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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

12
Dez13

Espírito natalício

Ao contrário do que seria de esperar - e do que já se passou em anos anteriores - o Natal este ano está a encantar-me. O ano passado também partilhava este sentimento, mas passei aí uns anos um bocadinho revoltada com esta época - não sei se por estar magoada, por ter de me reunir com a minha família com quem me desprendi um pouco na altura ou por estar triste por o meu conceito de Natal ter sofrido alterações obrigatórias: o facto do meu irmão não estar cá. Este ano passar-se-á o mesmo: nós cá e ele longe, desta vez algures na China.

E se por um lado é uma época que me agrada, que tem todo um espírito que me envolve e encanta, por outro fico extra sensível, cheia de saudades e com uma vontade de mimar os outros pouco característica em mim. Lembro-me muitas vezes do meu irmão, da falta que ele me faz e de como o queria ter aqui no dia de Natal. Falta sempre uma peça de mim quando ele não está aqui connosco. E talvez por isso, de cada vez que ouço aquela música do "a todos um bom natal" ou qualquer alusiva a esta época que me diga algo em especial (aquela canção lembra-me muito a minha infância, e particularmente de um anúncio de TV em que passava um comboio, acho - alguém se lembra?), que fico com o coração apertado e a lágrima a querer saltar cá para fora. Mas enfim, tenho-me contido e aproveitado esta época o melhor que posso. 

Aliás, tenho-a aproveitado tão bem que hoje dei um tiro às aulas para ir despachar mais algumas prendas. Ahhhh, nem sei descrever o quão bem me soube.

11
Dez13

Assaltante sem intenção (ou como dei o meu primeiro bate chapas)

Isto tem sido uma semana cheia de peripécias. Pergunto-me - com medo - o que virá a seguir.

Ontem dei o meu primeiro bate-chapas. Literalmente (escusam de estar a pensar noutras coisas, está bem?). Estava atrasada para a faculdade, parada numa fila de trânsito, e decidi olhar para o banco do pendura à procura do papel do parquímetro que tinha tirado naquela manhã; inclinei-me e, sem querer, devo ter aliviado o pé do travão. Ainda estava a olhar para o banco quando ouço o "puum" e sinto o embater. Assustei-me tanto, que nem sei descrever. Fiquei irritada, chateada, medrosa e preocupada; não me acreditava que aquilo estava a acontecer. Fiquei tão abananada que nem sequer saí do carro: quando o senhor da carrinha saiu para ver os estragos, calculo que a minha cara estática fosse de espanto e a boca em forma de O. O senhor foi impecável, disse que não tinha sido nada e para seguirmos sem problema - enquanto ele gesticulava isto, eu continuava no carro, boquiaberta e petrificada. Só descongelei quando ele já ia a entrar no carro, e ainda fui a tempo de abrir a janela e de pedir mil desculpas. Dia estragado.

Hoje não foi tão mau assim - pelo menos não no sentido de que me poderia ter magoado ou estragado alguma coisa. Ao sair, derreada, do ginásio, dirigi-me ao carro; quando estava a chegar, cliquei na chave para o abrir e lá fui. Vi a luz ligada, como usual (ou pelo menos acho que vi), abri a porta e acho que cheguei a atirar a minha mala para o lugar do passageiro. Nisto, reparo que há papéis nesse mesmo lugar, e julguei imediatamente que tinha sido assaltada e que tinham deixado lá os documentos. Um microssegundo depois, olho para a superfície onde os papéis estavam pousados: era couro! Couro! Meu deus, o meu carro é em tecido! Aquele não era o meu carro!!! Fechei de rompante a porta e saí rapidamente dali, olhando à volta, esperando ver um dono furioso por invasão de propriedade ou a acusar-me de furto. Não havia ninguém, para bem da minha bela saúde. Em minha defesa, vale dizer que o carro era tal e qual o meu, sem tirar nem pôr.

Moral da história: um segundo achava que tinha sido assaltada, no segundo seguinte a assaltante era quase eu. Coisas irónicas da vida.

10
Dez13

Mais um crónica - "Não sou pelo coração"

Isto agora é assim, quase que fabrico "crónicas" por encomenda. 

Com a falta de inspiração que me é característica quando tenho de fazer este tipo de textos "encomendados", decidi inspirar-me em publicações que por aqui tinha, mais antigas. Decidi pegar numa e dar-lhe uma grade reviravolta, aumentando-a e, espero, melhorando-a. Como de costume, não podia deixar de partilhar por estas bandas:

 

Dizem que nos partem o coração de cada vez que sofremos um desgosto amoroso. Mas sejamos realistas: nada se estilhaça quando alguém nos dá “uma tampa” ou termina um relacionamento de longa data. Nada parte, nada fica desfeito em pedaços. Mas nós, teimosos, dizemos que sim, que estamos todos partidos por dentro. O coração, então, é o nosso maior alvo! Parte-se vezes sem conta, sem dó nem piedade, e nós teimamos em desmancha-lo á força.

A minha questão é: porquê? Porquê o coração? É verdade que, sem ele e o seu ritmado bombear, morreríamos. Mas e se os pulmões pararem? E o fígado? Pois é, aí sim, ficamos desfeitos. Literalmente.

Eu nunca fui uma entusiasta do coração; nunca percebi o alarido à volta deste órgão vital. Uma vez, algures no meu ensino básico, lembro-me de ter ficado desiludida quando olhei para um coração de porco verdadeiro, ali ensanguentado e feio em cima das minhas mãos. Perguntei-me rapidamente como é que alguém se poderia ter inspirado “naquilo” para fazer o típico desenho que conhecemos, bem redondinho e bonito. Tenho em mim que alguém, num belo dia, teve um magnífico rasgo de inspiração.

Mas eu não sou preconceituosa: um órgão feio pode perfeitamente dar origem a tantas belas metáforas e estar ligado a um sentimento tão nobre como o amor. Se calhar, quem sabe, até o fizeram por solidariedade e pena, devido à sua evidente falta de beleza, ou não fosse o pobre órgão sentir que o desprezávamos “só” porque a sua principal função é a de nos manter vivos (algo que por vezes tanto desconsideramos). Assim, decidimos providencia-lo de uma outra característica, que a maioria de nós considera quase tão valiosa como a vida: o amor. O amor vem do coração, está no coração, parte o coração, despedaça o coração. O amor e o coração, sempre juntos.

Mas não para mim, não a partir de agora. Eu sou pelos originais, pelos que sobressaem, pelos que não se seguem pelos outros. Um dia, aos meus netos, vou contar-lhes que alguém me magoou, num passado longínquo; que algo em mim se “partiu”. Algo que também nos faz falta, não menos metafórico e não mais bonito. Um dia dir-lhes-ei: “na altura em que o coração era tudo, a mim, partiram-me um pulmão. E doeu-me. Mas um dia voltei a respirar.”

10
Dez13

Em busca da francesinha perfeita 3#

Francesinha #3: na Alicantina (Campo Alegre).

Há mais de uma semana decidimos continuar a nossa busca. A intenção era ir ao Capa Negra II mas, como de costume (ai a crise!), este estava a abarrotar de gente e nem sequer nos demos ao trabalho de tentar. Passamos logo a outra opção - em que eu não estava nada confiante - mas que, diziam alguns, era uma boa tentativa.

O meu pai andou a pesquisar no TripAdvisor e, segundo diziam algumas pessoas, a francesinha da Alicantina era a melhor do Porto (claramente que não sabem o que é bom, mas enfim, não me vou estar a adiantar). Eu nunca lá tinha ido, mas a ideia que tinha era de um café transformado em restaurante, perfeito para refeições rápidas, típicas de trabalhadores ou estudantes que tivessem sempre de comer fora, de uma forma barata e rápida.

Qual não foi o meu espanto quando cheguei lá e vi, de facto, que até os individuais eram uma publicidade às suas francesinhas; tinham até a história da dita delícia, onde havia sido criada, como era feita, entre outras coisas. Fiquei mais esperançada, mas foi em vão.

A inicio, até nem me pareceu muito mal: era uma mistura de todas as francesinhas que havia comido até agora. Não muito picante, mas forte em molho inglês (e eu prefiro assim, que o picante tolda-me o paladar). O pão de forma não era ligeiramente torrado, como eu gosto e o bife (no inicio até me parecia carne assada, mas conclui depois que não) era uma desgraça. Ainda estou para encontrar uma francesinha com um bom bife: que não seja duro, que não seja fraco e que se corte bem. 

É chato andar a engordar quando as coisas não nos sabem como queremos. Não é que seja intragável, muito longe disso! Mas não está nem perto da qualidade do meu "falecido" Gambamar, de quem tantas saudades tenho. Há que continuar a engordar em vão, portanto. Na mira continua o Capa Negra II e o Café Santiago.

09
Dez13

Chocolataria Equador

Estou uma mãos largas no que diz respeito a sugestões. Ou não, só vos quero é ver engordar enquanto eu estou aqui a emagrecer, enquanto só bebo chás e como pão (mas lembrem-se, não é por opção, por mim estava aí a comer Rafaellos a torto e a direito). 

Mais uma vez, venho contar-vos uma das maravilhas da minha cidade. Chama-se Chocolataria Equador, fica no ínicio da Rua das Flores, e deteta-se a quilómetros só por aquele cheiro delicioso. Já agora, fica a dica: é óptimo para prendas de natal. Para além dos chocolates bons e para todos os bolsos, as capas dos mesmos são muito, muito giras. E também tem para todos os gostos: com leite, preto, branco, com sabores a frutas... enfim, uma festa! Aproveitem e comam por mim, já que eu estou aqui neste regime malvado.

 

08
Dez13

Termos portátil

Preciso de uma ajudinha. 

Agora ainda me dava mais jeito, dado a esta crise de vesícula ou gastroenterite ou o que quer que isto seja, mas eu já antes disto que andava à procura de uma termos (se possível gira) que pudesse levar para a faculdade e beber diretamente. Simplificando e tornando tudo mais claro: eu morro de frio naquele pólo. Para não ir para lá de manta, porque seria demasiado mau e me daria ainda mais sono do que o que tenho, lembrei-me que beber chá quente seria algo bom. Agora que estou a chá e mais meia dúzia de coisas ainda mais jeito me daria, mas enfim, já vim tarde.

O que eu queria perguntar é se alguém tem ou sabe de algum sítio jeitoso que venda destas coisas. Eu sei que na América isto usa-se muito: eles metem lá o café (fraquinhoooo) e vão-no bebendo ao longo do dia, sem que ele arrefeça nem que verta quando está na mala. E eu queria algo assim, e evitar mandar vir pela internet (primeiro porque o queria em breve e segundo porque gostava de ver os materiais e assim). Portanto, a derradeira questão é: alguém sabe de algum sítio onde se venda uma destas pequenas relíquias que me possa tirar este frio horrendo que me invade todos os dias? Obrigadinha =)

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