Um exemplo trágico
Nunca fui - nem sou, que não me considero hipócrita - fã da Judite de Sousa (e já lhe teci várias críticas neste blog). Mas acho que nada, nada, nada neste mundo justifica a morte de um filho; só imagino um par de situações piores à morte daqueles seres que nós mais amamos, e são de facto muito poucas e sempre muito trágicas.
Soube há pouco da morte do seu filho: uma morte estúpida, mas que traz à tona um assunto que já provocou a morte a tantos outros filhos de tantos outros pais: os acidentes na piscina. Cá em casa sempre foi uma guerra com os saltos, com medo que alguém se magoasse. Perde-se a conta aos berros que eu e os meus primos levamos à custa disto, e agora os meus sobrinhos que, tal como nós, adoram fazer estas acrobacias. Muitas correm bem, mas às vezes há uma que corre mal, e é capaz de arruinar não só uma, mas várias vidas. Quantas pessoas morrem, por ano, à custa disto? E quantas outras não ficam paralisadas para a vida por brincadeiras destas?
Arrepiei-me quando soube da notícia, pois esperava que o rapaz recuperasse. Nem sempre corre bem, nem sempre há finais felizes. Que fique o exemplo de um caso trágico, mas que infelizmente é igual a tantos outros, para pormos a mão na consciência e nos deixarmos de parvoíces. Tenho para mim que não foi só uma vida que ficou ali arruinada, e lamento imenso.