Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

21
Out14

Das boas mudanças

A terça-feira é, sem dúvida, o meu pior dia da semana. É sair de casa logo de manhãzinha e só retornar ao fim da tarde, e seguir logo para a zumba. Já não bastava ser um dia pesado, com aulas teóricas e chatas, ainda tive o azar de calhar a minha aula favorita logo a seguir. Não é preciso dizer que chego a casa imprópria para consumo, onde só meto qualquer coisa à boca em forma de jantar e sigo direta para a cama de cansaço, dores de cabeça e completa falta de raciocínio.

E isto obriga-me a tomar decisões. Em semanas diabólicas como estas, onde preciso de trabalhar e ter o mínimo de concentração quando chego a casa - porque se pudesse ir dormir logo de seguida não havia grande problema - alguma coisa tem de ficar por fazer. Ou acordo mais tarde e falto à aula da manhã, ou falto à aula da tarde e descanso antes da zumba, ou saio mais cedo da última aula por uma questão de sorte e boa disposição do professor, que me daria alguma margem de manobra e algum descanso entre tarefas. Ou, claro, faltar à minha zumba, que é a opção mais óbvia e recorrente, tendo em conta que não ir à faculdade é coisa rara em mim. E é precisamente o que está a acontecer hoje.

O mais engraçado disto tudo é que, há dois anos atrás, quase que dava um dedo para não ser obrigada a ir para as aulas de educação física e nem me passava pela cabeça pagar para treinar; hoje estou aqui pesarosa porque tenho mesmo de faltar à minha aula preferida daquele ginásio, porque sei que há dias em que o meu corpo não dá para tudo ("e o corpo é que pagaaaa"). Há mudanças espetaculares. Porque hoje, mesmo faltando, sinto-me orgulhosa de mim.

20
Out14

Coisas assim simples

Tão simples como um tejadilho de um carro aberto, enquanto passeava pela marginal com uma das mãos ao vento, depois de ter saído mais cedo de uma aula.

Tão simples como sentar-me no chão, em frente do armário, e sacar do fundo da prateleira as sandálias de salto alto - já arrumadas - para as passear mais uma vez.

Tão simples como o cheiro intenso do mar, numa autêntica noite de verão em pleno Outubro.

 

Há coisas tão simples mas tão boas, não é?

 

DSC_0157.JPG

 

17
Out14

Coisas giras que eu faço

Lembram-se de falar aqui dos cachecóis-manta, como os adorava, como os mais giros estavam na Zara e como um daqueles que aqui publiquei já estava a caminho do meu armário? O que eu não disse é que já tinha comprado um outro cachecol semelhante na mesma loja e, no dia seguinte a ter comprado o da imagem, usei-o durante o dia todo. Resultado: fiquei com pelo entranhado desde os pés à cabeça. E não saía! Nem da roupa, nem do nariz, nem aquela sensação estranha na garganta. Um verdadeiro inferno. 

Fiz figas para que o cachecol que tinha comprado no dia anterior via online não fosse igual, mas esperei que a encomenda chegasse à loja para o confirmar. E assim foi: ontem mandaram-me mensagem e hoje lá fui levantar o cachecol à loja. A caminho da caixa passei pela peça em questão, em exposição lá num conjunto, e verifiquei o indesejado: era daqueles com pelo para dar e vender, que entram por todos os orifícios possíveis e imaginários e se colam à roupa até mais não. A minha decisão estava tomada.

Chegada à caixa, com o telemóvel na mão, limitei a dizer à funcionária:

- Boa tarde. Vinha levantar esta encomenda aqui [mostrei telemóvel]... e devolve-la. 

Ela não achou grande piada. E eu também não. Isto foi uma espécie de lição, como quem diz: "já sabias que não devias fazer compras na Zara; fizeste, lixaste-te." Para a próxima já sei.

16
Out14

Vamos falar sobre a polémica Jessica Athayde?

Que era de mim se concordasse com alguma coisa, não é verdade? Eu juro que não faço de propósito, mas estes pensamentos anti-corrente perseguem-me e inundam a minha cabeça de tal forma que não posso ignorar. Sou assim, do contra. Cá vai disto:

Eu acho muito bem toda esta história das mulheres seres mais boazinhas umas para as outras (em que mundo? da mesma forma que o Sócrates nunca vai deixar de ser um ladrão, as mulheres vão ser sempre más e invejosas, está-nos na essência!); também concordo que somos nós próprias que estabelecemos estes preconceitos e limites estúpidos em relação ao nosso corpo, que somos as nossas maiores inimiga, que queremos mulheres reais. Acho que isto tudo muito bonito e correto e... incoerente por parte de quem proferiu tal discurso.

Sou muito sincera: vi várias fotos do desfile em que a Jessica participou, achei-a gira, mas houve uma foto em particular - essa, mais falada e criticada - em que o ângulo e o timing da fotografia não foram os melhores. Também eu não gostei e também pensei que algo ali não tinha corrido bem: ela não estava gorda, mas sim disformada. Mas, caramba, estava a andar com uns andaimes enfiados nos pés e tem o direito de não ficar perfeita nos 360º que a rodeiam!

Porque para mim é mais do que normal a Jessica Athayde desfilar numa passerele. Não é modelo, mas é atriz e cuida claramente do seu corpo e da sua imagem de forma quase exaustiva. E a questão reside exactamente aqui: a Jessica NÃO é uma mulher real. Não sei quem criticou aquele corpo, mas foi com certeza a inveja alheia a falar mais alto: porque aquele corpo não é o de uma mulher normal, muito menos real: aquele corpo é MUITO cuidado - e a atriz tem orgulho nisso (e porque não?), e mostra-o com os sumos detox que toma todos os dias e quando vai ao ginásio e quando faz treinos com o PT e blablabla. Isso não é mau - mas, quer queiramos quer não, também a Jessica tem um daqueles corpos que idolatramos e que nos fazem querer ser assim; também a Jessica tem maminhas de plástico porque acha que fica melhor assim; também a Jessica é uma figura pública e, ao ser assim, dita tendências e cria preconceitos e estereótipos. A Jessica pode não ser modelo (por não ter as formas típicas - e ridículas - de uma profissional desse tipo), mas podia ser. Ao contrário de 95% das mulheres deste país. Essas sim, mulheres reais. Com o pneuzinho na anca, a coxa mais gordinha do que devia, o braço demasiado flácido. Isso sim, são mulheres reais. A Jessica não é o protótipo da mulher real. E por isso - só por isso - é que aquele texto que anda a circular pelas redes sociais não passa de mais um texto bonito com uma série de utopias que gostaríamos que fossem verdade. Dizer "basta" não muda mentalidades, muito menos quando temos vendas postas nos olhos.

15
Out14

Fritei o meu microondas

Aqui há dias comprei, através do sapo voucher, uma "plataforma" para fritar batatas no microondas. Eu já sabia que era possível - aqui há uns dez anos tentamos isso e ficaram muito boas, mas todas coladas ao prato em que as colocamos - e por isso é que agora decidimos comprar para experimentar. Basicamente é um prato circular com umas rachas onde se enfiam as batatas, para elas poderem ficar na vertical e não se colarem ao prato ou umas às outras.

Pois que recebi a encomenda hoje e testei-a há coisa de meia hora. Cortei as batatas bem fininhas, coloquei-as na plataforma e depois 7 minutos no microondas. Ficaram crocantes, mas não o suficiente; por outro lado, também sabiam demasiado a batata. Tentei um second round, desta vez com 9 minutos no microondas. Ficaram melhores, mais crocantes, o sabor a amido menos intenso.

Passado cinco minutos volto à cozinha e cheira-me a esturro. Literalmente! Não havia nada no fogão, forno ou torradeira, e dei por mim qual cão de caça a farejar tudo (não, não é invulgar em mim, acho que fui um cão na minha outra vida). Achei que estava a ficar paranóica e chamei a minha mãe - e, nesse momento, olhei para o microondas. Estava apagado - quando normalmente tem sempre a informação das horas - e quente. Tipo muito, muito quente. Acho que ao ter fritado as batatas (que têm muito pouca água), fritei o microondas. Teme-se o pior.

13
Out14

Já fui à nova Primark

Esqueci-me de dizer que, no meio desta confusão toda, já fui à Primark. É verdade. Até me apetece andar com umas camisolas à Rock in Rio a dizer "EU FUI!", tendo em conta que isso implica uma grande vitória da minha parte.

Ou não, que estou a exagerar e acho que esta nova primark que abriu é bem mais pacífica que a do Parque Nascente. Das duas vezes que lá fui - sim, duas, mas a primeira foi logo três dias depois da abertura, onde passei só para ver o ambiente porque tinha sessão de cinema logo a seguir - estava tudo relativamente calmo (embora estivessem sempre alguns polícias lá especados à porta). Na vez seguinte fui de manhã, lá pelas onze horas, e quando saí, aí sim, já estava a entrar um batalhão de gente pela loja fora.

O que tenho a dizer não é muito: comprei uma camisa, um básico preto (para experimentar a qualidade e ver se vale a pena comprar mais) e velas. Até agora, as velas estão a ser o melhor de tudo isso - cheiram bem, ardem pouco e são muito bonitas. Para além da quantidade (e qualidade) de gente que aquela loja tem, há um outro problema: as coisas mais giras são também as mais marcantes. Tudo o que é coisas estampadas, diferentes, casacões... são giros, mas muito identificativos. E eu sempre aqui contei o meu truque: tudo o que é básicos, podem até ser da feira (e são - aliás, os melhores básicos que tenho são mesmo da feira); peças marcantes é onde invisto, para poder marcar a diferença. 

Em suma, não está tudo tão mau como pensava. A loja é grande, tem muitas caixas, despacha rápido, e ainda não tive grande drama com estacionamentos no centro comercial ou com gente a mais por metro quadrado sem ser fora da loja (também tenho evitado fins-de-semana, e vou evitar ao máximo na altura do Natal). Prometem-se mais visitas. Quanto mais não seja para trazer um daqueles pijamas fofinhos ou aquelas velas. Ai, as velas! <3

13
Out14

Os cachecóis-manta do meu coração

Tenho muito pouca roupa de meia estação: por um lado sou muito de extremos - ou tenho muito frio ou muito calor, portanto meios termos não valem muito a pena; por outro o meu guarda-roupa faz-se muito à volta dos básicos, que conjugo com algumas peças para dar vida - e os básicos ou são t-shirts finas ou camisolas de manga comprida. Mas este tempo não me tem facilitado a vida e não ando propriamente com vontade de estourar o dinheiro que tenho em roupa de meia estação, por isso encontrei a solução mais que ideal - é "mais" porque para além de ser ideal é linda, espetacular e que eu a-do-ro.

Lembram-se de o ano passado ter pedido ao Pai Natal uns cachecóis-mantas? Pois que não tive sorte e não me calhou nenhum no sapatinho. Na altura comprei um quase de borla, nuns saldos que apanhei, e este ano já comprei outro na Zara (sim, leram bem) - tinha amarelo e, dada esta minha recente paixão, não resisti - e a minha ofereceu-me há dias outro lindo de morrer. E ainda bem, porque têm sido os meus salvadores: limito-me a vestir um básico (t-shirt ou manga comprida, dependendo dos dias) e ponho aquilo por cima. Quando abre o sol, tiro-o, quando começa a escurecer e a vir aquele vento maléfico, enrolo-me nele e já está. Têm sido os meus melhores amigos e a única razão porque ainda não estou de cama com uma gripe (porque a constipação já se instalou há algum tempo). Por outro lado, no Inverno mais rígido também são para usar, para nos aquecermos ainda mais naqueles dias em que parece que o gelo se instalou definitivamente nos nossos corpos.

4219212050_2_1_1.jpg

 

 

 

 

 

 

4219216050_2_1_1.jpg

 

Este já vem morar cá para casa:

4219226064_2_1_1.jpg

4219234050_2_1_1.jpg

 

Todos da Zara. (Sim, a Zara, no que diz respeito a cachecóis, ganha a olhos vistos). 

12
Out14

"Vigo, vigo, vigo"

Ao ouvir uma música na rádio, o meu sobrinho mais velho pergunta-me:

- Tili, sabes o nome desta música?

- Sei, mas não me lembro. Depois digo-te.

- Eu nunca me lembro! Eu e os meus amigos andamos sempre a tentar encontrar, mas nunca nos lembramos. Eu escrevo a letra no YouTube, mas esta não consigo encontrar. Mas ainda há dias escrevi aquela música do "Vigo, vigo, vigo" (canta com o tom da Wiggle) e encontrei!

 

Miúdos que não sabem inglês a cantar músicas em inglês são mesmo o melhor do mundo (o YouTube do rapaz também deve ser o melhor do mundo, para encontrar a música "Wiggle" com a palavra "vigo"!).

Pesquisar

Mais sobre mim

foto do autor

Redes Sociais

Deixem like no facebook:


E sigam o instagram em @carolinagongui

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Leituras

2024 Reading Challenge

2024 Reading Challenge
Carolina has read 0 books toward her goal of 25 books.
hide


Estou a ler:

O Segredo do Meu Marido
tagged: eboook and currently-reading
A Hipótese do Amor
tagged: currently-reading
I'm Glad My Mom Died
tagged: currently-reading
Spare
tagged: currently-reading

goodreads.com

Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2016
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2015
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2013
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2012
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2011
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D