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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

31
Out13

Zumba

Eu sei, já esperavam o meu feedback há algum tempo. Como é que é aquilo? Como é que uma pessoa que não gosta de dançar consegue ir para aquelas aulas? É muito puxado? É chato? É giro? Tens algum jeito? Calma, meus amigos, que todas as respostas virão a seu tempo!

Vale dizer que, na primeira aula, saí feita num mar de água. O soutien desportivo, novinho em folha, quase que dava para espremer de tão molhado que estava; já não me via assim vermelha como um tomate e com as pernas meias gelatinosas há um belo tempinho. Mas, verdade seja dita, que até achei piada à aula: óbvio que não apanhava tudo à primeira, e dificilmente à segunda: mas, eventualmente, lá acabava por conseguir. Sempre descoordenada, sempre a enganar-me, sempre um passo atrás, não me chamasse eu Carolina, mas fazia, e dei verdadeiramente o meu melhor. A vantagem de tantos anos de educação física e de tanto desastre envolvido com o desporto, resultou numa descontracção difícil de arranjar: enganar-me, para mim, é regra. Eu, felizmente, tenho a capacidade de rir quando me engano, quando fico fora de tempo ou, simplesmente, não consigo fazer o passo. Foram tantas as vezes que chutei para fora, que a bola não entrou no cesto e que a roda não saía direito (nunca saiu, nunca a consegui fazer) naquelas aulas de desporto que acabei por me habituar. É o normal. E pontos fracos? Não gostei muito do barulho e da "histeriquice" que se faz sentir dentro da sala. Ele é gritos, é urros, é cantorias desafinadas... era mesmo necessário? Uma dança mais ritmada e lá estão os urros de alegria. Mas pronto, como se costuma dizer, é um mal necessário.

A segunda aula a que fui era com outra professora e não gostei assim tanto. Exercitei-me menos e não consegui apanhar metade das coreografias - era mais dança, com muito mais técnica do que fitness - e enquanto eu me preocupava em acompanhar, ela já ia muito mais à frente e eu já tinha perdido o fio à meada. Não deixarei de ir por causa disso - até porque o pessoal que já lá anda há muito tempo já sabe aquilo de cor e salteado e já pula lá pelo meio como se aquilo fosse tudo deles - mas, de facto, é menos motivador, principalmente para um pé de chumbo como eu.Se é algo que adore fazer e que vá cheia de vontade? Não. Se prefiro ficar a jogar candy crush no sofá? Prefiro. Mas, já que tem de ser, que seja Zumba! E eu tenho andado a precisar de desanuviar e de deitar más energias cá para fora, pelo que até tem sido bom. Em compensação, sempre consigo (ou tento) manter a forma e dizem os estudos que sou, oficialmente, uma pessoa mais saudável. Há que fazer esforços...

 

Uma das músicas que por lá andam (e que eu gosto, só assim por acaso):

31
Out13

Ontem [em fotos]

Ao sair de casa deparei-me com este espectáculo. Por mero acaso - e sorte - tinha uma máquina toda XPTO na carteira, saquei-a de lá rapidamente, parei o carro mesmo no meio da estrada (não se assustem, isto aqui é pouco concorrido), e entretive-me a tirar fotos a esta cabra fugitiva. Valeu-me umas gargalhadas, quando dei com ela no meio da rua e de cada vez que ela se punha aos saltinhos por eu andar, muito lentamente, com o carro. Ainda há dúvidas que eu vivo no meio do campo (mesmo sendo no meio da cidade)?

 

Uma pista sobre o meu trabalho de fotografia. Esta foto não vai estar propriamente para o meu portfolio, mas a luminosidade e as circunstâncias já não me interessavam particularmente, pelo que me dei ao luxo de divagar. Onde estou, onde estou?

 

No Majestic, enquanto esperava pelos meus scones e me entretinha com a máquina fotográfica no regaço. Ainda houve quem reparasse que eu estava no meio de experiências fotográficas e que não era propriamente ao café em si, mas não estou nem aí. Valeu a pena. O resultado foi bom e acho que a foto "me transmite" bem, principalmente durante estes dias.

29
Out13

O meu silêncio aqui?

"Só o primeiro passo é que custa. Mas, depois de dado o primeiro passo, o segundo é o primeiro depois desse. É bom reparar nisto e não dar passos nenhuns... Todos custam."

Do eterno Génio, Fernando Pessoa, Livro do Desassossego

(e não, eu não minto: nestes dias, este é o meu livro de eleição, a minha escapatória, as palavras que sei que não conseguirei dizer mas sei que estarão algures aqui escritas, nestas seiscentas páginas. Hoje não foi excepção, como se pode ver).

 

É igual ao que existe em pessoa. Se não há inspiração para escrever, que é a minha casa, a minha cena, o meu refúgio, a minha paixão, como devem imaginar, não há inspiração para mais nada. Nem o sol hoje conseguiu fazer sorrir o meu dia. Estou só à espera que passe.

28
Out13

Next stop: ?

Eu sou movida por projetos que tenho em mente. E, se gosto do que faço, dou sempre o meu melhor e tudo aquilo que tenho, independentemente das implicações: menos horas de sono, menos tempo para fazer o que gosto, mais horas em frente a um ecrã ou a uma folha de papel... enfim, tudo o que for necessário. Tenho dois antípodas em mim: eu sei trabalhar até não poder mais e desistir com toda a facilidade do mundo. Tudo depende das minhas expectativas, daquilo que espero de um projecto e da forma com que ele vai correndo. E é como uma bola de neve: se corre bem, quero ainda mais. Se corre mal, e mesmo depois de tentar, continua a correr mal, facilmente desisto e parto para outra. Normalmente consigo ser muito directa e fria, pelo que é comum acabar as coisas pela raiz.

E acho que este é um dos meus problemas actuais: não tenho nada em mente. É que nem projeto, nem trabalho, nem um plano do futuro. Não me lembro de andar tão à nora neste mundo: para além deste blog, não tenho mais nada que queira impulsionar; não estou a tirar um curso para exercer e não faço ideia do que fazer quando, daqui a três anos (esperemos) me derem um diploma para a mão. Quanto ao futuro, só sei que nada sei, e tenho plena consciência que me faz falta algo que me motive, que  traga em mim a garra que já vi noutros tempos: levava tudo à frente, a minha cabeça não parava para pensar em coisas tristes e era sempre andar!

Agora ando a apalpar terreno. Não para coisas grandes, mas para algo que goste e que me puxe. Sinto necessidade de sair um bocadinho, de conhecer novos campos, de dar algo de mim a outra coisa que não seja a faculdade (que, diga-se de passagem, não é nada recompensador: uma pessoa trabalha, faz um exame e um trabalho, dão-nos uma nota e siga para outra: uma seca). 

Hoje foram falar-nos da rádio da faculdade; falaram, entre outras coisas, de um programa de cinema, e era ver os meus ouvidinhos aguçados a retirar toda a informação possível e necessária para que pudesse investigar e saber mais. Tenho de pensar no assunto, vasculhar entre aquilo que posso, e depois decidir. Mas sempre tive curiosidade em fazer rádio e... porque não?

27
Out13

Mais um fim-de-semana

Daqueles raros. Despenteados, de sapatilhas, roupa desportiva pronta a sujar e a levar com tudo o que é porcaria em cima. Ontem foi dia de ajudar nas limpezas e nas mudanças de uma casa, hoje voltamos à carga na desfolhada que acabamos por não completar há duas semanas atrás. Com tudo o que há direito: família, gargalhadas, discussões como de costume e, claro, comida, muita comida (ele é rojões, papas de sarrabulho, francesinhas, tartes de maça, bolos.... enfim!). Foi daqueles dias de em que que o rabo pouco pousou na cadeira e que não é fácil conseguir estar em frente a um computador durante mais do que dois minutos. Que venha mais uma semana (e eu sem vontade nenhuma).

 

26
Out13

Coisas boas no mundo das unhas

Serve este post para confirmar um outro que já aqui tinha feito sobre o Overlacquer da MAC: comprei-o há mais de um ano e durou-me até agora (e não terminou, mas acabou por engrossar e já não funciona como devia). São quase quinze euros para um frasquinho minúsculo mas que, como se vê, dura uma pequena eternidade. E eu uso-o muito! Aliás: uso sempre. Se tenho as unhas pintadas, este relíquia também está lá. Continua a ser o meu melhor amigo no que diz respeito às minhas garras (tanto as postiças como as naturais): ficam brilhantes, secam muito mais rapidamente, a tinta perdura por mais tempo e não fica com marcas se me for deitar pouco depois. Paraíso, portanto.

Aproveito também para dizer que uma das minhas últimas aquisições neste campo foi na Sephora: o express nail polish remover. É um frasquinho cor-de-rosa com uma esponja lá dentro, completamente embebida em acetona. Uma pessoa enfia lá a unha, roda e voilà, o verniz foi-se! É prático, apanha todos os cantinhos que onde normalmente o algodão não chega e é muito, muito mais rápido! Uma maravilha. 

Estou a ficar uma fã incondicional destas modernices manicurianas

25
Out13

Histórias da Olívia, a diaba

Era uma vez uma cadelinha com quatro meses, chamada Olívia, que pesava à volta de 25 kilogramas. Ela tinha um focinho muito doce e um pelo de ovelhinha macio e fofo mas, por detrás dessa mascara, escondia-se uma pequena alma terrorista que dava de si nos momentos mais inesperados. Muitos eram aqueles que se deixavam enganar pelos seus olhos ternos e nunca poderiam esperar as diabruras que a pequena poderia fazer.

Certa noite (ontem), Olívia conseguiu entrar para dentro da garagem e, coscuvilheira, descobriu uma taça com duas dúzias de ovos em cima de uma mesa. Saltou, atirou o balde para o chão e os ovos partiram-se todos. Aflita com a asneira que fez, ocorreu-lhe que tinha de limpar aquilo que havia feito. Como? Comendo os ovos - com direito a casca e tudo, para prevenir uma possível osteoporose com cálcio extra - e, possivelmente, partilhando o grande banquete com os outros compinchas que partilham a casa com ela. No fim, ficaram todos felizes menos os donos, que para além de terem perdido a possibilidade de fazerem muitas omeletas e coisas que tais, ainda tiveram de limpar a sujeira restante da ceia da noite anterior.

 

25
Out13

Aquilo que passou

Se há coisa que eu respeito foi aquilo pelo que passei. Fases boas, más, maravilhosas ou péssimas. Tento fazer jus àquilo que senti e pensei na altura e não ao que vejo agora, já mais distante da situação, mais adulta, com, muito provavelmente, um ponto de vista diferente.

Eu não me martirizo por, algures no quinto ano, ter andado as turras com as fracções e ter berrado aos sete ventos à conta daqueles tracinhos com números quando hoje aquilo me parece a coisa mais fácil de sempre; eu não tenho vergonha de ter mudado do curso dos crânios para o "dos burros" quando senti que precisava de o fazer; também não tenho vergonha dos vários ataques de pânico que tive de cada vez que tinha de olhar para a cadeira do dentista; não fico embaraçada comigo mesma quando penso que me martirizei tanto por pessoas que não o mereciam. Aconteceu, foi assim, era assim que sentia as coisas na altura e acho que, simplesmente, tenho de o respeitar. Não vou esquecer o que fui, o que passei: não vou gozar com as reacções que tive, fazer pouco do meu sofrimento só porque já faz parte do passado e já não o sinto aqui dentro.

Faz-me um bocadinho de espécie as pessoas que ridicularizam aquilo por que passaram, que se esquecem como foram, que só ligam ao presente, porque lhes parece que só esse é que é real. Há uma diferença entre deixar o passado para trás e fazer de conta que ele não existe. É triste negarmos quem fomos e termos vergonha disso, principalmente se esse passado tem algum valor. Às vezes devíamos era ter vergonha daquilo em que nos transformamos e não daquilo por que passamos. O produto final é, muitas vezes, mais fraco do que a própria matéria prima.

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