O que é demais é erro
Os limites delimitam-se testando. O que acontece quando se passam os limites, é imprevísivel - perigoso.
Quando se testa demasiado, quando os limites já estão delineados e começam a ser ultrapassados...
Estou cansada.
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Os limites delimitam-se testando. O que acontece quando se passam os limites, é imprevísivel - perigoso.
Quando se testa demasiado, quando os limites já estão delineados e começam a ser ultrapassados...
Estou cansada.
Só no Verão é que não durmo de meias.
A fermentação da dor começa a causar-me raiva e impaciência. Atira-me contra uma parede de mágoas, causando ferimentos graves no meu rosto e hematomas internos. Essas que de sangue não se tratam, mas sim de um vazio devorador, qual buraco negro.
Os embates na parede maciça actuam como um dementor verdadeiro, arrancando todo o tipo de felicidade e esperança que resta de dentro de mim. E eu embato contra ela quase de livre e espontânea vontade, espelhando todos os últimos acontecimentos e reflectindo todas as más conclusões e percepções da minha vida.
Janeiro, 2011
O irritante poder dos factores exteriores no que toca à mudança; a incrível frustração de sermos meros humanos e nada podermos fazer quanto a coisas que acabam por nos superar.
Há coisas que às vezes me põem muito felizes e outras que me põem visivelmente deprimida. A matemática é uma delas.
É uma conquista. Cada exercício, cada olhada nas soluções e ver que a resolução está certa. Mas também é uma prova à persistência: são muitas as vezes em que olho para um exercício e não o sei resolver; em que fico 20 minutos ou mais a resolve-lo; em que por muitos exercícios que faça e vá ver às soluções - está mal, está sempre mal!
É por isto que eu tenho fases que adoro matemática - onde dou urros de felicidade em plena aula porque resolvi um exercícios que me estava a dar um nó autêntico - e outras que odeio - que choro em cima dos cadernos, que me vou abaixo por saber que não sei.
Não há outra disciplina como a matemática; nenhuma tem este efeito em mim. E eu não descanso enquanto não souber o que tenho de saber, por muitas horas de estudo, brainstorming ou choro que tenha de gastar.
Gostei. Gostei porque é autobiográfico e mostra que, de alguma forma, a esquizofrenia consegue ser "ultrapassada". A história de John Nash é realmente louvável - a forma como ele continuou a sua vida, mesmo com as visões que tinha, tendo a capacidade de as ignorar.
Mostra também um pouco do que consiste a esquizofrenia, as visões, as obcessões e o limbo entre a ficção e a realidade.
Devo confessar que não me conquistou. A paixão, o deslumbramento por um homem mais velho e a (des)ilusão em 2 horas de filme. Com boas actuações, no entanto.
Dos três livros que li do autor o pior de todos, sem dúvida alguma. Muitas personagens, deixando-as meio que "penduradas" no fim do livro. Demasiado desenvolvimento de histórias pessoais que pouco importam para o enredo. Um fim muito insosso.
Continuo fã do autor, e principalmente da sua escrita, mas o livro deixou muito a desejar.
Acho encantadora (e triste) a história que fez com que este livro nascesse - basicamente, o autor recebeu inúmeras cartas e postais de uma Eva Stein. Eram frases, apontamentos, histórias, pensamentos. Podiam vir em forma de postal, carta ou num mero bilhete de autocarro. O autor viu em Eva uma futura escritora. Mas um dia, recebeu um postal - que não era dela, mas sim do namorado, a dizer que Eva havia morrido com cancro no pâncreas.
O livro é uma re-escrição dos textos de Eva, mas misturado também com as palavras do autor.
É daqueles livros que se podem pousar na prateleira e ir lendo quando apetece, abrindo numa qualquer página, visto que não tem grande seguimento cronológico. Algumas das passagens deste livro são lindíssimas. Gostei muito.
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