisas que fiz na vida!

- Nadei no rio, algo que também nunca tinha feito;

- Fui entrevistada para uma reportagem do JN sobre o 10 anos do Twilight;

- Fui pela primeira vez a uma festa da faculdade (e saí rápido, mas continua a contar!);

- Iniciei-me na arte dos gelados;

- Fiz um jogo em javascript (esta ainda nem eu acredito!);

- Pisei, pela primeira vez, a Santa Relva do Estádio do Dragão;

- Apanhei a minha primeira multa de estacionamento;

- Vi o meu primeiro desfile de moda;

- E, last but not the least - e porque gosto sempre de deixar o melhor para o fim (sabendo, no entanto, que ficou muito por dizer) - realizei um programa de televisão, num trabalho árduo, diário, sem fins-de-semana ou feriados durante um período de três meses até ao dia F, de Fora da Caixa. Foi o melhor que este ano me trouxe e que, a par das pessoas que ele me "deu", vou guardar no coração para a vida inteira. Não me lembro se alguma vez tinha sido tão feliz.

28
Dez15

Chávena de Letras - "A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha"

 Uff, como se costuma dizer: este foi um parto difícil! Juntaram-se um conjunto de fatores que fizeram com que demorasse mais de dois meses a ler este livro: 1) a clara falta de tempo típica desta altura do ano, 2) a dificuldade que leitura que é, para mim, característica nestes livros (embora não de uma forma habitual, como vou explicar abaixo) e 3) a pouca vontade de ler, consequência da segunda razão que apresentei.

É importante dizer que David Lagercrantz imitou, de forma exímia, a escrita do autor desta (antiga) trilogia. E isso é bom e é mau. É bom porque continuamos no mesmo registo e quem é fã, como eu, sente que não saiu de casa. Mas, por outro lado, tem (quase) tudo o que de mau tinha a escrita de Stieg Larson - e digo "quase" porque, neste livro, fomos poupados a grandes descrições entediantes e complexas como havia nos livros anteriores. Ainda assim, continuam a existir muitas personagens - muitas delas claramente dispensáveis - e a forma como são introduzidas na história é deveras confusa; isto sempre foi algo que me perturbou a leitura nas outras obras e esta não foi excepção, sempre com a agravante dos nomes serem estranhíssimos e difíceis de lembrar.
O que me fez ler este livro e compra-lo mal saiu foram as saudades que tinha da força de Lisbeth Salander - mas, para meu desapontamento, sinto que tivemos muito pouco dela neste livro. Tem muito Blomkvist, muito contexto para que tudo no fim faça sentido, mas dela - a personagem, para mim, mais importante e que dá vida ao livro - houve sempre muito pouco. Só na segunda metade é que começa a surgir e, mesmo assim, de forma demasiado subtil para o meu gosto.
Por fim, acho que houve também uma coerência com os outros livros no que diz respeito à velocidade da ação: sempre muito incoerente. Umas vezes muito lento, outras vezes muito rápido. E - isto é uma constante - sempre demasiado rápido no final, onde sinto sempre que não sou capaz de absorver tudo e acompanhar os acontecimentos, tendo a ideia de que faltaram peças do puzzle por encaixar.
Não sei se é propositado ou não, mas o autor deixou sem dúvida espaço para que mais livros fossem escritos, deixando claro que ainda há muita água para correr debaixo da ponte que é a vida de Lisbeth Salander. Se assim for, não sei se vou continuar a acompanhar as suas aventuras.
Este não é um grande livro mas já deu, ao menos, para matar algumas das saudades que eu tinha de uma das minhas personagens preferidas de sempre.

27
Dez15

A morrer de saudades de escrever

De barriga para baixo. De lado. Com as pernas sabe-se lá como e com a coluna mais dobrada do que certamente devia. É assim que estou, quase uma semana depois de ter feito stand-by na minha vida normal por causa do quisto que me voltou a chatear. Felizmente, não tenho infeção - mas creio que se "estendeu" em tamanho e a dor e o mal estar são constantes. 

Das poucas vezes que me sentei no computador, fiquei muito pior logo a seguir e percebi que não o podia fazer. Já ando a estudar alternativas - agora estou na cama, de lado, de modo a poder escrever qualquer coisinha sem ter grandes consequências. 

No fundo, já estou a sofrer aquilo que vou sentir quando estiver de convalesça: não me poder sentar. Também por isso - e porque os momentos maus têm sido muitos - estou a considerar antecipar a operação e faze-la já no início de Janeiro, se tal fosse possível. Precisaria de falar com todos os meus professores por causa da entrega de trabalhos e exames, precisaria de falar com o meu médico, seguro de saúde, adiantar as análises... no fundo, alterar toda a minha vida. Mas a verdade é que já estou a altera-la toda pelo simples facto de não me poder sentar: não consigo estudar, não consigo fazer trabalhos, não consigo ler com a devida concentração; tenho bilhetes para concertos, mas não posso ir se não me posso sentar; tenho viagens planeadas, mas não posso viajar se não aguentar estar sentada umas horas valentes.

Por tudo isto, e se a situação não melhorar nos próximos dias, vou ter de adiantar aquilo de que tanto medo tenho, mas que sei que tem de ser feito. É incrível como uma merda tão pequena pode ser tão incomodativa e mudar toda a nossa dinâmica de vida. Estou seriamente cansada, física e psicologicamente. Ainda assim, vou aproveitar esta posição desconfortável em que estou para escrever, escrever e escrever enquanto posso. Para além de todas as coisas que me apoquentam, doem e custam, não andar a escrever também faz parte da lista. Vou aproveitar para aquecer este teclado.

24
Dez15

Feliz Natal!

Este é o post de praxe, toda a gente sabe. Tenho escrito muito menos do que queria e trabalhado muito menos do que tinha previsto - estar sentada ao computador, no estado em que estou, não é o mais conveniente, por isso faço-o só quando estou em desespero de causa ou preciso mesmo muito. E este é um dos casos.

O Natal é, para mim, uma das épocas mais especiais do ano. Adoro tudo: a família, a árvore, o presépio, os presentes. O último Natal foi muito amargo e, embora este não seja comparável, não o vou passar nas melhores condições. Ainda assim, não vão ser as dores, o desconforto e a inibição de me sentar (pelo menos o mais possível) que me vão estragar esta quadra ou que me vão impedir de fazer os meus bolos de bolina e outras tradições que tais.

E é esta a mensagem que vos deixo: que, com mais ou menos problemas, mais ou menos vontade ou estado de espírito, que aproveitem esta época ao máximo. Desfrutem da família (este é dos poucos ou únicos momentos do ano em que nos juntamos todos, por exemplo), sorriam com as prendas (mesmo que sejam meias feias - vejam o lado bonito da questão!) e enfartem muito, porque este não é dia para fazer dietas.

Este ano, se pudesse pedir coisas imateriais para estarem no sapatinho, pedia saúde e paz de espírito (algo que senti falta nos últimos meses, não só em mim, mas também nos que me rodeiam). Desejo-vos sinceramente o mesmo. Sejam felizes. E obrigada por, todos os dias, me darem pequenas prendas (em forma de comentários e palavras) e me fazerem também a mim feliz!

 

Beijinhos e um Feliz Natal!

 

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 (foto minha, tirada num dos passeios fotográficos)

22
Dez15

Só para avisar de que estou viva, mas pouco

A semana passada foi arrasadora. Exames, trabalhos para entregar e apresentar, trabalhos extra para fazer, jantares de Natal, o último dia de aulas. No final da semana ainda acabei por fazer uma espécie de saída noturna para fotografar (até às duas da manhã) e no domingo foi a tarde toda a andar com a máquina ao peito, mochila e tripé às costas. Fiquei arrasada.

Na noite de domingo, não sei como nem porquê, mordi-me de uma forma brutal - fiquei com um hematoma no lábio do tamanho de um berlinde, mal conseguia falar. Nem me acreditei que aquilo que me tinha acontecido - estava aqui, como estou agora, no computador. Suspeito que, fruto do stress com que estou, me mordi insconscientemente (e puxei uma pele, essa parte eu sei) de forma a me pisar de uma maneira que nunca tinha visto. Pelo aspeto, achei que não ia ter coragem de sair de casa durante a próxima semana. Felizmente, e com muito gelo à mistura, acabou por ir passando - e lá fui eu para mais um jantar de Natal. Ainda assim, durante o dia, aproveitei por vegetar pela casa, descansar e pôr tudo em "modo offline", que nos dias de hoje é um autêntico luxo. 

Hoje de madrugada acordei e senti que algo estava mal. Estava com dores no quisto e senti-o quente demais para o mais gosto. Saltei da cama e corri logo para começar o antibiótico e o anti-inflamatório, mas o pânico já estava instalado. Passei o dia assim, entre o sofá e ataques de pânico esporádicos, não pela dor que tenho agora, mas só por pensar que posso ter de ser lancetada de novo, precisamente numa das minhas alturas preferidas do ano.

Vou dormir e rezar a todos os santinhos - em que nunca acreditei, mas que fazem sempre jeito nas horas difíceis - que isto passe, para que possa ter um natal com alguma paz de espírito.

 

 

17
Dez15

Embrulhos natalícios

Eu já me sinto confortável em vos confessar que sou uma criatura rara, porque sou (e vocês já sabem). E que coisa estranha vem por aí desta vez? Eu explico, mesmo sabendo que me vão achar uma doida varrida.

Então aqui vai disto: eu não gosto que embrulhem as prendas de Natal nas lojas. Pronto, é isso, já disse. A verdade é que sou um bocadinho masoquista e adoro embrulhar eu as coisas, a meu gosto, aqui em casa. É uma espécie de ritual anual: ir para o andar de cima, ligar o tablet e pôr o Michael Bublé como música de fundo enquanto corto os papéis, a fita cola e dou trinta voltas aos presentes para que fiquem perfeitamente lindos e embrulhados. Para além disso, os embrulhos que fazem nas lojas são sempre feios, cheios de agrafos e sacos com os nomes das loja - algo nada natalício.

O Natal, para mim, é amor. É o cuidado com que se fazem as coisas, o amor que se põe nos doces, o tempo que se gasta a escolher a prenda certa. Acho todo esta política de "despacha lá esse embrulho o mais rapidamente que conseguires, por mais feio que ele seja" contraditória em relação ao meu conceito de Natal. Mas a verdade é que mesmo que as lojas demorassem uma hora a fazer o embrulho mais perfeito de todos os tempos, nunca me encheriam as medidas: porque o que eu gosto mesmo é de ser eu a embrulhar as prendas.

Gosto de escolher o papel certo para aquela prenda e para aquela pessoa. Gosto de ver a melhor forma de embrulhar prendas complicadas. Gosto de decidir se ponho um laço, uma fita ou se deixo o embrulho falar por si. Acima de tudo, adoro sentir que o Natal está aí ao virar da esquina e que vou reunir-me com a minha família, conversar, tirar muitas fotos e passar a noite mais fria e comprida do ano com o coração quente.

Alguém me disse, um dia destes, que o melhor do Natal é o tempo em que esperamos por ele o preparamos com todo o primor - e eu acho sinceramente que é verdade. Não há outra razão possível para eu adorar passar horas a embrulhar coisas.

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