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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

18
Mar17

Um cartão de visita diferente: sim ou não?

Tenho a sorte de trabalhar num sítio super livre e aberto a novas ideias. Aliás, tem muito mais vantagens, estas são apenas duas delas, de um rol muito grande de coisas boas que podia apontar. A minha sorte aqui é indiscutível mas, como sempre, não há nada perfeito neste mundo e, para todos os efeitos, eu trabalho num jornal e aquilo que mais me custa fazer é o papel de jornalista (embora faça muito mais que isso). Eu sempre tive uma veia anti-social acentuada, acho que vou sempre ter, e falar com pessoas é algo que me sai das entranhas, custa-me mesmo muito; e já aprendi que embora tenda a melhorar, isto vai muito por fases e do meu estado de espírito e humor. Nos últimos tempos, em que fui abaixo, senti-me a regredir imenso: voltou a custar-me muito ligar para as pessoas, fazer perguntas, "chatear". Enfim, parvoíces minhas.

Mas vamos ao que interessa: antes de ir para as feiras, onde já sabia que ia fazer muitos contactos, pedi para fazer cartões que me identificassem, para poder trocar endereços de email, números de telemóvel e essas coisas todas. Na altura aquilo que me passou pela cabeça foi aquela coisa básica com o logótipo do jornal, o meu nome e os meus contactos, mas entretanto vieram-me com uma ideia fora da caixa e eu não consegui dizer que não. Então e o que é? Pôr uma foto minha, em criança, na frente do cartão. Para além de ficar giro - não sei quanto a agora, mas quando era miúda tinha uma cara muito fofa -, é um ice-breaker. E, meus amigos, tudo o que eu preciso neste mundo é de algo para começar a conversas!

E assim foi - os meus colegas todos fizeram os cartões clássicos e eu, a miúda lá do sítio, fiquei com cartões com a minha cara lá estampada. Sei que sou suspeita, porque até fui eu que escolhi a foto, mas adorei-os mal lhes pus a vista em cima. Achei-os diferentes e cativantes - e numa altura em que nós estamos com as cabeças sempre ocupadas, com mil e um emails por ler, com o telemóvel sempre a apitar e com a capacidade de concentração cada vez mais a assemelhar-se à de um peixe, tudo o que é preciso é algo que cative e que lembre às pessoas de quem somos. Se calhar não se vão lembrar do meu nome, mas vão-se lembrar da rapariga com o cartão fofo. 

Ou não, não sei. Tive várias reações, enquanto fui distribuindo cartões pelas feiras e mesmo aqui. A família adorou, claro, fez-lhes lembrar o tempo em que eu ainda era uma querida em vez de ser uma chata; relativamente a desconhecidos houve quem simplesmente ignorasse e metesse ao bolso e outros que me perguntaram se era eu, alguns acrescentando que a ideia era muito boa e que a foto era muito querida. É claro que não tenho como saber se é verdade, mas de um modo geral o feedback foi positivo. Curiosamente, da malta mais nova e conhecida, que devia ter uma mente mais aberta, é que às vezes recebi alguns comentários que roçaram a brincadeira mas que não sei até que ponto eram a sério - algumas pessoas disseram, inclusive, ser pouco "profissional".

Mais uma vez reafirmo: o jornal onde trabalho é super aberto e a imagem e o design são portos fortes, que prevalecem e nos distinguem. Falamos sobre moda e têxtil e queremos passar uma imagem renovada daquilo que é, hoje em dia, este setor: que já deixou de ser aquela coisa pesada e "monocromática" de há uns anos. Por isso, a meu ver (e para além de adorar o cartão), penso que é até é coerente com aquilo que somos. Mas fica a questão: divertido e cativante ou pouco profissional?

 

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