Não há cá invasões
Há muita gente que, quando deixa aqui um comentário esporádico e, normalmente, pela primeira vez, começa assim "desculpa a invasão, mas tinha mesmo de comentar este post". Confesso que, de cada vez que leio isto, me dá um bocadinho de comichão.
Embora eu às vezes o trate assim, este blog não é uma casa: não tem muros, uma fechadura, um portão. É aberto ao público e isso significa que estão livres de expressarem qualquer tipo de opinião, quando quiserem e em que publicação desejarem. Não posso dizer que escreva somente para vocês lerem, mas hoje em dia isso é de facto uma realidade: a escrita é a minha terapia, o meu psiquiatra privado, o meu choro e os meus sorrisos; é um dos meus "sítios" mais puros, e é acima de tudo por uma questão de sanidade mental a razão porque escrevo. Mas podia faze-lo num diário, e não faço. Hoje, nem sequer conseguiria. Estou habituada que leiam o que escrevo, por muito parvos e desnecessários que sejam os meus textos; adoro da minha "clientela" habitual, mas agrada-me particularmente quando pessoas de fora se sentem atraídas pela caixa de comentários e, de certa forma, mostram o seu apreço. É para isso que eu aqui estou.
Pedirem desculpa "pela invasão" é o mesmo que pedirem desculpa ao autor de um livro por terem lido a sua obra. Não faz sentido. Vocês não têm de pedir desculpa - nós é que temos de agradecer.