Entre Parêntesis

Há uns tempos tive uma festa de aniversário e achei que ficava bem levar uma prendinha para a aniversariante. Comprei-a no dia em que fui ver a Pipoca ao norte-shopping, quando passei lá uma tarde inteira.

É bom que fiquem já a saber que eu sou péssima com prendas. Tenho imensa díficuldade em encontrar a prenda certa para a pessoa certa, e começo a desesperar de tanto procurar. Nesse dia não foi excepção. Mas acabei por entrar no Pórtico, onde costumam haver umas coisinhas giras, e fiquei indecisa entre uma série de peças. Gostei particulrmente de umas bonecas para pendurar os colares (eu tenho duas), mas sabia à partida que ela não é rapariga de colares. Depois vi umas caixinhas muito fofinhas, de vários tamanhos, com umas divisões lá dentro. A decoração exterior era extremamente feminina e achei que vinha mesmo a calhar, perfeita para ela guardar brincos e outras bijutarias pequenas que pudesse ter. Comprei, a empregada demorou uma eternidade a embrulhar e, quando dei a prenda, ela pareceu gostar (mas nestes casos, nunca se sabe).

Dias depois passei por lá de novo com a minha irmã e, toda contente, fui mostrar-lhe a prenda que tinha dado. Diz-me ela: "Mas, Ni, isso é uma caixa de costura".

Eu bem disse que não tinha jeito nenhum para prendas. Ao menos dá para o efeito...

Hoje há a típica corrida aos cemitérios - como tal, a minha mãe preveniu-se e fomos lá ontem.

Passámos no cemitério do Prado do Repouso e, embora já lá tivesse ido, nunca tinha reparado na vista estupenda que se tem a partir de lá. Vê-se a ponte de São João e a D.Maria, e um ângulo fantástico do Douro. Tivesse eu uma máquina melhor, mais tempo e menos carros à frente e mostrava ao mundo o potencial da paisagem. Como não era o caso, fica aquilo que consegui: