Pois...
Comecei a escrever algo.. que não sei se hei-de chamar história ou outro nome rídiculo qualquer.
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Comecei a escrever algo.. que não sei se hei-de chamar história ou outro nome rídiculo qualquer.
Palavras, palavras. Dor. Lembro-me daquela célebre frase do Dumbledore: "Words are, in my not so humble opinion, our most inexhaustible source of magic, capable of both inflicting injury and remedying it."
As palavras são como o amor - ou nos acarinham e aquecem ou nos magoam e desfazem. E dizemo-las em vão, sem qualquer noção dos seus efeitos, assumindo uma total posição de irresponsabilidade e egoísmo perante quem as ouve.
Fartei-me. Peguei na carteira, e pus-me a andar de casa para fora. Fui parar à praia.
O mar em mim tem efeitos milagrosos.
Imaginem uma rapariga a fazer um pão de ló, com avental, cabelo preso, headphones grandes e coloridos nos ouvidos, com um pé elástico no pé direito e sandálias por cima e calções azuis turquesa (ou seja, a meia a ver-se claramente). Imaginem agora essa rapariga, a partir ovos para uma tigela ou a colocar a farinha na massa e, ao mesmo tempo, a cantar "I'm beautiful in my way, 'Cause God makes no mistakes, I'm on the right track, baby, I was born this way" ou então "You see the smile that's on my mouth, Is hiding the words that don't come out, And all of my friends who think that I'm blessed, They don't know my head is a mess, No, they don't know who I really am, And they don't know what I've been through like you do, And I was made for you..." ou ainda "Todo homem que se preza tem que impor respeito, Saber ouvir, falar, escutar, ter dinheiro, celular, ser bom de cama e te respeitar, E se o homem não tiver nenhuma dessas virtudes, saia de perto e tome uma atitude".
Esta sou eu a fazer um bolo.
-Clara, dá-me a mão.
Agarro-a, meio que atabalhoadamente; ela começa a barafustar, a abanar-se e a tentar largar a mão a todo o custo. Quando, por fim, consegue que eu a largue, percebo que toda aquela birra não foi por ela não querer andar de mão dada comigo.
- Não é aqui, Tili! - aponta para o seu pulso, explicando - É aqui! - Agarra-me de novo a mão, e dá-me palmadinhas com a sua outra mão na minha, que agora tinha os dedos entrelaçados nos seus, como quem diz - "percebes?".
- Desculpa - digo-lhe. - É da falta de treino.
"Some people turn sad awfully young. No special reason, it seems, but they seem almost to be born that way. They bruise easier, tire faster, cry quicker, remember longer and, as I say, get sadder younger than anyone else in the world. I know, for I’m one of them."
Ray Bradbury
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