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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

27
Ago15

É hora de rir um bocadinho (e, com sorte, cozinhar)

E eis a prova de que estar muitas horas fechada dentro de casa enlouquece as pessoas. Depois de ter escrito este post e de me "encomendarem" uma tarte de amêndoa para o sexto aniversário da minha sobrinha... decidi filmar a receita.

Demorei mais do que o normal; há partes que precisam de muito mais aperfeiçoamento mas, enfim, foi o primeiro e filmei tudo sozinha, o que não torna as coisas muito fáceis - principalmente quando deixava a máquina no tripé e fazia figas par que ela focasse naquilo que eu queria. Não foi claramente o caso da primeira parte, em que falo um bocado (e que repeti umas trinta vezes mas que, mesmo assim, ficou horrível), mas ao menos tentei. A parte da edição também foi um desafio, uma vez que não é de todo a minha praia, mas acho que não ficou mal de todo. A voz também não é a melhor, que a minha sinusite e dores de garganta não têm dado tréguas... mas é o que temos.

A forma como idealizei este tipo de vídeos requeria que alguém me filmasse, mas isso implica não ter vergonha de falar para a câmara (que tenho), ter alguém com tempo e paciência que filme (que só tenho de vez em quando) e que tivesse umas horinhas sem que ninguém passasse a vida a entrar e sair da minha cozinha (o que, nesta casa, é praticamente impensável). Queria muito que o vídeo fosse mais pessoal, de partilhar histórias, mostrar truques, dicas e os produtos que uso e acho serem os melhores e mais saudáveis. Enfim, tenho uma ideia conceptual na minha cabeça, muito específica, e este vídeo ficou um bocadinho longe das expectativas a esse nível. Ainda assim, para uma primeira vez, fiquei feliz com o resultado.

E depois de tantas horas a tratar disto, mesmo que não repita a experiência, acho que vale a pena mostrar o resultado final, nem que seja para verem como se faz a melhor tarte de amêndoa que alguma vez trinquei (modéstia à parte, obviamente). Digam o que acharam - e gozem, se for caso disso, que também já me ri um bom bocado (principalmente quando fiz asneiras na parte do recheio).

 

26
Ago15

Crescer

"I'll never forget how the depression and loneliness felt good and bad at the same time. Still does."

Henry Rollins, The Portable Henry Rollins

 

Estas férias estão a ser, sem ter de pensar muito, as piores férias de sempre - uma espécie de continuação das do ano passado, que também não foram muito melhores e que previam um desfeche bastante mais doloroso e definitivo. Ainda assim, acho que consigo contar com os dedos das duas mãos as vezes que saí de casa para fazer alguma coisa que não seja ir ao supermercado, farmácia, correios ou lota. Já cheguei, inclusive, a passar quase uma semana sem pegar no carro - e dos dias que passo fechada em casa, já é sorte ir lá fora, com o tempo "óptimo" de Agosto que se tem sentido. 

Tem sido um atrofio físico e mental que mete dó - quem olhasse para mim em Maio julgaria que não se tratava da mesma pessoa. Se a minha vida fosse uma curva, descrita em papel quadriculado e bem desenhada, tinha um pico muito grande lá para os meados de Maio, mantinha-se até inícios de Julho e... pum. Descia a pique e diria que hoje estava em níveis negativos. 

Nada desta vida é saudável. Não levantar o rabo da cadeira não é saudável; fazer voyerismo facebookiano a toda a hora (porque, hoje em dia, é quase um instinto básico) e ver que toda a gente está de férias, feliz, com o/a namorado/a, amigos/as e em clima de grande descontração e festas também não é saudável; comer por entretimento tem tudo menos de saudável. Talvez por isso ande doente, com dores de cabeças e com uma cara de morta-viva que mete medo ao susto - e à minha mãe, que me quer arrastar para um médico o mais rapidamente possível (o que me angústia ainda mais, porque toda a gente sabe que eu fujo dos médicos como os gatos fogem da água). Sonho com a hora de começar as aulas, de ver gente, de entrar na minha rotina; de ir para o ginásio, fazer mais aulas e deixar as torradas e os doces de lado e tornar-me a virar para a vida saudável que me fez sentir tão melhor há uns meses atrás; de começar o meu curso de fotografia e o outro de alemão, conhecer gente nova, preencher o tempo e aprender mais, mais e mais.

Acho que só quem tendencia a entrar nestas espirais depressivas é que percebe - e eu também não vou gastar o meu tempo a explicar, até porque não consigo; não tenho argumentos, não tenho razões. Só se sente. É estúpido e irracional. Mas há dias encontrei uma frase no goodreads que explica, sem explicar, o que isto é. Ou, pelo menos, que eu sinto. A única coisa que eu acho é que, no meio disto tudo, eu estou a tentar encontrar um equilíbrio; estou a tentar aprender a pessoa que sou e a forma como tenho de me inserir no mundo para tentar não sofrer da forma como normalmente sofro por as coisas não funcionarem da forma que eu quero, que acho corretas; de as pessoas não serem como eu as idealizo, de não serem preto no branco, de estarem sempre numa escala de cinzentos que eu normalmente não consigo ver, como se de uma espécie de daltónica das almas se tratasse. Enfim, a minha mãe chama-lhe "crescer".

E, sendo assim, só tenho uma conclusão a tirar: crescer dói para caralho.

23
Ago15

Das coisas loucas que me passam pela cabeça

Andar mais em baixo é, infelizmente, para mim, sinónimo de comer mais e pior à mesa (aliás, fora dela, que é onde se cometem os maiores pecados). Tinha aqui em casa quem me acompanhasse nas minhas aventuras gastronómicas e nos últimos dois meses experimentei uma dezena de novas gelados, uns quantos doces e outras coisas não tão boas para a dieta. 

Partilhei muitas das minhas receitas e comidas com a minha cunhada que também trocou algumas comigo (as dela mais saudáveis, glúten-free e outras coisas que adorei aprender e que me têm contagiado). Explicava tudo direitinho e acabava por fazer as iguarias, para desgraça das nossas barrigas mas alegria das nossas papilas gustativas. No meio disto eu brincava muito, explicava as receitas em modo youtube-style, provava as receitas dela e avaliava-as estilo júri do masterchef e passei as últimas semanas a apontar receitas e ideias - minhas e dela -, sempre a dizer que era para o meu canal de youtube culinário. Tudo na brincadeira.

Mas às vezes repetimos tantas vezes a mesma coisa que parece que ela se torna real. Não sei se já são as saudades dela - e do meu irmão e sobrinhos -, se são estas férias de treta ou este tempo desgraçado, se é o facto de agora andar muito virada para vlogs e vloggers ou mesmo a crise de sinusite grave que estou a ter que me está a enlouquecer, mas a verdade é que tudo está a fazer um assustador sentido na minha cabeça. Estou a um triz de pegar na minha nova máquina e começar a gravar as minhas receitas e partilha-las no youtube.

É a prova provada de que preciso urgentemente que as aulas comecem.

22
Ago15

Pré-saudades agudas

Fui tia muito nova. Com dez anos ninguém consegue exercer tal cargo na sua plenitude e, talvez por isso, nunca fui tia: fui sempre Tili, o nome por que todos os meus sobrinhos me chamam. Nunca eles me chamaram "Tia Carolina" - o primeiro deu-me o diminutivo e ficou, até hoje, ao ponto de eles não saberem o meu nome verdadeiro.

Só há um que ainda nada me chama - porque ainda não fala e, provavelmente, nem me reconhece apesar das muitas horas que passo com ele. O David é o bebé mais sorridente do mundo - sorri para homens, mulheres, meninos e meninas, de cabelo curto ou longo, preto ou loiro, com barba ou sem pêlo à vista: sorri para quem vê e isso, desde o primeiro minuto, derreteu o meu coração. O David não chora - nos três meses que esteve aqui, ouvi-o a berrar mais seriamente uma vez, e a muito custo, porque chorar, ao contrário dos outros bebés, não é algo que ele pareça saber fazer. O David come tudo, abre a boca a tudo e não faz cara feia a nada. O David só não gosta de dormir, mas até para isso é pacífico: dez voltas no carrinho e ele sucumbe ao sono. O David é o meu sobrinho mais nenuco, mais redondo e simétrico, literalmente tirado de capa de revista.

A forma como sentimos as coisas depende muito da fase da vida que estamos a passar e eu sei que esta paixão que ganhou o meu coração também se deve ao facto de me ter agarrado a este bebé, com unhas e dentes, para me salvar deste verão desgraçado. Os meus dias mais felizes foram aqueles em que acordei, fui para a cozinha e já lá estava ele, a sorrir para mim mal passava a linha da porta. Foi quando passei meia hora com ele, só nós dois, a refinar o único método de locomoção que ele conhece: rebolar pela cama fora. Foi quando lhe dei os iogurtes da manhã e da tarde e não sujámos nem um bocadinho da babete. Foi quando fomos juntos para a piscina e ele se marimbou para a água mais fresca que o normal e deu às pernocas gordas. Foi até quando me apercebi que ele tinha um cocó gigante até às costas e tive de o limpar - com muito custo - e o enfiar no lavatório para me certificar que não ficava com vestígios colados ao rabo - e foi, claro, quando lhe ia enfiar a fralda e ele, sem aviso prévio, fez xixi sem avisar e com a fralda de fora.

Hoje tenho mais dez anos no lombo do que quando fui tia pela primeira vez e tenho a plena noção de que este foi o sobrinho por quem mais me perdi de amores até agora. Por andar triste e ele me alegrar todos os segundos que passa comigo, por ser mais velha e adorar recém-nascidos, por ele ser o bebé mais simpático e sossegado que conheci até hoje e me dar esperanças na classe das "crianças-que-afinal-não-são-birrentas". Não tem nada mais do que os outros, mas é simplesmente especial. Talvez por ser o único que nasceu comigo com idade para ser tia - ou por me ter apaixonado por aqueles bochechas e aquele sorriso desdentado como nunca aconteceu com outro bebé.

Amanhã o David vai embora - ele, o meu irmão, a minha cunhada e o meu sobrinho - e eu sinto que uma fatia grossa do meu coração vai com eles. Nas últimas "partidas" tenho conseguido conter-me mas sei que amanhã vai doer mais do que o costume - que o nó na garganta vai doer mais, que as lágrimas vão correr sem lhes dar ordem. A minha luz destes três meses vai embora e eu nem sei onde me meter.

 

david.JPG

21
Ago15

Novidades fresquinhas

Inscrevi-me num curso de fotografia! Vai ser um curso de três meses, a começar em Setembro e a acabar no Natal.

Era uma coisa que eu já queria há algum tempo. Sempre gostei de fotografia, sempre adorei andar de máquina na mão, mas cedo percebi que entendia pouco do que estava a fazer. Tanto o meu irmão como o meu pai sempre adoraram fotografar e falavam-me várias vezes do diafragma, do tempo de exposição e coisas assim... mas os conceitos nunca entraram. Queria mesmo, mesmo aprender com quem sabe mas, como sempre, há a eterna tentação de adiar pelas trinta razões que a nossa cabeça arranja.

Mas, para mim, chega. Já há uns meses que andava a matutar no assunto e inscrevi-me no curso do Hugo Lima, o fotografo oficial do Primavera Sound e do Paredes de Coura. Comecei a ouvir falar nele no início do ano, quando estávamos à procura de convidados para o Fora da Caixa e ele acabou depois por aparecer num programa de outra turma, o que me deu o empurrão para saber um pouquinho mais sobre ele. Depois, no Primavera, enquanto "chateava" os fotógrafos no fosso, tive a oportunidade de me cruzar várias vezes com ele - e depois ver as fotos maravilhosas que tirava. Só me inscrevi no curso hoje, mas acho que desde essa altura que tenho a decisão tomada.

Foi também essa a razão que me levou a comprar uma máquina nova - isso e a hipótese vaga de começar a gravar alguns vídeos (a ver vamos). A minha antiga estava com o flash avariado e não filmava e aproveitei que a Nikon D3200 estava a bom preço para a trazer para casa. Acho que lhe vou dar bom uso e, finalmente, perceber para que servem todos os botõezinhos da máquina! Vão-se preparando psicologicamente para a avalanche de fotos que aí vêm =)

 

DSCN0501.JPG

17
Ago15

Chávena de letras - "A incrível viagem do faquir que ficou fechado num armário ikea"

capa_faquir.jpg

 Comprei este livro em 2014; ao contrário do normal, li a reviews do goodreads depois de o ter adquirido e toda a vontade que tinha de o ler dissipou-se pelas críticas negativas. Tentei agora, um ano depois, mas chego à conclusão que as críticas tinham mesmo razão. O livro é fraco.

A história central, ainda que altamente improvável, podia ser gira (e é atrativa). Mas todo o desenrolar do livro é cheio de acontecimentos impossíveis e coincidências impraticável, acompanhados por uma escrita leve que tenta muitas vezes ter piada... mas não tem. É tudo tão impossível e impraticável que chega a ser parvo.
O único ponto positivo é a mensagem que está por detrás da obra. Uma mensagem de esperança, de que é possível mudar para melhor através daquilo que conhecemos dos outros. É também uma chamada de atenção à realidade dos imigrantes ilegais, que tentam chegar a outros sítios em busca de vidas melhores - mas que, para isso, passam por realidades terríveis e muito pouco dignas para qualquer ser humano.
É um livro que ganha pela capa e título atrativos mas que defrauda quase todas as expectativas mal passamos as primeiras páginas.

13
Ago15

Eu posso engordar, mas não serei a única

Eu ando com uma panca muito forte. Tem quatro letras, assemelha-se a uma palavra um bocadinho nojenta e, curiosamente, é um fruto que eu nem sequer gosto de comer ao natural. Sempre gostei de produtos relacionados com isto, mas nada como agora. Chama-se...

Coco.

No meu conjunto de cremes para o corpo quase tudo o que se encontra tem cheiro a coco - desde a loção líquida até à mais gordurosa. O gel de banho é de coco. E o protetor solar também é de coco. Já fiz gelado de coco tostado. Também já fiz molho de chocolate com óleo de coco. As minhas barras de baixas calorias são de coco. E, recentemente, descobri as melhores bolachas de coco de to-do sem-pre!

Quem me conhece sabe que eu nem sou grande apreciadora de bolachas - como uma aqui e ali mas nunca foi das coisas que mais comia, mesmo em fases em que estava mais gordinha. Principalmente desde o início deste ano comecei a cortar em muitos dos açúcares adicionados, por isso, se já eram poucas as bolachas que comia, passaram a ser nulas. Até que, num dia abençoado pelo demónio, passei pelo corredor das bolachas do continente e os meus olhinhos bateram naquele pacote. Ninguém dá nada por aquilo, a caixa é simples e igual a tantas outras da marca branca e o próprio conceito ("recheio de coco") é estranho - já tinha comido bolachas com coco na massa, mas nunca com "recheio". Por qualquer razão decidi pegar-lhes... e a minha vida nunca mais voltou a ser a mesma.

Não há palavras. O recheio é mesmo recheio, situado no meio da bolacha - uma mistura de coco com algo que não sei descrever, mas que é para lá de delicioso. Uma loucura. São aquelas bolachas pelas quais sou capaz de me levantar do sofá para ir comer. Percebem, por isso, a gravidade da situação, certo?

 

bolachas.png

 

 

11
Ago15

Contactos a mais, pessoas a menos

Há uns dias falaram-me de um desafio colocado no último episódio do "Uma Nêspera no Cu" que consistia no seguinte: um grupo de amigos junta-se e cada um pega no seu telemóvel; quem vai jogar dá o seu telemóvel a outro, que vai aos contactos da pessoa que vai jogar e começa a fazer scroll; quem joga diz stop, parando num nome. O desafio é ligar, em dez segundos, para a pessoa em questão e introduzir no diálogo uma palavra que um outro jogador do grupo dirá - se não quiserem, podem não ligar e colocam cinco euros em cima da mesa. No fim do jogo, sorteia-se quem fica com o bolo (ou seja, o dinheiro de quem não quis ligar).

Eu nunca tinha ouvido o podcast mas fui de propósito à procura deste episódio (o nono, para os interessados - podem ver aqui), curiosa com o resultado. Achei piada pela posição desconfortável em que os três humoristas se colocaram a eles próprios e, claro, às formas que arranjaram para encaixar as palavras mais estranhas numa conversa - como "sarro" ou "dentição". Mas eles estão ali para ter piada, por isso não é nada de surpreendente.

O que eu gostei aqui foi da metáfora (não sei se intencional) que está por detrás deste jogo. Nos telemóveis como nas redes sociais, temos pessoas que não falamos há séculos. De quem não gostamos. Com quem cortamos relações. Pessoas amigas das amigas de quem temos o número só porque a nossa amiga se esqueceu do telemóvel dela numa saída qualquer. Pessoas que nem sequer conhecemos e que só falamos numa troca de emails para um negócio qualquer ou parceria. Ex-namorados, ex-crushes, ex-tudo. Até pessoas que já morreram! Porque a verdade é que achamos que "pode sempre fazer jeito" e nunca atualizamos a nossa lista de contactos pela negativa - ou seja, tudo o que fazemos é ir acrescentando números, mas nunca os apagamos. 

Eu contra mim falo. Fiz o teste em mim, três vezes. Fechei os olhos, fiz scroll e parei ao calhas. Resultado: se estivesse a jogar, tinha posto dez euros em cima da mesa. Uma das pessoas nunca cheguei a conhecer (só pela net e para assuntos mais "profissionais"), por quem nem sequer nutro particular estima - para além de que a última vez que falamos foi há uns 5 anos; outro foi um colega de básico, que cumprimento na rua mas com quem também não tenho uma conversa decente - nem nada para dizer - há mais de meia-dúzia de anos; por fim, e a única a quem ligava, era uma colega de faculdade. Também sou suspeita: detesto (mas detesto mesmo!) ligar a quem quer que seja. Se tenho de ligar a alguém por assuntos mais "profissionais" ou alguém fora do meu núcleo familiar é todo um filme, como se me tivessem a arrancar uma unha ou algo dolorosamente semelhante. Enfim.

No fundo, como em tudo agora, temos imensos "amigos", imensos contactos... mas pessoas - reais, com quem falamos sem problemas, que nos ouvem, que nos falam, que nos conhecem e entendem - contam-se pelos dedos das mãos. E basta fazer o teste. Se fizerem scroll nos vossos contactos, quantos euros é que tinham que sacar do bolso? Acho que a resposta é sempre a mesma.

Demasiados.

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