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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

03
Jul13

Hoje foi o meu primeiro dia de praia

Eu tinha a intenção de morenar um bocadinho mais, de tirar fotos para pôr no Instagram e vos mostrar alguns adereços que levei comigo... mas não aconteceu.

O que aconteceu foi que eu vivo no Porto. E apesar de termos praias fabulosas, temos também uma coisa horrorosa: chama-se nortada e fez-me ficar estilo croquete em apenas quinze minutos. Para além da sua intensidade, era geladinha que só ela, pelo que não aguentamos muito tempo: pegamos nas nossas tralhas e rumamos a minha casa, que tem uma espécie de microclima ali na zona da piscina. Passamos o resto da tarde dentro e fora de água e na conversa, enquanto desfrutávamos do sol (e da falta de vento gelado).

A praia, o mar e as fotos ficam prometidas para outra altura. Que, a julgar pela falta de nortada, será no dia de S. nunca à tarde (é, isto no Porto não é fácil...). Vamos esperar por melhor sorte.

 

03
Jul13

Reflexões de uma (ex?) anti-social

Aqui há dias disseram-me que nós, mulheres, nem a nós próprias nos compreendemos. Eu neguei prontamente, tendo em conta que tinha a certeza do que estava a dizer naquele caso específico, prova que naquele campo eu percebia daquilo que o meu próprio sexo pensava, de uma forma geral. Mas agora, não sei se é por ser mulher ou não, não me percebo...

Racionalmente, aquela parte de mim que está sempre presente em quase tudo o que eu faço (exclui-se aqui a minha reacção aos médicos), eu sei que preciso de pessoas para viver e estar bem. Sei porque tenho termos de comparação - eu passei anos a poder dizer que não tinha um amigo sequer, e sei como os passei: se é verdade que era muitas vezes aquilo que eu queria, por outro lado as minhas crises meias depressivas também tinham de vir de algum sítio. E estes últimos dois anos, os únicos que posso assinalar como aqueles em tive companhia, que fiz amigos e pessoas em quem confiar, foram muito melhores.

Mas a verdade é que eu - no meu mais puro estado - continuo aqui. Apesar de saber o que quero, o que preciso, há sempre uma parte de mim que me desliga da parte social. Lembro-me muitas vezes de um filme que adorei, o "Up in the Air", com o George Clooney, em que ele não tinha amigos fixos, uma parceira com quem estar sempre, uma família sempre em contacto - ele vivia no ar, a trabalhar, sem uma morada a que pudesse chamar casa. Recordo-me do facto de essa ideia me atrair e só depois me aperceber que, apesar de poder ser real, a personagem seria tremendamente infeliz.

O meu truque não é difícil de entender: chama-se afastamento progressivo. Para além de não ser difícil, é ridículo. Se me perguntarem se o faço por alguma razão especial, não, não faço. É algo que me é intrínseco - eu gosto das pessoas e não percebo porquê que o faço. Não sei se o excesso de proximidade ajuda ou não - se me canso ou me desaproximo excessivamente delas devido à falta de contacto; não percebo se é medo de ser deixada pendurada, de confiar no mais próximo. Enfim, não tenho razões - sei que, quando me apercebo, já estou num processo de desvinculação e com uma preguiça mais do que enorme para reverter aquilo que foi feito.

Suponho que isso faça de mim uma pessoa ainda pior. Depois de tanto tempo sem ter ninguém, quando tenho, acabo por as desperdiçar; quando, por fim, alguém vê em mim algo que não é algo temporário, em que vale a pena investir... eu, eventualmente, acabo por desistir.

Ao fim e ao cabo, acabo por ter aquilo que mereço. Em bom português: mudarmo-nos a nós mesmos é uma merda do caraças.

02
Jul13

Remar contra a maré

Se eu fosse o Vìtor Gaspar, já me tinha demitido há muito tempo - não porque achasse que o meu lugar não era aquele ou tivesse a fazer um mau trabalho, mas sim porque nenhum dinheiro do mundo vale a calma e a paz, coisa que não se tem quando se está numa posição daquelas. Pelo contrário, a única coisa que sai na rifa do pessoal do governo são manifestações e insultos gratuitos. E o mesmo se aplica a Passos Coelho.

Se eu fosse Maria Luís Albuquerque, tinha a decência de nunca aceitar um cargo de tamanha importância, tendo em conta já estar mergulhada até aos cabelos na polémica das swaps.

Se eu fosse o Paulo Portas e visse quem tinha ido para aquele cargo essencial do governo, também me demitia.

Se um dia me pedissem para  governar este país, por muito dinheiro que fosse, eu dizia que não - porque não estou para aturar tamanha confusão, tamanho povo (muitas vezes ingrato) e tantas preocupações em troca de um salário mais chorudo.

 

Posto isto, resta-me deixar os parabéns a todos os que aguentaram - e aguentam - estar lá durante tanto tempo. E ainda mais a Pedro Passos Coelho, a quem deixo uma especial vénia, por ainda ter esperança - e força e paciência, acima de tudo - para continuar à frente de Portugal. Ao contrário de tudo e todos, eu não o insulto, não o gozo nem faço tensões de o mandar para casa. No fundo, só tenho pena da sua teimosia e perseverança, sendo que me resta apenas desejar-lhe a melhor sorte possível.

 

Esta é e sempre foi a minha posição em relação ao governo actual, que nunca descredibilizei. Agora podem começar a atirar pedras, a dizer que eu não percebo nada disto, que isto e aquilo... mantenham apenas em mente que a minha posição não irá mudar, tal como eu sei que não irei mudar a vossa, seja ela qual for.

01
Jul13

Still alive

Eu arranjo sempre tempo para escrever. Dizer que não escrevo porque me faltam os minutos seria uma mentira, porque eu roubo tempo a quase tudo para poder teclar um bocadinho neste meu blog. A verdade é que os meus dias têm sido passados em casa, na piscina, rodeada de família - e escapadinhas ao quarto para escrever não fazem mal a ninguém.

Mas, a bem dizer, eu não sei sobre o quê que hei-de escrever. Tenho fases assim, em que se me esvai a inspiração e eu fico muda. Aqui há dias disseram-me que eu escrevia demais (ou muito, já nem sei). Na altura, acho que até concordei - há dias que eu escrevo demais. Eu pergunto-me até se as pessoas lêem tudo aquilo que eu escrevo - uma vida tão banal como as outras, tão chatinha como a dos outros comuns mortais, porquê que hão-de se chatear a ler tudo o que digo para aqui?

E é isto. Era só para dizer que estou viva e que deve aparecer um texto aqui algures, em breve (ou não), tirado a ferros. O único texto que tenho neste momento em mente não está escrito na minha cabeça, pelo que está complicado passa-lo para aqui. Mas esperar é uma virtude e ele há-de chegar.

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