Já não era cedo quando, ontem, o meu computador crashou e fez o favor de me mostrar um bluescreen - e eu, tendo um dejá vu horrível, entrei logo em parafuso. Aqui há anos passaram-me um portátil para as mãos e, relativamente pouco tempo depois, puff, um bluescreen apareceu e o computador morreu! O que vale é que era um PC de substituição, sem nada mesmo meu, sem nenhuma relação especial comigo (sim, eu estabeleço relações com os computadores).
Mas enfim, ontem lá me acalmei e fiz aquilo que sabia - reiniciei o computador, desliguei-o na ficha, abri o CPU, limpei as ventoinhas de todo o pó que lá tinha acumulado, não fosse a placa gráfica que estivesse com falta de ar. Entre ontem e hoje de manhã, com o computador a (supostamente) reparar os danos, consegui ligar a máquina e faze-la voltar ao normal. Saí de casa sem um peso em cima, porque o meu bichinho estava de (aparente) boa saúde.
Fui para a escola (e a uma visita de estudo), almocei e aproveitei para fazer uma série de recados. Quando entro no autocarro de volta para casa, tenho um feeling de que me falta o telemóvel. Remexo na mala durante a viagem mas pensei que estava a ficar louca e que esperaria até chegar a casa para revistar as tralhas com mais calma. Mas a verdade é que, quando cheguei e remexi em tudo, não estava lá nenhum telemóvel. E eu, pessimista como sempre, dei-o oficialmente como perdido. Ainda liguei para os SCTP, para os perdidos e achados, caso o entregassem, pois ou o tinha deixado no autocarro ou na loja de animais, o último sítio por onde tinha passado. Pouco depois de chegar, por descargo de consciência, fui à loja dos bichos e o telemóvel estava lá. Meu deus, que alívio!
Volto a casa, já com o telemóvel abençoado nas mãos, e dirijo-me ao computador, que de manhã estava no seu estado normal. E deparo-me com ele, de novo, crashado. E a situação piorou, porque já nem sequer saia do sítio. Graças a deus tinha o meu irmão em casa, que acabou por me dizer que, muito provavelmente, o disco tinha ido à vida.
As minhas esperanças já são nulas, só quero recuperar algumas das coisas que não tinha gravado no disco externo. Agora estou no portátil, uma coisa mini comparada com o meu grande ecrã de que eu gosto tanto. Foi um dia longo, que me fez relembrar o quão dependente sou das tecnologias e de como as nossas vidas estão tão expostas em aparelhos tão pequenos (mas tão grandes).