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Para português, temos de escrever 6 palavras por semana num glossário, com palavras novas e que não conheçamos - óbvio que eu não conto as palavras, vou fazendo a olho e sei que serve perfeitamente.
À medida que vou lendo o meu livro, e quando me lembro, ponho o telemóvel ao lado e aponto as palavras que não conheço, de modo a coloca-las no caderno. Felizmente não são muitas (o que é bom sinal). Ontem apontei três; escrevi-as no glossário e só agora fui ver o significado. E aqui é que eu tenho pontaria e, claro, uma profunda ignorância. Numa delas, eis o significado: "Calão: masturbação masculina".
Aprende-se imenso com estas coisas, não é verdade?
Há sempre aquelas pessoas que dizem que não têm jeito de mãos, que não sabem costurar, que não têm jeito para pintar, que não têm mãos para a cozinha. A vantagem de se ter alguma criatividade e força de vontade é que, muitas vezes, esses presentes são unissexo - uma compota não escolhe idades ou géneros: dá para tudo e só depende do paladar.
Ainda assim, para os menos dotados, há sempre a hipótese clássica: comprar. Portanto deixo ficar o nome de duas lojas facebokianas com bijutaria muito barata (ou seja, isto destina-se a presentes femininos). Moda Online e Beautiful Closet (esta com encomendas fechadas periodicamente).
Os preços e os produtos são basicamente os mesmos, mas tudo ronda entre os 2 e os 3 euros - quantas mais peças comprarem, melhor, visto que os portes de envio são os mesmos. A qualidade? Não é a melhor. Mas normalmente, estes anéis e peças são usados esporadicamente, com certos looks - não são aqueles que pretendemos usar durante uma vida inteira, qual aliança de casado. E como tal, serve perfeitamente. Defendo que são os acessórios que são um quê de especial a um look - e normalmente, todas as mulheres gostam: só é preciso acertar na peça. Em contrapartida, estas prendas têm de ser compradas com um mês de antecedência, visto que demoram a ser encomendadas e a chegar a nossa casa.
Acham muito pequeno, não sabem como pôr uma coisa tão minúscula na árvore, tal o pequenito impacto que tem? Peguem em jornais, e embrulhem a peça lá à volta. Para além desta ficar bem aconchegada, fica bem mais bonito à vista desarmada, com um embrulho engraçado. E desde que saia algo de lá de dentro, nós, mulheres, não nos importamos nada!
Duas peças que não me importava de ter, ambas da Moda Online a ambas ao preço dois euros.
Amanhã são postos à prova os meus conhecimentos sobre Pessoa. A teoria do fingimento para ali, a dor de pensar para acolá.
Mas isso, comparado com a gramática, é feito com uma perna às costas. É horinha de pegar naquele meu livro e estudar as orações e funções sintáticas, que por estas bandas estamos a zeros. Haverá coisa mais horrenda?
E eu detesto. Há coisa mais horrível do que ver a noite cair por volta das 17h?
A vantagem deste ano é só ter aulas de manhã, e nunca ter de sair da escola à noite, nem ter de assistir àquele enegrecer do céu pelas janelas de uma sala. Ainda assim, continua a ser das coisas mais depressivas de que há memória. A luz do dia vai-se embora demasiado depressa para o meu gosto.
Há dias em que deixamos, de alguma forma, de ser nós, e nos transformamos num imbróglio de pensamentos e emoções. O poder de reacção é o mesmo de sempre, a forma de agir é sim uma incógnita - a azia do pensamento é demasiada, o desespero o suficiente para os punhos estarem constantemente cerrados e a dor é de tal forma indefinida que os canais lacrimais secam.
A culpa não é de ninguém senão nossa, embora sejamos vítimas de nos próprios. Mas o que se revela uma gota no oceano para todos, sente-se como um tsunami em mim, levando-me os alicerces que sustentam tudo aquilo que pretendo transparecer. É uma perda de controle, da qual eu própria tento fugir - pensando, somente. Isolando-me, ouvindo o silêncio e não vendo nada mais do que as quatro paredes "do meu habitat natural": o meu quarto. É tudo o que desejo em dias assim, de uma letargia profunda. Só quero paz e sossego, enquanto desfaço o novelo que fiz de mim. Porque amanhã será melhor. E porque os corações também se cansam.
Que uma pessoa que escreve tanto como eu escrevo, acabe por valorizar mais o silêncio do que as próprias palavras.
Espelhos nos elevadores.
O problema começa logo com a luz em excesso, que é algo que a mim me faz uma impressão tremenda (eu gosto de espaços com pouca luz, por muito vampírico que pareça - podem gozar à vontade). Mas por cima disso ainda tenho aqueles espelhos enormes, que nos entretêm durante a curta viagem. E por muito curta que seja, dá sempre tempo para ver todos os defeitos e mais alguns: as olheiras estão mais salientes do que nunca, a espinha que está a ameaçar saltar já nos parece um vulcão, o buço já se começa a notar e a nossa camisola nova já tem borboto. É o descalabro.
Bem sei que os espelhos estão lá para o tempo passar mais rápido - e, realmente, passa. Pena é que saia de lá bem pior do que entrei. E é só por isso que quando entro em elevadores fico especada a olhar para a porta, esperando que esta abra e que o espelho não me mostre mais defeitos do que os que já tenho. Malditos.
Penso no Breaking Dawn 1 e lembro-me do que a Alice diz à Bella: "What did I tell you about beauty sleep?".
Meu deus, parece que acordo sempre num estado pior do que quando adormeço.
Lembram-se daquela série do Eddie, que era um mau rapaz e, pelas suas acções, foi transformado em cão? Que tinha como dono o rapaz que ele próprio maltratava? Que falava? Que tinha de completar 100 boas tarefas para voltar a ser humano de novo? Pronto, é nisso que se baseia a minha nova teoria.
Eu acho que o Tomé é um cão assim, exceptuando a parte do falar - coisa que ele não precisa, visto que me pisca o olho (ou os olhos) em alturas bastantes propícias. Quando olho para ele com cara de má porque mordeu a Ziva ou quando estou derretida com a fofura dele, ele pisca-me o olho. Bem sei que isto escrito não é a mesma coisa (nem mesmo falado, que quando contei isto à minha mãe ela nem ligou), mas a verdade é que ele pisca um só olho nos momentos certos. Ou então os dois: ainda no outro dia, enquanto comia um iogurte na cozinha e o olhava através do vidro, disse-lhe adeus, em sinal de bom dia; ele piscou os dois olhos. Tornei a fazer uma e duas vezes, e ele fez o mesmo. E quando não fiz... ele não pescou.
Está mais que verificado que o meu Tomé é o Eddie dos nossos dias - só nos resta saber as más acções que cometeu em vida.
P.S.: Eu não enlouqueci. A verdade é que a situação é tão caricata que me lembrei desta série que vi em miúda e estableci conecções. Escusam de chamar o médico: estava só a brincar!
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