Missão trança 2017
As mulheres normais têm, todos os anos, a missão biquíni. Eu, como já me deixei disso (bater todos os anos no ceguinho sem obter resultados dá nisto), optei por ter uma missão diferente: a da trança - o que, comparada com a do biquíni, é incrivelmente mais fácil, porque o cabelo cresce sozinho sem eu ter de suar as estopinhas ou fazer dieta.
Então é isto: eu este verão quero ter o cabelo suficiente comprido para conseguir fazer uma trança. Problemas neste plano: 1) tenho pouca paciência para cabelo comprido, o vento atira-mo sempre para a frente da cara, largo imensos cabelos pela casa; 2) não sei fazer tranças a mim própria - ou seja, eu sei a mecânica das tranças (inclusivamente daquelas imbutidas e de peixe), mas tenho dificuldade em as fazer em cabelos "normais" porque as mexas fogem-me das mãos e eu fico toda confusa e já não sei para onde é que elas têm de ir e é todo um caos; toda esta situação piora se for em mim própria, uma vez que não vejo o que estou a fazer, os braços cansam-se e é todo o caos vezes dez. Soluções para estes problemas: 1) aprender a ter paciência e ter sempre o plano em mente; 2) aprender a fazer tranças através de vídeos do Youtube e treinar - muito! -, conseguindo a proeza de não arrancar o meu cabelo todo. (E já falei em paciência?).
Já há muitos anos que não tenho o cabelo suficientemente grande para fazer uma trança. Na verdade, quando o tinha, nunca fazia tranças: nunca tive jeito para fazer penteados e aqui em casa ninguém é propriamente prendado nesse sentido. Mas a verdade é que, mesmo tendo o cabelo curto, eu passo a vida com ele apanhado: não gosto de trabalhar ou escrever com o cabelo a fazer-me cócegas na cara ou a entrar-me para os olhos, nunca como sem ser com o cabelo apanhado e na rua, por causa do vento, também o prendo com frequência. E, como são sempre coisas feitas à pressa e o jeito não é muito, fico sempre com um ar um tanto ao quanto descuidado (e, depois de tirar o puxo, com o cabelo marcado e feio).
No verão, quando for viajar, gostava de ter uma solução mais permanente, prática e igualmente bonita - e acho que a trança é uma boa conjugação de tudo isto. Foi o que fiz, por exemplo, quando fui ao Gerês (na foto) - uma amiga minha cheia de jeito para cabelos fez-me uma trança embutida com o não muito cabelo que eu tinha e aquilo era um autêntico descanso para mim (e ainda ficava bem nas fotos!).
Ando numa fase em que não sei muito bem o que fazer ao cabelo e, por isso, ter um objetivo ajuda-me a não desesperar. Das últimas vezes que o tenho usado muito curto não tenho adorado ver-me (embora seja indiscutível que é muito mais prático e fácil de arranjar), mas também não tenho paciência para o usar longo (para além de, hoje em dia, já nem sequer gostar de cabelos muito compridos) - estou numa situação um bocadinho complicada, pelo que a melhor que posso fazer é esperar que os meus pensamentos se reorganizarem. Acho que vou deixar isso para Setembro - até lá, espero que ele cresça o suficiente para eu conseguir fazer uma trança a mim mesma. Depois disso, zás! Para além de tudo mais, um corte de cabelo sabe sempre melhor quanto maior for a diferença de um corte para o outro :)
P.S. Não tenho dúvidas de que sou capaz de deixar o cabelo crescer. Apoquenta-me apenas a parte de fazer a trança - receio que esta missão corra tão mal como todas as missões biquíni que fiz em toda a minha vida...