Aqueles anúncios que transpiram verão
Este é um deles. Belo trabalho da tmn. Se me perguntarem porquê, talvez não saiba responder: mas verão para mim é isto. Ondas, brincadeiras, cozinha. Enfim... verão é verão.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Este é um deles. Belo trabalho da tmn. Se me perguntarem porquê, talvez não saiba responder: mas verão para mim é isto. Ondas, brincadeiras, cozinha. Enfim... verão é verão.
Embora a maioria das mulheres ainda se sinta "reduzida" quando tem cabelo curto (ainda há dias falei com uma amiga que teve mesmo de cortar o cabelo acima dos ombros e que está traumatizada para a vida, não gosta nada daquilo, não se sente nada feminina e está mortinha para que os fios de cabelo cresçam), eu sou o oposto.
Acho que há uns dois anos que não tinha o cabelo assim tão grande e... estou ansiosa por o cortar! Depois do último corte fiquei suficientemente traumatizada para ter vontade de o deixar crescer - escaleio-o, mas como estava curto e não tinha peso suficiente, acabava por levantar e ficar horrível. Já se passaram sete meses, o cabelo já está abaixo do ombro, as pontas espigadas e a cabeleireira, de certeza, com saudades minhas. Tenho andado a aproveitar o comprimento do meu cabelo para fazer inúmeros penteados e aprender a fazer tranças (embora o dito ainda não seja suficientemente grande, já dá para experimentar) e puxos via youtube, tendo em conta que esse é o grande ponto fraco dos cabelos curtos: nar dar grande margem de manobra para grandes penteados. Têm sido uns belos dias, mas acho que estão prestes a acabar.
Já tenho saudades de um corte definido, de não ter de andar a esticar o cabelo que já começa a encaracolar, de não ter as pontas espigadas porque vou quase de mês a mês acertar o penteado. Não nego que o cabelo grande me faz sentir mais senhora, mais parecida com a figura que idealizamos de mulher sexy e ideal - mas não sou eu. Desde o dia em que cortei o cabelo que deixei de sonhar com essa imagem ídilíca de mulher e formei a minha. E o cabelo curto, na minha cabeça, tem tudo a ver comigo, toda uma personalidade aliada que espelha aquilo que eu sou ou quero ser.
Preciso muito de praia. De calmia. De paz. De passar horas no mar, de fazer carrinhos nas ondas, de ir alugar uma gaivota ao nadador-salvador jeitoso. De comer peixe grelhado dia-sim, dia-não. E caracóis! De sair da praia às oito da noite e apreciar o pôr-do-sol e aquela praia deserta. De sentir o cheiro a mar na minha pele e, mais tarde, do creme que só ponho nesta altura do ano. De ir comprar pão quente pela manhã. De ouvir o riso das pessoa que passam em direção à praia. De sair de um dia maravilhoso de praia e comer um gelado de menta bem fresquinho. De ter de me preocupar com tão pouco que estou no pico do relaxamento.
Basicamente, estou a entrar em parafuso. E tudo o que apetece chama-se... Algarve. Nestes últimos dias, sem razão aparente, tenho-me cansado de mim mesma - andado chata e em baixo como já não andava há algum tempo. Pegar no carro e ir para o sul é tudo o que desejo.
Tenho uma relação muito paradoxal com o tempo.
O tempo passa muito depressa quando não quero que ele passe e demasiado devagar quando quero que passe rápido; faz-me "esquecer" coisas que desejo lembrar-me, mas também aquelas que pretendo esquecer; faz sarar as feridas, mas piora as saudades; faz-me mais velha para o bem e para o mal.
Mas, acima de tudo, o tempo é um enganador. É um carpinteiro, um experiente em fazer aquelas cómodas cheias de gavetinhas de todos os tamanhos e feitios - pena não se lembrar de fazer as fechaduras para elas. Ele não faz esquecer - ele apenas guarda, bem lá no fundo, as nossas memórias e encosta-as no gaveteiro que criou ao longo da vida. O tempo tem muitas capacidades, mas nenhuma delas é apagar aquilo que foi feito e que aconteceu - e, para além do mais, nunca chegou a aprender a fechar as gavetas devidamente.
E é por isso que, de quando em vez, aquilo que pensávamos que estava mais que enterrado no nosso passado - ou, como quem diz, no nosso "gaveteiro" pessoal - salta cá para fora. Um terramoto ou outro faz estremecer a cómoda e, puff, somos arrebatados por algo que já nem nos lembrávamos e que , por vezes, mexe connosco até á raiz do nosso ser. Resta-me dizer: tempo, está na hora de começares a fazer chaves.
Aqui há dias descobri que o meu sobrinho tinha outro talento para além de falar incessantemente sobre skylanders (para os leigos no assunto, como eu, é um jogo de playstation). Estávamos na piscina e o rapaz começa-me a cantar músicas pimba com uma pinta admirável! Perguntei-lhe onde tinha aprendido tal coisa e ele respondeu-me que a D. São, a senhora que trabalha lá em casa, põe a rádio festival quando os vai buscar ao colégio. E o Afonso, com a sua excelente memória, acaba os dias a saber as letras de cor. E o resultado fez-me - a mim e à minha família - morrer de rir durante horas a fio. A nossa sorte é que ele ainda não percebe metáforas... (como por exemplo saber o que é "o popó da namorada"...).
Eu sou perita em visitas relâmpago a Lisboa. Ontem uma, segunda-feira vai ser outra. Desta vez não tive sequer direito a Santini, voltinha no Chiado ou visita às minhas gentes alfacinhas que tanto gosto. Foi um vai e vem, por entre trânsito e multidões. Chegamos, ainda por cima, em hora de ponta e o nosso hotel ficava por entre um bairro típico difícil de alcançar.
Começando exactamente por isso, o hotel era uma delícia. Fiquei no Bed&Breakfast Casa do Pátio que é, precisamente, um pátio típico dos bairros de Lisboa em forma de U. No meio tem uma esplanada onde se tomam os pequenos-almoços (que, para que conste, e apesar do tamanho do "hotel", é muito bom, com bolos e compotas caseiras, panquecas acabadas de sair, rabanadas e um serviço impecável e simpatiquíssimo) e à volta vários apartamentozinhos, muito bem decorados, fofinhos, pequeninos, limpinhos e modernos. Um mimo. Aconselho vivamente a todos os que um dia forem à capital e queiram ficar num ambiente mais cozy, com gente simpática e no meio da verdadeira Lisboa.
Mas falando no essencial: o concerto. Foi de bradar aos céus. Em termos musicais, sem dúvida, o melhor concerto a que já fui (em termos teatrais e gerais, ninguém bate a Gaga). Não consigo descrever o quão bom é irmos a um concerto e sabermos 95% das canções que são cantadas - acho que foi o primeiro a que fui em que sou uma fã assoberbada, que sei tudo, adoro tudo, amo tudo. Costumo ir a estes espectáculos porque acho piada às bandas, gosto de meia dúzia de músicas: mas não era este o caso - eu ouvi todos os álbuns dele, vezes sem conta, durante anos. É, sem dúvida, uma das minhas paixões musicais e, como seria de esperar, delirei.
Aquele foi um concerto do Jamie e não do seu último álbum. O que quero dizer com isto é que ele foi lá para promover a sua música e não só um conjunto de canções que acabou de compor. De uma maneira bastante inteligente, cantou músicas de todos os seus álbuns, se não estão em erro - algumas na íntegra, outras em forma de rapsódias que misturavam 4 ou 5 músicas, abrangendo assim muito mais composições. Foi fantástico. O seu à vontade no piano, a forma como ele vive a música que produz e que os seus companheiros tocam... é apaixonante. Lá pelo meio ainda fez um "número" de beatbox, misturado com um batuque improvisado: o piano. Enfim, os adjetivos não chegam para descrever o quão espectacular foi.
Mas dizem que o melhor fica para o fim, não é? Pois bem: o rapaz acabou o concerto, o público não o largava e ele fez um encore. E qual foi a música que ele tocou? Qual? Qual? A "If I rulled the world"!!! Morri ali. Foi TÃO bom que um par de lágrimas me escorreu pela cara abaixo - está é, sem dúvida, a música que mais gosto e que me toca bem lá no fundinho, por me ter acompanhado numa das melhores/piores fases da minha vida (sim, é paradoxal, e por isso tão tocante).
O público, como sempre, foi excelente. É quase impensável que num concerto de música jazz o público vibre tanto, cante e se mexa como aconteceu ontem. Jamie Cullum interagiu, tirou fotos enquanto cantava, falou connosco e, no fim, mostrou-se profundamente agradecido e arrebatado. Exactamente aquilo que eu também senti. Não podia ter sido melhor.
O grande momento, filmado pela minha irmã, enquanto eu me (en)cantava:
Soube pouco depois de tirar a carta que, antigamente, se usava o chamado "ovo estrelado" nos condutores que tinha até um ano de carta. Era um autocolante, suponho, que se colocava no vidro do carro e que informava os outros condutores que nós éramos uns novatos na estrada.
Eu achei imediatamente a ideia brilhante. O meu pai dizia-me que, para ele, era para lá de humilhante ter de de andar com algo que dizia que ele era um novato, tendo em conta que ele se fazia de condutor de formúla-1 em plenas estradas (um perigo, portanto). Mas, para mim, é óptimo: eu fico sempre toda preocupada quando deixo ir o carro abaixo ou o carro descai um pouco quando não era suposto. Eu bem que falo para eles, dentro do meu carro, mas bem sei que eles não me ouvem: "amigo, vamos com calma, que eu tirei a carta há nem uma semana", "upsss, desculpem, sou nova nisto" entre outras coisas um tanto ao quanto embaraçosas.
A verdade é que, na condução, ensinam-nos as coisas básicas e a circular correctamente na estrada. Mas a aprendizagem aprofundada é feita por nós mesmos: quando estamos na rua, só nós e o nosso carro, sem ninguém com pedais ao lado. O pior é que as estradas são uma selva e, a partir do momento em que largamos o carro da condução com todas aquelas sinaléticas próprias, passamos a ser uns "selvagens" como todos os outros. Já não há abébias nem tolerância, quando passamos a ser um "deles"; já não há cedências ou ajudas como havia quando estávamos a aprender. Para eles, já temos a carta há uma eternidade e sabemos andar tão bem como o resto do mundo - mas nós não nos sentimos assim. E por isso eu ando um pouco a medo, a tentar acompanhar o ritmo, mas sempre com extremo cuidado e a tentar não fazer asneiras. Para já, não me posso queixar: de todas as vezes que deixei ir o carro abaixo, nunca me buzinaram. Mas já mandaram vir comigo sem razão - e eu estremeço, mas ando, que isto é só o começo. Isto com o tempo vai lá - sem abébias, porque agora não há o tal "ovo estrelado" para ninguém...
No dia em que fizeram o anúncio do novo Papa entrei um bocadinho em pânico: achei que o chefe da igreja era o senhor que foi fazer o anúncio, um homem com uma clara deficiência e uma grande dificuldade em falar. Vi tudo um bocado mal parado, mas quando percebi o mal-entendido, fiquei logo muito mais descansada. Gostei logo do novo Papa e da sua simplicidade.
Apesar de não frequentar a igreja e de nem sequer acreditar em espiritualidades (ando entre o agnóstico e o ateu), acho o Papa uma figura importante para o mundo em geral, e este encheu-me as medidas. Vale dizer que eu não gostava nada, mas nada mesmo, do cardeal anterior, portanto o contraste com este acaba por ser ainda maior.
Muitos depositam no Papa Francisco a esperança de ele mudar a igreja - eu acho que, apesar de tudo, tal não é possível. Aliás, eu estou a pedir a todos os santinhos que, com tanta simplicidade e exposição, o senhor não acabe com uma bala algures como aconteceu com João Paulo II. O conservadorismo da igreja e de muitos dos seus apoiantes, muitas vezes, não dá bom resultado para estes santos padres tão acarinhados, simpáticos e abertos para o mundo.
Mas enfim, mudando ou não as estruturas da igreja, coisas mais profundas, acho que só a sua presença está a ter consequências muito positivas: está a desmistificar a igreja; está a mostrar que é um homem como outros, que é capaz de falar sem ter um discurso à frente, cumprimentar quem o acarinha, desejar uma boa refeição ao povo sem ser formal, falar com os jornalistas aceitando a sua condição de figura maior da igreja mas não se tratando como alguém demasiado importante. Tal como eu, tantas outras pessoas que não se ligam à igreja passaram a gostar mais desta instituição apenas pela imagem que o Papa passa dela. E isso, se virmos bem, acaba por ser muito importante. Que por lá fique durante muito tempo, o Papa Francisco.
Ainda me lembro como se fosse hoje o dia em que ouvi a "If I Rulled The World" no blog da Marta (que, infelizmente, já não anda por estas bandas, com muitíssima pena minha). Apaixonei-me como nunca antes. Foi amor ao primeiro som e soube que um dia tinha de o ouvir ao vivo. Deixei-o escapar pelo menos duas vezes, numa profunda tristeza, mas à terceira é de vez. Amanhã rumo a Lisboa para ouvir um dos artistas do meu Top 3; um concerto que tanto ansiei.
Se me perguntassem, a "If I Rulled The World" - a fonte da minha paixão - era sem dúvida uma das músicas que gostaria de ouvir. Infelizmente, como já faz parte do álbum anterior e nem sequer foi um single, não estou com esperança de a ouvir directamente da voz do Jamie. A parte boa é que, como esta, há tantas outras músicas maravilhosas que tenho a certeza que ele vai tocar. Já falta pouco!
Segunda-feira levantei-me com as galinhas para ir buscar à escola a minha ficha ENES. Pensei que estaria uma fila imensa e, afinal, cheguei lá e estava tudo na paz dos deuses. Para quem não sabe, essa é a ficha que os candidatos ao ensino superior precisam de ter para se candidatarem, onde está descriminada a média de final de secundário e todos os exames que fizemos até à data, assim como um código de activação necessário para que consigamos fazer a candidatura pela internet.
Só não fui buscar a dita mais cedo porque, como estamos em Portugal, ela não estava pronta a tempo. Eu queria ter feito tudo logo no primeiro dia de candidaturas, para deixar tudo despachadinho - temos sempre a oportunidade de mudar, caso nos passe algo pela cabeça e mudemos completamente de ideias. No fundo, queria ter tudo pronto para poder respirar e andar ao sabor do vento, sem ter de me preocupar com nada. Se precisar de mudar, mudo; se não, já está tudo direito e prontinho.
O único curso que quero mesmo foi o que pus em primeiro lugar: Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia. Os outros, foi um pouco ao calhas - e não, eu não quero entrar num curso de bibliotecária e arquivadora na universidade de Coimbra, apenas coloquei lá porque não tinha mais nada para pôr. Entrar ou não entrar não me preocupa muito, pois a margem que tenho em relação ao último colocado do ano passado é de mais três décimas e penso que este ano as médias ainda vão baixar, deixando assim uma diferença ainda maior. Para além disso, e caso raro, estou positiva! Preocupa-me mais o facto de, quando já lá estiver, não gostar do curso. Não estar motivada, aquilo não ser nada daquilo que penso.
Na verdade, eu nunca na vida quis ser jornalista. Não, eu não quero ir para o meio da multidão quando o FCPorto ganha o campeonato; não, eu não quero ir para um cenário de guerra; não, eu não quero entrevistar um conjunto de pessoas fúteis nas festas mais populares do ano. Não quero. Eu só quero um curso, uma base - e se não for este, não sei qual será! O meu futuro é incerto: porque o que eu quero é escrever. Crónicas, livros, blogs, reportagens...! Escrever, mas não propriamente ser jornalista. Porque não há cursos para escritores. E não tem de ser propriamente a tempo inteiro: eu não me importo de fazer outra coisa qualquer, só quero um tempo para estar a sós com o meu teclado. Com sorte, ainda acabo na têxtil, o ramo da família. Eu não me importo e... quem sabe.
A universidade é só o inicio de um caminho às escuras que eu não faço ideia no que vai dar. Embora o meu sonho não seja exercer jornalismo em si (embora não me importasse nada de executar algumas tarefas neste ramo), quero gostar daquilo que vou estudar e o curso parece-me super atractivo, muito abrangente, que era aquilo que procurava. Agora é esperar para ver no que vai dar. E continuar a escrever. Muito.
812 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.