Das palavras e expressões
Desde há dois anos para cá, que foi quando comecei a ler, que considero que os adolescentes assassinam a nossa língua. E não, não estou a falar em termos gramaticais ou de erros ortográficos. Falo nas expressões e nas palavras mais usadas.
Aqui há uns tempos, diziam "dá-me um coto" (ou seja, dá-me um bocadinho). Eu bem que ia ao dicionário e lhes mostrava que um coto era um pedaço de vela ou de um braço, mas eles ignoravam a parte do braço e da vela, e aplicavam a todo o tipo de casos (e já agora, quão feia é esta palavra?!). Outra é "chunga". Para além do descaramento de dizerem coisas como "ei, stor, que chunga!" a um professor, não param de dizer dizer a dita cuja. Mas a pior de todas, a expressão mais rasca à escala planetária, a mais horrível é "o y comeu a x". Mas porquêêêê "comeu"? Porque raio foram usar o verbo comer (e não venham com comentários com explicações pormenorizadas sobre o assunto e possíveis explicações, por favor!), que é um verbo tão bonitinho, para um acto que na maioria dos casos é tão supérfluo e sabe-se lá mais o quê?
"Esta juventude de hoje..."