Dos problemas de ontem, de hoje, e de amanhã
A minha vida virou caos numa questão de semanas. Começou com o facto de querer mudar de curso. Letras a pairar sobre a minha cabeça, números a perder a força e a certeza que sempre tivera a perder-se.
A fisioterapia destrói-me interiormente. Não sei porquê. Sei que aquelas horas à espera e em tratamento, talvez devido ao pensamento em demasia ou simplesmente pelo tempo que se perde, me põem doente. Provocou-me a alteração de horários, de refeições; fez com que chegasse a casa e tudo o que quisesse fazer era dormir - e até lá, chorar.
Agora vejo as notas a cair, a frustração a subir, a força de vontade a decrescer, a vontade de desistir a aumentar. Vejo a desilusão estampada na cara dos meus professores, a preocupação na cara dos meus pais.
Perdi um apoio essencial, não sei se temporária ou permanentemente. Um ponto de confiança, de desabafo, de cumplicidade extrema.
E sei que vou ter de me arranjar, de me agarrar àquilo que tenho. De decidir aquilo que quero. De fazer aquilo que posso. De me desenrascar. De sair desta situação que me está a pôr doente.