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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

31
Out15

Fiz as pazes com a escrita

Voltei ao normal - pelo menos no que diz respeito à escrita, porque continuo com um buraco extra (quase) no rabo que não faz parte da minha fisionomia original. Quando digo que voltei ao normal, falo em termos de escrita. 

Há um mês atrás escrevi-vos dizendo que estava a fazer uma espécie de reabilitação, que tinha-me forçado a escrever no telemóvel porque não conseguia escrever em mais lado nenhum; ora sem inspiração, ora sem vontade, ora sem tema. Já há muitos anos que não escrevia tão pouco; sentia que mais um bocadinho e deixava esta paixão morrer na praia, como tantas outras que deixamos ao longo da vida. Mas a verdade - e felizmente - é que o plano resultou. No período de um mês passei de escrever zero ou um texto por semana a escrever mais de dez (sendo que muitos deles escrevo seguidos, cheia de vontade, e que acabo por ir publicando ao longo da semana senão vocês não faziam mais nada para além de ler as coisas que escrevo - o que, nestas alturas, também é bom, porque intercalo entre textos mais negativos com outros mais positivos).

Tem sido muito bom fazer as pazes com este teclado e tem servido de catarse para muita coisa. É nestas alturas que percebo a importância que a escrita tem para mim, onde a minha forma de desanuviar é poder escrever o que sinto; são as minhas lágrimas, as minhas dores, os meus medos, os meus tremores, os meus ataques de pânico. Tira-me parte da angústia que tenho sentido permanente no peito e que quase me retira o ar e qualquer vontade de fazer o que seja. Escrever é, mesmo, a minha terapia.

Hoje, cinco dias depois da mini-cirurgia, sinto-me já bem o suficiente para me sentar (yeyyyyyy!) em frente ao computador e deitar tudo cá para fora. E que saudades que eu tinha disso.

30
Out15

O melhor bolo-rei da cidade

Escusam de vir com concursos e reportagens sobre o melhor bolo-rei do país, do mundo e até do universo. Não acredito em nada e acho que não preciso de experimentar mais bolos e engordar em vão porque já encontrei o melhor bolo-rei desta galáxia e arredores - e, como sou uma querida, faço questão de o partilhar convosco (embora já o saiba há muito tempo, mas mais vale tarde que nunca!). 

O melhor bolo-rei do Porto está na Duvália, um restaurante/confeitaria com fabrico próprio situado na zona do Campo Alegre e que, para além deste doce típico de Natal - que têm durante todo o ano para podermos matar saudades quando bem nos apetecer, o que é óptimo - tem tantas outras delícias de bradar aos céus. Os jesuítas e seminaristas são muito bons, o mini-bolo de noz é delicioso, assim como a tarte de maçã e a tarte de morangos e chantilly. Mas o bolo-rei, esse sim, tem lugar cativo no meu coração - e, não querendo parecer uma marca de pizza amplamente conhecida, o segredo está na massa. Não sei como o fazem, mas não deve ser fácil, porque nunca comi mais nenhum bolo como este: a massa é sempre super fresca, macia, parece que não seca e que toda a humidade fica magicamente retida ali dentro. Por outro lado nunca têm muitas passas, o que é óptimo, porque é a única coisa que detesto no bolo-rei.

Fica então a dica. Acreditem que é de comer e chorar por mais. Comprei este fim-de-semana o primeiro bolo-rei desta época fria e soube-me pela vida. Aliás, corrijo - soube-me a Natal; daqueles bons, quentinhos, que enchem e aquecem o coração. Estou oficialmente dentro do espírito da época.

30
Out15

As duas palavras da semana: "coragem" e "obrigada"

Estou cansada. Tenho muito para escrever, muito para fazer (tenho medo de olhar para a minha agenda recheada - não sei estar sem fazer nada por muito tempo, principalmente quando sei que há muito para ser feito, mas nestes dias não houve mesmo volta a dar), muito para processar.

Foram três dias de dores internas e externas, ataques de pânico e medo. Porra, tanto medo. Do hospital, das batas, do cheiro, das macas, do bisturi. E da dor, que a dor se repetisse. Que me dissessem que não tinha funcionado, que tinham de repetir, que tinha de continuar a ir diariamente ao hospital. Choro só de pensar. Se para alguém o procedimento que fiz é doloroso por si só, para mim é matar-me. É pôr a minha fobia maior na ordem do dia e obrigar-me a enfrenta-la. Foi duro. Agora estou melhor e, se o processo continuar assim, espera-se que dentro de uma semana esteja sarado. Já não tenho o dreno comigo e só tenho de mudar o penso diariamente. Depois tenho a cirurgia mas... Cada coisa a seu tempo.

Por tudo isto que escrevi, as palavras da semana só podem ser duas: "coragem", por tudo o que expliquei acima e que me vi obrigada a enfrentar (algumas vezes melhor que outras, mas são coisas que saem fora do meu controlo emocional) e "obrigada", por todos os comentários aqui, pelas mensagens no facebook e telemóvel e preocupação em geral. Um obrigada como o das foto: com muitas olheiras, com um sorriso cansado e pouco convincente e um olhar que não será dos mais felizes, mas mesmo, mesmo muito sincero.

28
Out15

As fotos são o que fazemos delas

DSC_0066.JPG

 

 

Uma das coisas que estou a aprender no curso de fotografia é a valorizar a fotografia; valorizar o momento em que se tira, pôr nela a nossa carga de conhecimento e sentimento necessários para que aquela captura seja boa, seja única e que fique para sempre e não fique no meio de umas 30 que tiramos de uma só vez a uma mesma coisa para garantir que uma delas sai bem, numa espécie de tentativa e erro consecutiva e exaustiva. No fundo é passar para o digital aquilo que tenho tentado fazer com a minha polaroid, onde aplico a mesma filosofia e tento deixar para trás esta nova moda de tirar foto a tudo, a toda a gente e em todos os momentos da nossa vida.

Houve duas pessoas que me entusiasmaram desde cedo para o mundo da fotografia e é também por causa deles que hoje estou a tirar o curso: são elas o meu irmão e o meu pai. Sempre os vi de máquina na mão, querendo registar os melhores momentos das nossas vidas. São fotógrafos diferentes, mas inspiram-me cada um da melhor forma: o meu pai mais clássico e o meu irmão mais artístico, como não podia deixar de ser. Foram várias as vezes em que me tentaram explicar termos como "tempo de exposição", "abertura de diafragma" e etc., mas eu sentia-me sempre um bocadinho burra e que o conhecimento que eles me tentavam passar nunca chegava a bom porto. Agora, finalmente!, já começo a perceber tudo isto.

A foto acima foi tirada no dia em que comprei a minha nova máquina, comprada de propósito para este curso. Na altura o meu irmão ainda cá estava e, mais uma vez, deu-me uma mini-lição sobre pormenores técnicos da fotografia, utilizando a máquina em modo manual e uma objetiva sem a possibilidade de foco automático. Aqui sim, foi uma questão de tentativa e erro, para ir vendo os resultados que íamos obtendo. Enquanto ele fazia testes e apontou a máquina para mim, só tive tempo de desfazer o puxo atabalhoado com que ando sempre aqui em casa e sorrir. Saiu a foto acima - desfocada, com falta de luz mas que eu adoro, de coração. Porque foi ele que ma tirou, porque foi no momento certo e tem uma história por detrás. Porque as fotos são o que fazemos delas.

27
Out15

Este blog está de rabo para o ar

 

O dia de hoje não foi fácil - nada fácil mesmo, e incluiu dores internas e externas quanto baste.
Não vou - nem quero, nem me apetece, nem tenho grandes forças - para explicar tudo direitinho. Basta-me dizer que já desde há uns anos para cá que tenho um quisto no fundo das costas, mesmo por cima do cóccix; hoje em dia, pelo que sei, é um sítio tão comum como chato. Nunca foi algo que me incomodasse por aí além, vivemos muito tempo os dois pacificamente, embora ele às vezes "acordasse" e me provocasse bastante desconforto, que passava com um par de comprimidos anti-inflamatórios.
Infelizmente, nós últimos tempos, ele andava demasiado presente - eu tenho aulas muito compridas em cadeiras altamente desconfortáveis e acabo por me apoiar sobre ele (e na zona mais lombar) quando começo a escorregar pela cadeira fora, de tão cansada; por outro lado, as aulas de Pilates têm posições em que a base de apoio é precisamente o sítio onde tenho o quisto, pelo que acabo sempre as aulas com algum desconforto; por fim, a minha posição de leitura antes de deitar também assenta sobre o quisto. Isto provocou inflamações sucessivas, mal curadas, o que julgo que esteja na base na infecção que começou ontem e que fez com que hoje mal conseguisse andar tamanhas as dores.
Depois de uma chamada a um tio cirurgião, tornou-se evidente que tinha de ir de urgência para o hospital antes que a coisa piorasse, tivesse de ficar internada e com um problema que podia demorar meses a sarar. Fui, muito contrariada e com um ataque de pânico à mistura (a quem não sabe, eu tenho iatrofobia - fobia de médicos) e acabei mesmo por ser lancetada. Desde pequenina que me lembro de dizerem que isto não era coisa boa e, de facto, não é. Sofri naquela marquesa, as lágrimas escorriam sem pedir licença e eu dizer um ai. Foi duro. Trouxe um dreno para casa, que só quinta é que devo tirar. Ando mal e com dores, mas já estive pior - quando cheguei a casa piorei gradualmente, de tudo: tive uma descompressão muito grande, tremia muito, estava com um início de enxaqueca e senti-me muito mal. Mas já passou, pelo menos a dose de hoje. Depois do quisto vazio, vou precisar de o tirar em cirurgia, a breve trecho. Mas é viver isto devagar e tentar não sofrer por antecipação.
Estou a fazer o meu melhor e ver o lado positivo da questão - depois de ter isto fora, já vou poder fazer Pilates sem dor e abdominais sem desculpa (se calhar isto não é assim tão positivo, mas uma pessoa tem de se animar com alguma coisa, não é?).

27
Out15

Livros de 2015 - ponto da situação

Depois de, no ano passado, ter lido 20 livros e do meu objectivo proposto ter sido 15 (superei-me em cinco, portanto), este ano desafiei-me a ler 25 livros. Eu gosto muito ler mas admito que, geralmente, não sou uma leitora compulsiva - e quando leio os livros do dia para a noite é sinal de que gostei mesmo muito deles de forma a nem sequer lhes dar tempo para "respirar". Gosto de ler um bocadinho, todos os dias, nos tempos mortos que tenho e antes de dormir; adoro a sensação de querer saber mais, de querer acabar uma obra por não aguentar o suspense e daqueles momentos finais em que me sento no meu cadeirão e usufruo de cada uma das páginas que me restam, como se respirasse o último fôlego de uma vida extra que me dão e que eu tive a oportunidade - e o luxo e a sorte - de desfrutar.

Faltam praticamente dois meses para este ano acabar e eu já tenho 22 livros lidos - muito bom para quem não sabia se ia conseguir atingir a meta proposta! O goodreads afirma que estou adiantada dois livros em relação ao "calendário", o que é bom, porque sei que agora que a faculdade começa a apertar, o tempo para a leitura é cada vez menor. Para além do prazer que a leitura me dá, confesso que fico empolgada com este tipo de metas e que faço um esforço para as cumprir - e sabendo que o fim do ano é sempre complicado devido à faculdade, fiz questão de também ler bastante durante o verão e dar um avanço nesta contagem, para que agora possa estar mais "descansada" e ir lendo com o pouco tempo que tenho. Ainda assim, estou altamente confiante que vou conseguir alcançar o meu objetivo!

Para já estou com dois livros em mãos (coisa rara em mim, mas como os assuntos são muito diferentes abri a excepção): o quarto livro da saga Millenium ("A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha") que, como de costume, está a custar um bocadinho a arrancar e o livro que vos falei neste post "As Delicias de Ella" que, como disse, é muito mais que um simples livro de receitas e tem ainda bastantes coisas para ler, nomeadamente explicações dos ingredientes que ela utiliza. Depois disso e ainda este ano tenciono ler o "Fangirl" da Rainbow Rowell que saiu recentemente em Portugal e quero começar o calhamaço do "Pintassilgo", que tenho aqui em regime de "empréstimo", mas que só vou ler quando tiver o desafio dos 25 livros concluído, uma vez que não faço ideia de quanto tempo demorarei a passar por aquelas oitocentas páginas.

Gostava de ser mais positiva e ambiciosa, mas acho que não vai passar muito disto, porque o tempo não chega para tudo. Se chegar e a vontade for muita, já tenho outros livros na prateleira em fila de espera, mas para já são estas as perspectivas. No final do ano, como de costume, faço um balanço final e, até lá, vou escrevendo as críticas que vocês já tão bem conhecem. O importante é continuar a viver recheada de livros.

26
Out15

Fiz gazeta!

Que segunda-feira é o pior dia da semana já todos sabíamos: mas para mim passou a ser ainda pior, tendo em conta que fui presenteada com um horário do demónio logo para arrancar a semana. Saio de casa às 9h da manhã e só regresso às 7.30h da tarde; a manhã faz-se bem, mas tarde é do pior que pode haver, com duas aulas muito maçudas (e a última com matéria pesada - economia - para fechar em beleza). No domingo à noite já me apetece chorar só de pensar no dia que vem a seguir.

Mas hoje a aula da manhã foi transferida para outro dia, pelo que só tinha aulas à tarde (as chatas!). Decidi dar-me um presente a mim mesma e ter a melhor segunda-feira de todo o semestre: ou seja, fiquei em casa. Eu não sou de faltar sem mais nem menos - acho que, durante este tempo de faculdade, fi-lo menos vezes do que os dedos que temos numa mão. Com isto quero dizer faltar premeditadamente, como fiz hoje, só porque sim; se precisar de faltar por estar doente ou alguém da minha família também ou se estiver super apertada em termos de tempo para entregar um trabalho importantíssimo, falto. Da mesma forma que saio no intervalo de uma aula se perceber que já estou tão exausta que não ouço nada e os meus olhos já estão praticamente a fechar (coisa que acontece, por exemplo, no último tempo de segunda-feira). Mas, enfim, são coisas fundamentadas - e que não faço assim tantas vezes como isso. Já houve muitas cadeiras da faculdade em que não dei uma única falta ou que cheguei a ir a aulas de outras turmas para compensar.

Mas hoje... hoje apeteceu-me. E soube-me tão, tão, tão bem! Fui rebelde por um dia e soube-me pela vida.

26
Out15

Uma ideia altamente revolucionária e útil (ou não...)

Como já disse num post anterior, queria (re)começar a ir fazer umas piscinas, pelo menos uma vez por semana. Nadar sempre foi, sem sobra de dúvidas, aquilo que fiz de melhor no que diz respeito à categoria de "desporto" e foi com alguma pena minha que perdi o hábito de ir semanalmente nadar. O ginásio onde ando agora ando tem uma piscina que não gosto tanto (em relação ao anterior ginásio onde andei) e o pior é a temperatura da água: muitas vezes está demasiado quente para o meu gosto, cansando-me em demasia e provocando-me até algumas baixas de tensão.

Mas, enfim, isto não deixam de ser desculpas. Tenho de começar a ir e pronto, não há piscinas melhores ou piores ou temperaturas de água que me cansem. O que me falta é a força de vontade. Quando entro na água e me sinto a mergulhar toda esta resistência vai à vida, mas chegar até lá é um caminho difícil. E continuar depois das primeiras piscinas também - no início é muito giro, mas uma pessoa acaba por se cansar de estar ali a nadar estilo peixe à volta do seu aquário. 

O que me levou a pensar naquilo que pode ser uma ideia revolucionária no mundo dos nadadores: um phones para usar dentro de água! Os corredores estão sempre com os ouvidos ligados aos seus telefones e dizem que é isso que os faz aguentar mais tempo e da melhor forma o esforço físico. E eu, embora não seja corredora,a credito piamente: a música acompanha-me sempre que estou no computador, sempre que escrevo, sempre que estudo, sempre que conduzo e muitas vezes enquanto cozinho. Acho que só quando estou na faculdade, restaurantes e em saídas é que não estou a ouvir música. Sou uma músico-dependente e tenho a certeza que ouvir música enquanto nadava me ia dar uma força de vontade extra para continuar.

Posto isto, amiguinhos cientistas: aproveitem esta ideia que não estou a pensar criar patente! Fico à espera (por este andar, só daqui a quinze anos é que volto à piscina...)!

25
Out15

Rumo a um estilo de vida (ainda) mais saudável

Eu espero não estar a maçar-vos demasiado com muitas publicações relativas a desporto, comida saudável e, no geral, as mudança da minha ex-vida sedentária para uma vida melhor. Este não é, de todo, um blog sobre isso; já não sou uma couch potato como era quando comecei a escrever, mas acho importante que também vocês acompanhem a minha evolução neste campo como acompanham em tantos outros (profissionais, familiares e etc.). Continuo a ser a miúda que adora fazer sobremesas e que ataca a gaveta dos chocolates quando lhe apetece mesmo muito - só que agora faço-o conscientemente, sei aquilo que ponho à boca e no tacho e o mal e bem que cada ingrediente faz - e tento aprender mais todos os dias. Acho que estou a evoluir no sentido positivo e, se vos puder influenciar de alguma forma, para que se sintam melhor (tal como eu me sinto) já é um bom passo.

Ora então: a parte do exercício físico vai num bom caminho, com doses semanais de zumba e pilates (a que quero acrescentar, pelo menos, uma sessão de natação, mas que não está fácil) que já me deixam razoavelmente satisfeita. O truque é irmo-nos superando dia-a-dia, introduzindo coisas novas. Com a parte do desporto já meio que assegurada, estou a centrar-me outra vez na alimentação (e sim, já racionei os pães com manteiga, embora seja a coisa com que continuo com "mais fome"). 

500_9789892333717_As Delicias de Ella.jpg

Comprei o livro da Ella Woodward - uma cozinheira britânica que me foi dada a conhecer pela minha cunhada (e que tem uma receita que já partilhei aqui convosco). Aliás, cunhada essa que me deu um boost enorme nesta coisa da alimentação saudável e que, apesar de estarmos a muitos quilómetros de distância, me inspira e me manda umas receitas boas para eu experimentar de vez em quando (obrigada!). Mas voltando à Ella: é uma cozinheira vegana que criou um blog há alguns anos depois de lhe ter sido diagnosticada uma doença rara, que curou (ou, pelo menos, eliminou os sintomas) só através da alimentação. O livro dela saiu há muitos poucos dias em Portugal mas, garanto, vale super a pena - comprei-o há muito pouco tempo e estou a devora-lo!

Gosto imenso dela, da sua filosofia e receitas. Eu não quero nem  tenciono (e, não querendo chegar a tanto, talvez nem "concorde") ser vegetariana ou vegan - apenas uso o exemplo dela para me servir das receitas e exemplos maravilhosos que ela tem. Todo este tema dos vegans dava para uma alta discussão, algo que não quero fazer com este post; quero dizer simplesmente que não é minha intenção deixar de comer carne, peixe ou lacticínios, coisas que gosto muito e que fazem parte da minha alimentação variada e (por isso) mais rica. Quero simplesmente aprender mais, aprender a comer melhor e a sentir-me bem com o meu corpo, com alimentos que tenham emm mim um impacto positivo e não me destruam.

Uma das coisas que estou a adorar neste livro é explicar, tim-tim por tim-tim, as vantagens de cada ingrediente usado nas receitas e as diferenças para cada variedade de coisas (por exemplo a diferença entre o leite de amêndoa, aveia e arroz). Eu já sigo alguns blogs com este estilo de vida, mas sinto-me sempre muito perdida por não perceber muita coisa e desconhecer muitos dos ingredientes, o que me faz perder muito tempo a pesquisar (ou deixo simplesmente para depois, porque há dias em que simplesmente não há tempo a perder). Outra parte espetacular é ela explicar como fazer esses leites, as manteigas de frutos secos e etc. - usados neste estilo de alimentação e que, para já, nos são estranhos - para não termos de os comprar com todos aqueles corantes e conservantes terríveis. 

A parte que, para mim, menos impacto tem são os pratos principais confecionados só com vegetais - eu tenho a grande dificuldade de não gostar de legumes (só com raras excepções) a não ser na sopa, mas estou a prometer a mim mesma ir-me habituando aos bocadinhos e ir tentando para educar o meu paladar neste sentido apra poder variar mais (nomeadamente no verão, onde pratos mais pesados de carne não sabem tão bem). Comprei o livro, acima de tudo, para aprender mais sobre estes alimentos e para aprender outras soluções saudáveis, principalmente ao nível dos pequenos-almoços, snacks e acompanhamentos. 

Tenciono por isso, ao longo das próximas semanas, ir experimentando receitas novas e dando o meu feedback de como estas experiências têm corrido. Posso (espero e quero) partilha-las tanto aqui como no blog de culinária do costume (este, agora com visual renovado!) e, se quiserem, posso mesmo voltar aos vídeos do youtube - que tiveram uma receptividade muito boa mas que demoram muito tempo a fazer, por isso tenho de planear tudo muito bem. Por favor partilhem opiniões, dicas e receitas - e, claro, façam o inverso, e peçam o mesmo se estiverem interessados. 

 

(criei a tag #vidasaudável para agrupar estas coisas, por isso já sabem onde podem encontrar futuros posts deste género - estará também na parte das rubricas, na barra lateral)

24
Out15

Miúda de 95 38#

Saltando pela calçada portuguesa

 

Ok, é verdade: esta não é uma coisa que se limita à época de 1995 - muito antes disto já devia existir quem o fizesse e, ainda hoje, acredito que o façam (embora a calçada portuguesa apareça cada vez menos).

Então é assim: quando era criança e andava em sítios com calçada portuguesa e todos aqueles desenhos típicos, vá-se lá saber porquê, enfiava na cabeça que só podia pôr os pés nas pedras pretas. Fazia isto enquanto passeava com os meus pais ou ia a determinado sítio, o que implicava ter de os acompanhar - o que às vezes não era fácil, tendo em conta que tinha de dar alguns saltos de canguru para não perder o jogo e não pousar nem um centímetro do pé numa pedra branca. É claro que dependia dos desenhos, mas havia alguns com bolinhas e ondinhas em que aquilo se tornava verdadeiramente difícil.

Tão difícil que eu reparava nas figuras que fazia e decidia parar. Mas depois aquilo era mais forte que eu e eu continuava - tentava andar normalmente mas se punha o pé na pedra branca, era como se tivesse perdido e o jogo e fazia logo um esforço para voltar às partes pretas. Era um drama para voltar a andar normalmente - suspeito que eram os meus pais que me ajudavam nesta parte, quando eu ficava para trás e eles me davam uma reprimenda.

Confesso que, ainda hoje, se vejo calçada portuguesa, me apetece fazer isto - mas acho que já sou demasiado grande para andar aos pulos entre as pedras e quase rasgar as calças de tanto esticar as pernas, por isso olho para a frente e tento nem reparar nas pedras que estou a calcar. É caso para dizer que, quando crescemos, somos sempre uns perdedores neste jogo da calçada - simplesmente porque já nem tentamos.

 

calcada.jpg

 

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