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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

04
Abr13

O post que está por desenvolver

O inspira-me dos blogs do sapo sugere, para um post, "o tema daquele post que está para escrever há não sabe quanto tempo". Não que esteja a precisar de inspiração, mas por acaso vem mesmo a propósito.

Já há muito que penso, que escrevo, que reescrevo e medito num post sobre namorados - ou melhor, uma possível razão para não os ter. Ou, basicamente, um post sobre o assunto em geral. Sou uma miúda nova e por isso seria natural que fosse um assunto recorrente aqui por estas bandas, tal como se vê por aí na maioria dos blogs, mas, pelo contrário, não o é. Acabo, na verdade, por ter imensa dificuldade em escrever sobre o assunto por todas as razões e mais alguma.

Seria uma grande incoerência da minha parte falar aqui sobre algo que nem sequer me disponho a falar no dia-a-dia - o blog não é anónimo, já não é lido (só) por anónimos e, para ser muito sincera, não há muito que contar e por isso não faz muito sentido que comente aqui o pouco que tenho para dizer. Mas mexe-me um bocadinho nas entranhas e nos recantos mais escondidos do meu ser (que também se pode chamar de auto-estima) o facto de não ser muito sucedida neste campo; por outro lado, tenho a plena consciência que assim o é porque, de alguma forma, eu o propicio (podemos imaginar-me como um repelente, de uma forma básica e rápida).

Tenho um post nos rascunhos que tenta explicar toda a salgalhada que envolve este assunto, mas não está pronto (nem eu estou, diga-se) para ver a luz do dia. Talvez um dia. Certo, certo, é não verem muitos textos sobre esses temas aqui por estes lados, porque já viram que a confusão é demasiada para eu conseguir sequer escrever alguma coisa de jeito. Todos temos os nossos calcanhares de Aquiles, não é verdade?

03
Abr13

A praxe

Já há muito, muito tempo que digo que não quero fazer a praxe. Podia estar a fazer mil e uma críticas a esta tradição, mas nem sequer vou entrar por aí. Há uma explicação mais do que simples: não tem nada, mas mesmo nada a ver comigo.

Tudo bem, é uma tradição, é típico, é fantástico para conhecer pessoas. Óptimo para quem gosta, não digo que não. Mas darem-me ordens? Obrigarem-me a andar porca um dia inteiro? Não me deixarem olhar para os alunos mais velhos só porque estão lá há mais anos? Ser insultada e apelidada sabe-se lá de como só porque lhes apetece? Chegar a casa esgotada só porque é "tradição"? Poupem-me.

Eu só recebo ordens dos meus pais e é a eles que respeito (e, às vezes, já muito relutante) - odeio que me mandem fazer coisas, odeio que tentem sequer ter algum poder sobre mim; não admito que me rebaixem só porque sou mais nova; detesto fazer qualquer tipo de exercício físico com algumas raras excepções.

Já estive mais ansiosa para ir para a faculdade do que estou actualmente, mas a minha posição em relação a este assunto nunca mudou. Conheço-me o suficiente - e os outros também, que sei que quem me conhece reconhecerá imediatamente que é uma prática que nada tem a ver comigo - para saber que nunca acharia piada e que é algo completamente fora dos meus gostos. Não tenho um sentido de humor suficientemente grande para entender muitas das "piadas" que lá se fazem, não tenho vontade nem à vontade para sequer as praticar e acho-as, muitas delas, simplesmente ridículas. A praxe e eu somos simplesmente incompatíveis e essa é uma das poucas certezas que tenho em relação à minha futura e breve vida universitária.

03
Abr13

A minha professora de história

Embora não saibam, este foi, muito provavelmente, o post mais pedido de todos os tempos. Desde que, há coisa de um ano atrás, pus os olhos em cima do que iria ser a minha professora de história, que uma colega minha não descansou enquanto não o escrevi. E, como diz o ditado, quem espera sempre alcança.

Esta professora foi o primeiro balde de água fria que apanhei mal mudei de curso - depois de toda a coragem que arrecadei para meter os papéis, anular disciplinas, inscrever-me para os exames, refazer o meu horário, ela ainda me conseguiu deitar abaixo. Fui assistir a uma aula dela, com o estômago estilo ervilha, como se pode imaginar, e quando lhe perguntei se podia assistir às aulas e lhe expliquei a situação, disse-me logo "mas fez mal, mas fez mal [em ter saído de ciências]! Mas pronto, pode ficar."

Como é óbvio, na altura, não achei que ela me tivesse feito uma recepção muito calorosa, mas muitas vezes são estes os professores que dão mais gozo em "dar a volta". Ela não me conhecia, tal como eu não a conhecia a ela (embora já tivesse ouvido falar - e muito!) e por isso achei que ambas merecíamos um desconto - como tal, não desisti, continuei a ir às aulas e a trabalhar como se de uma aluna normal se tratasse.

Hoje sei que valeu o esforço e gosto imenso dela - ela é, como se costuma dizer, uma "personagem". Não usa aparelhos electrónicos praticamente nenhuns, passa a vida a falar-nos dos filhos (de quem nós já descobrimos os respectivos facebooks, não há quem resista!) as suas  reacções diárias são uma risota pegada.

Por muito que digam, por muito que eles os próprios o neguem, as primeiras impressões e aquilo que passamos de nós mesmos acaba por ser muito importanto no juízo final de um professor. O facto de ela já me conhecer este ano deu-me logo uma enorme vantagem (não em termos de nota, porque não a tenho) e à vontade, o que me facilitou bem mais a vida. E teve a capacidade de me fazer redescobrir o gosto pela história, que havia perdido algures no nono ano. Agora sou, de novo, uma apaixonada por aquilo que se passou no passado e a ela o devo. E, na minha opinião, é assim que se distingue um bom professor.

02
Abr13

As relações causa-efeito

Eu justifico muito os acontecimentos pelo chamado butterfly effect. Acredito que haja uma cadeia de coisas que influenciam outras, por pouco que seja, e que são essas pequenas coisas que, todas juntas, mudam o rumo das nossas vidas. Isto dito assim parece muito bonito mas, quando o digo na prática, as pessoas ficam a olhar para mim e a pensar "estás a juntar alhos com bugalhos e uma coisa não tem nada que ver com a outra". Pois bem, para mim tem.

Posso dizer-vos que o meu pé inchado teve influência na minha mudança de curso. Porquê? Quando o pé inchou, para além da mudança corporal que se verificou (óbvio) e que, embora pareça pouco, pode afectar e muito a auto-estima de uma pessoa, comecei meses depois com tratamentos intensivos em busca de melhorias. À conta disso, sempre que me falam em fisioterapia, fico de pé atrás: só eu sei como aquilo me mexeu por dentro e, pior, ver que não era só comigo, mas que havia também pessoas no tratamento a quem estava a acontecer exactamente o mesmo. Estava em queda livre em todos os sentidos, e a escola não foi excepção. E apesar de eu já antes disso gostar muito de letras, esse foi sem dúvida o maior impulso que tive: o desgaste, as más notas, o esforço em vão, a descrença. Daí até sair de ciências foi um saltinho (prolongado, demasiado longo, mas foi).

Outra coisa é que, muito provavelmente, sem o Twilight, não havia blog. Nem paixão por letras ou sequer livros. Se calhar nem tinha descoberto que gostava de escrever - porque foi através dos livros que entrei num blog que me motivou a escrever e traduzir e, pouco depois, criar um cantinho pessoal, com outro fim específico, mas que me levou a escrever e a procurar inspirações onde nem sabia que existiam.

Admito que achem estas teorias ridículas, muito mais se acreditarem no destino - se não fosse por causa disto, seria por causa daquilo. Tudo bem. Mas eu acredito que há sempre relações causa-efeito que são cumulativas e que acabam mesmo por mudar vidas. É o meu caso. E tenho a certeza que só daqui a muitos e bons anos é que vou saber se o facto de o pé me ter inchado me conduziu por um melhor caminho e se há mesmo males que vêm por bem. Só o futuro o dirá.

02
Abr13

Último período

Doze anos de escola dão trinta e seis períodos de aulas. Pensar que este é o último, o derradeiro, o final... é assustador. São doze anos, três escolas e muitos professores, uns mais marcantes que outros; pelo menos cinco turmas e também muitos colegas, dos quais já nem me lembro bem.

Ainda agora está a acabar e eu já tenho saudades. Sempre gostei de ir à escola, com excepção de alguns períodos de tempo bem específicos já nesta escola onde estou actualmente mas que, felizmente, acabaram por ser ultrapassados. Acho que me posso considerar uma autodidacta e aprender mais e mais sempre foi das coisas que me deu mais prazer, por isso ir à escola aprender coisas novas nunca me custou. A parte que as pessoas mais gostam sempre foi a mais complicada para mim: o social. Dar-me com as pessoas, fazer amigos, entreter-me nos intervalos. Doze anos inteirinhos com o mesmo calcanhar de Aquiles que, embora esteja a melhorar, ainda está lá bem presente.

É engraçado pensar que o meu último período do secundário vai ser num curso que nunca pensei enveredar, com pessoas que nunca pensei vir a gostar tanto e a dar-me tão bem. Realmente, os planos para o futuro valem o que valem - há três anos atrás seria incapaz de prever isto. Mas aqui estou eu, no final de uma etapa importante da minha vida e já com saudades, como o habitual.

Já tenho algumas coisas planeadas para fazer antes da escola acabar (falar com certos professores e etc), mas agora é aproveitar ao máximo tudo, porque depois deste não há mais. Aproveitar os colegas, a escola, os professores e a envolvência. E, claro, nunca descorando nas notas, nos testes e nos exames que se aproximam a uma velocidade terrível. Vai ser bom (e péssimo e choroso nos últimos dias... mas não pensemos nisso).

01
Abr13

Habemus novo cabeçalho

A coisa boa que consegui com este template que criei foi o facto de poder mudar muito facilmente os cabeçalhos. Tinha logo à partida três feitos com a Mila Kunis, sendo que escolhi aquele que antes tinham visto.

Achei que, meses depois, era altura para uma mini lufada de ar fresco e fiz um cabeçalho novinho em folha com a linda Marilyn. Eu, que a adoro, não sei como não me lembrei disto antes. Que acham? Parece-vos bem a rapariga ali em cima ou nem por isso?

01
Abr13

Dia de ir à Serra

A minha mãe já há muito que andava a pedinchar para ir ao Sabugueiro passear e comprar as coisinhas do costume. Estávamos sempre a adiar, mas hoje de manhã o sol sorriu e achamos que era um bom dia. Era um sol mentiroso (de acordo com o dia, claro), pois mais à frente, na viagem, apanhámos um dilúvio de chuva e granizo que meteu medo.

Mas de resto correu tudo mais do que bem. Almoçamos num daqueles restaurantes típicos, bem caseirinhos, e depois lá fomos à loja onde se vende tudo o que é típico na Serra: desde queijos, passando pelas botas quentinhas, trenós, presuntos e casacos de peles. Eu bem que queria trazer mais um cãozinho lindo e fofinho, mas a coisa não ser proporcionou (snif snif). Saí de lá com umas botas novas, para trocar as que tenho há uns três anos atrás e que estão feias e horrorosas de tão usadas (coçadas e completamente azuis das calças de ganga), um casaco quentinho e perfeito para mim que ando sempre estilo cebola com imensas camadas de roupa, e um belo de um presunto.

E assim se passou o meu último dia de férias. Já há muito que não passava umas férias da Páscoa de forma tão viajada - Lisboa no primeiro dia, depois Barcelona e Serra para finalizar em beleza. Pena amanhã acabar-se o bem bom...

 

01
Abr13

Adeus reader

Há quase dois anos escrevi este post sobre o Google Reader, quando o passei a utilizar. Comecei de uma forma relutante, mas era mesmo a maneira mais fácil que tinha de ler a quantidade enorme de blogs que hoje em dia acompanho.

A minha relação com esta ferramento foi ficando intensa, e podemos considerar que éramos mesmo best friends forever. Mas, como de costume neste tipo de relações, o "forever" foi há vida - aqui há dias, o Google anunciou o fecho do reader para meados de Julho. Uma das melhores ferramentas deles vai ao ar, enquanto que o Google+, que não serve para nada e está completamente às moscas, anda aí a ser promovido por todo lado em puras tentativas de desespero! Agora nós, utilizadores que gostam de ler milhentos blogs ao mesmo tempo, que nos danemos (e eu fiquei mesmo danada)!

Resta-nos, portanto, encontrar algo semelhante (que existe, mas não tão simples, e bom e rápido e tudo e tudo) para remediar esta perda gigante. É que ninguém merece...

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