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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

30
Nov12

Secundário passa a pagar proprinas?

Quando ouvi isto, a primeira coisa que me passou pela cabeça foi: "óptimo - isso quer dizer que o secundário deixa de ser obrigatório". E isso bastava para me deixar contente.

Para começar, dizer que o ensino é gratuito é uma daquelas mentiras bem pregadas - eu bem sei quanto os meus pais gastam para me pagar os livros todos os santos anos (e costuma sempre ultrapassar os 200€), já para não falar da calculadora que comprei no 10º, mais a bata, mais todos os materiais que é necessário renovar todos os anos.

Para além disso, nunca concordei que o ensino obrigatório fosse alargado até ao 12º. Sempre fui boa aluna e sempre me vi prejudicada por pessoas que não fazem a ponta de um chavo e só prejudicavam nas aulas - e lembro-me de, no básico, pensar que me veria livre delas pois deveriam ficar-se pelo 9º ano. Há pessoas que, pura e simplesmente, não gostam de estudar. Não estão interessadas, não querem - óptimo, que trabalhem! Mas sempre me irritou o facto de perturbaram os que queriam aprender, os que de facto estavam lá por uma razão.

Hoje em dia, porque essas pessoas continuam a existir, vão arrastar-se com negativas e passar porque os professores não os querem reter ou esperar até atingirem a maior idade para se poderem livrar da escola - e eu não concordo. Cada aluno fica caro ao estado e, se não querem estudar, que façam alguma coisa de útil, porque não são só as pessoas que têm cursos XPTO que constroem uma sociedade.

Por tudo isto, vi esta "suposta" medida como um escape a essa parvoíce introduzida no governo de Sócrates. Não concordo com proprinas no secundário, porque conheço muito boa gente que se esforça muito para lá estar e faz, de facto, por isso - mas o retrocesso que teria de existir para elas serem aplicadas agrada-me profundamente.

30
Nov12

O sossego que o desassossego me dá

Nos dias e noites menos boas, em que não sei para onde me virar e me sinto apertada até ao fundinho do meu coração, tenho a tendência para escrever. Mas irrita-me o facto de não conseguir escrever aquilo que sinto, porque parece que as palavras queimam demais antes de chegarem à ponta dos meus dedos.

E por isso "desassossego-me". Desde que tenho o livro, pego nele, abro-o em qualquer parte, e procuro algo que encaixe na forma como me sinto - e eu sei que há algo; há sempre algo que parece que foi escrito para mim, embora Pessoa já cá não esteja há umas boas décadas. E isso acaba por me satisfazer, embora não tenha sido algo que tenha saído de mim - sai, no entanto, de um grande génio que me preenche e acompanha nestas horas críticas com as suas palavras algures guardadas no fundo do seu mítico baú.

29
Nov12

Desassossegada

"E as areias cobrem tudo, a minha vida, a minha prosa, a minha eternidade.

Levo comigo a consciência da derrota como um pendão de vitória."

 

Livro do Desassossego, Fernando Pessoa

29
Nov12

Ossos do ofício

Há já uns anos para cá que sou eu a tratar de embrulhar os presentes de cá de casa. Tendo em conta que damos prendas aos nossos familiares mais próximos, incluindo os miúdos, e mais algumas prendas aqui e ali para promover o espírito de "não-crise", contrariando o que se tem sentido nos últimos anos, ainda há muita coisa para tratar.

Este ano começamos cedo nas compras e já está quase tudo comprado - e eu, que estou ao rubro com este espírito natalício, fiz-me hoje ao sótão e embrulhei algumas prendas - algumas das dos miúdos, que são as mais chatas de embrulhar por terem formas um tanto ao quanto complicadas. E enquanto gasto o meu tempo a cortar papel e pôr fita-cola para ficar tudo lindinho e impecável - um gosto e um jeito (ou não) que fui adquirindo ao longo dos anos - vou pensando que, em pouco tempo, todo o meu trabalhinho irá pelo cano só com um pequeno movimento de mãos daqueles diabinhos. Lá se vai o papel, os bonecos e a fita-cola para o lixo - e eu ali, horas, e embrulhar tudo lindinho!

Ainda assim, valem-me as horas de entretenimento ao som do Buble, com aquele disco de natal que eu gosto tanto. Há trabalhos injustos, pá.

 

29
Nov12

Estou com uma alergia de caixão à cova

É comichão na garganta, é espirros sem fim, é assoar de cinco em cinco minutos e comichões nos olhos de uma forma aflitiva. Quanto a este último, a minha mãe aposta numa conjuntivite - eu cá acho estranho, porque isto tanto vai como volta numa questão de minutos.

Tenho para mim que isto é uma alergia que me está a afectar o sistema todo - e, aqui que ninguém nos ouve (porque esta teoria é um bocado ridícula), acho que é das camisolas de malha grossa que ando a tirar fora do roupeiro e a usar, com aqueles pelos e pós todos que se me entram pelo nariz e olhos e boca quando me embrulho nas altas golas para me proteger do frio.

28
Nov12

Os haters

Ter um blog com o mínimo de visitas é não só sinónimo de alguma exposição mas também de um alvo predilecto a críticas e haters - ou seja, perfeito para crescer e definir a noção de respeito pelo próximo e os limites que não temos ou não temos.

Eu sou a típica pessoa que responde a tudo, que alimenta uma discussão, que não aguenta ficar de boca calada quando me atacam (a mim ou aos outros) injustamente - gosto de defender as minhas posições até ao fim e luto por elas com unhas e dentes. Mas aqui (e principalmente no meu mundinho Twilight) aprendi que ficar calada é, muitas vezes, a melhor opção. Ou isso ou clicar directamente no delete, que é o que faço na grande maioria das vezes, principalmente por estas bandas.

Apercebi-me que não vale a pena discutir com pessoas que se escondem por detrás de um nome fictício ou do temível "anónimo", que ganhou força com estas novas tecnologias - é, muitas vezes, violência virtual gratuita. Magoam à primeira, magoam à segunda, mas à terceira já nem lemos, para evitar ferimentos eminentes - é uma questão de hábito e de aprendizagem.

A minha vontade de responder à letra continua cá, mas aprendi a controlar-me. Nem àqueles que comentários que aceito, mais desagradáveis, eu respondo - porque sei que há pessoas que, simplesmente, não gostam de mim e me querem acertar de alguma forma; porque sei que há pessoas que têm inveja de algo que eu supostamente tenho e, doridas, procuram atingir-me através da melhor maneira que encontram: aqui, criticando pontos que me são mais frágeis e que vão, provavelmente, captando através dos meus posts: a minha aparência, a minha escrita, algumas das minhas escolhas... E eu sei que tal não vai mudar por responder às críticas que me deixam.

Enfim. Há dias em que reflito no assunto e agradeço por aprender mais do que sofro - felizmente, já são poucas as vezes em que me apetece apagar o blog quando estas personagens decidem aparecer. Penso, sim, que por um lado, o facto delas emergirem reflete o maior sucesso deste meu bebé - por outro, que o facto de já não me afectarem tanto transparece o meu crescimento ao longo dos tempos. E isso são só coisas boas.

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